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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

PEC DO TETO – Vitória no 2º turno também é maiúscula; e a crise de identidade do PSB

A vitória do governo na segunda votação da PEC que estabelece o teto de gastos, depois de tanta gritaria das esquerdas, continuou a ser maiúscula: 359 votos a favor e 116 contrários. Os que se opunham tiveram cinco votos a mais; os favoráveis, sete a menos. Dada, reitero, a campanha contrária e as toneladas de mentiras contadas sobre o corte de gastos, está bom demais.

O governo precisa, acho eu, ver de perto a situação do PSB. O que quer o partido? É desejo de negociar ou é descontentamento? A legenda tem o Ministério das Minas e Energia. Não é coisa pouca. No primeiro turno, seus 32 deputados apareceram para votar. Desta feita, apenas 28. Da primeira vez, deu 22 votos a favor da proposta; agora, menos ainda: 18. Votaram contra nas duas vezes José Stedile (RS), JHC (AL), Júlio Delgado (MG), Cesar Messias (AC), Tadeu Alencar (PE), Danilo Cabral (PE), Heitor Schuch (RS), Janete Capiberibe (AP) João Fernando Coutinho (PE) e Gonzaga Patriota (PE). Bebeto (BA disse “sim” na primeira etapa e agora se absteve. Ildon Marques (MA), Maria Helena (PR) e Paulo Foletto (ES) deram no pé depois de votar a favor na primeira jornada. Agora sumiram. Um registro: João Fernando Coutinho (PE) disse “não” antes e agora não apareceu.

De todo modo, o resultado é bastante positivo. No Senado, a proposta deve ser aprovada com tranquilidade. O esforço é para que aconteça até o fim de novembro. Os votos a mais obtidos pela oposição não representam nenhuma surpresa. Os oposicionistas conseguiram aumentar a sua presença em plenário.

“Ah, mas não foi uma vitória menor?” Bem, foi uma vitória menor tanto quanto 359 é um número inferior a 366. Mas é evidente que essa diferença faz pouca diferença. Assim como houve deputados da base que não apareceram para votar desta feita, embora tenham dito “sim” na primeira jornada, houve outros que se ausentaram da primeira e que agora estavam presentes. O saldo ficou negativo em apenas sete parlamentares. E, como a gente nota, há um problema localizado no PSB, cuja crise de identidade não é recente. No geral, o governo obteve, de novo, uma vitória muito convincente.

Faço agora a mesma advertência de antes: esse número não se repetirá facilmente na reforma da Previdência e na reforma trabalhista, por exemplo. Infelizmente, o consenso a respeito desse assunto é bem menor, e o risco de desgaste junto à opinião pública, muito maior.

Mas que se tenha claro: sem reforma da Previdência, não há teto de gastos não caia sobre a cabeça de todos os brasileiros.



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