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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Despesa cresce 19,5%, e economia do governo cai pela metade em janeiro

Na VEJA.com:

As despesas do governo central – formado pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – subiram 19,5% em janeiro frente a igual mês de 2013, atingindo 90,112 bilhões de reais. Enquanto isso, as receitas líquidas somaram 103,066 bilhões de reais, crescimento bem mais modesto no período, de 1,4%. Com isso, o governo central registrou superávit primário de 12,954 bilhões de reais em janeiro, metade do visto um ano antes e equivalente a 3,12% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira.


Em relação a dezembro, quando o resultado havia sido positivo em 14,45 bilhões de reais, houve queda de 10,4%. O resultado é o sexto maior da série para o mês e somou 56,456 bilhões de reais no trimestre de novembro de 2013 a janeiro de 2014. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse na entrevista de janeiro que este seria o melhor trimestre da história.


Meta

O balanço das despesas e receitas mostra um quadro precário das contas públicas neste início de ano. Indica que também não será fácil cumprir a meta de superávit primário de 2014, ajustada pelo governo numa tentativa de recuperar a confiança dos agentes econômicos.


A nova meta do setor público consolidado foi fixada em 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9% do PIB. Ao mesmo tempo, o governo anunciou também contingenciamento de 44 bilhões de reais neste ano. O ajuste para a meta considerada mais factível havia sido bem recebido pelos especialistas, mas agora o mercado quer ver os resultados concretos.


Em janeiro, somente o Tesouro registrou um superávit de 17,462 bilhões de reais, enquanto o BC teve um resultado positivo de 87,5 milhões de reais. A má notícia veio da Previdência, que apurou um déficit de 4,595 bilhões de reais no mês.


Em espera

Os números divulgados nesta manhã indicam que o resultado do setor público consolidado, que além do governo central inclui Estados, municípios e estatais, e será conhecido nesta tarde, poderá vir menor do que o esperado. As expectativas apontam para superávit de 21,2 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters.







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Calcanhar de Aquiles: a menor taxa de poupança doméstica desde 2001

No filme “Entrando numa fria maior ainda”, Jack, o personagem de Robert DeNiro, fica espantado ao ver que os pais de seu futuro genro celebram a mediocridade. Há no quarto do filho todo tipo de “conquista” questionável, como um sétimo lugar em alguma competição qualquer, não me lembro mais. Eis o que eu queria dizer: o governo Dilma celebra a mediocridade.


Somente isso pode explicar tanta euforia com um resultado tão fraco da economia em 2013. Sim, foi um pouco acima das estimativas ajustadas dos analistas. E bem abaixo do que o próprio governo esperava no começo do ano. E bem abaixo dos principais países emergentes. E bem abaixo da média histórica brasileira.


Houve, entretanto, um dado realmente positivo: a taxa de investimento (formação bruta de capital), que aumentou 6,3% e chegou a 18,4% do PIB. Não obstante, está muito aquém do nível necessário para nossa produtividade deslanchar, que seria, segundo muitos especialistas, próxima de 25% do PIB. País que investe pouco cresce pouco à frente.


Fonte: IBGE

Fonte: IBGE



Só há um problema: para investir, como saberia Robinson Crusoé isolado na ilha, antes é preciso poupar, ou seja, deixar de consumir parte do que é produzido. Claro, no mundo globalizado, sempre se pode contar, temporariamente, com a poupança externa. Mas há limites, pois eventualmente a conta precisa ser paga, e a balança de pagamentos fica negativa.


País que investe deve poupar, portanto. E é esse o principal calcanhar de Aquiles do Brasil: poupa-se pouco. As famílias, que vinham se endividamento muito para expandir o consumo, até pisaram no freio, e aumentaram em apenas 2,3% o consumo em 2013, menor taxa desde 2004.


O verdadeiro problema está no governo, um gastador compulsivo incapaz de poupar. O governo brasileiro arrecada quase 37% do PIB, mas não poupa praticamente nada. Ora, se a taxa total de poupança é de 13,9% do PIB, e o governo, que arrecada 37% do PIB, não poupa, isso quer dizer que a poupança dos demais 63% do PIB a cargo do setor privado chega a 22% (13,9% / 63%). É um patamar bem mais razoável e perto do que precisamos para crescer mais.


O grande gargalo, como fica claro, é o governo. Como disse a professora da PUC, Mônica de Bolle: “É nosso problema eterno, quando o governo gasta muito ou não poupa, a economia precisa de juros mais altos”. Os investimentos precisam ser financiados. Se há pouca poupança interna, então será financiado pelo déficit nas contas externas. Elementar, meu caro Watson!


Ou o governo brasileiro resolve gastar menos, e de preferência arrecadar menos também, para deixar mais recursos com a iniciativa privada, sempre mais eficiente nos investimentos; ou vamos sempre experimentar voos de galinha, com baixa altitude, barulhentos e sem muito alcance. O Brasil precisa de mais poupança. E isso só é possível com menos gastos públicos.


Rodrigo Constantino







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O calvário dos empreendedores no país do Leviatã faminto

leviata


Já falei do martírio que é ser empresário no Brasil aqui. Hoje volto ao tema, que jamais deve ser esquecido, por conta de um excelente artigo publicado no GLOBO, pelo administrador de empresas Sergio Barcellos. Ele faz um relato preciso dos obstáculos absurdos que um empresário precisa superar no Brasil. Infelizmente, muitos são os que ignoram esta realidade, demandando sempre mais estado para solucionar os males criados pelo excesso de estado.


Um bom governo preservaria o valor da moeda e garantiria os contratos entre as partes, não muito mais do que isso. Quão distantes estamos disso! Nem nossa moeda anda muito estável, nem nossos contratos valem muito, pois o governo adora rasgá-los de tempos em tempos.


Fora isso, a quantidade de burocracia é asfixiante, o peso dos impostos é proibitivo, a infraestrutura é caótica, etc. O velho Custo Brasil, já conhecido pelos leitores do blog. O autor resume a loucura:


Neste ambiente, registrar uma empresa, colocar dinheiro do próprio bolso, contratar empréstimos para crescer, correr riscos e gerar mais empregos vira aventura no simples instante em que é emitido o famoso cartão do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). E não importa qual o ramo de negócio. Em todos — sem exceção —, nosso audaz empreendedor vai dar de cara com quase 39% de impostos, o que o obrigará a ter que trabalhar de janeiro a maio de cada ano, todos os anos, para pagar o pedágio do Leviatã, do Hobbes.


Bem, ainda sobram cerca de sete meses para se virar e manter vivo o empreendimento. Coitado, não sabe o que o espera: de saída, o espera um pandemônio fiscal e trabalhista que muda completamente de sentido a cada 30 dias, ou menos, na medida da torrente de atos e instruções normativas que regulam a matéria, nos planos federal, estadual e municipal. A fome do Leviatã não tem limites.


E junto com o CNPJ vem a sopa de letrinhas: PIS, Cofins, FGTS, INSS, Dirfs, IPI, ICMS, ISS, IPTU, DUT, IPVA, IRPJ etc, embaralhada com alíquotas que podem variar da noite para o dia, mais os ditames da jurisprudência dos tribunais superiores, mais uma coorte de taxas criadas do nada, mais a parafernália dos carimbos, assinaturas, a nova invenção, entre outras, do reconhecimento de firma “por autenticidade” (uma contradição em termos), mais um desfile de invenções diabólicas do tipo. E, rapidamente, as pessoas e o tempo despendidos para controlar tudo isso superam largamente aquele dedicado aos objetivos sociais do empreendimento.


Em seguida, Barcellos lista os desafios extras do produtor rural, este que tem carregado nossa economia nas costas. Ainda deixa de fora as ameaças financiadas pelo próprio governo, como invasores do MST e grupos indígenas. O ambiente para o empreendedor brasileiro é hostil demais. Não tem como dar certo assim. Como diz o autor, “Estamos chegando ao limite da capacidade individual de resistência dos empreendedores privados do país”. Há que ser meio doido para empreender por aqui.


E quando os doidos tiverem desistido desta aventura insana, seremos todos funcionários públicos: “Já aconteceu em outros países e em outros períodos da História. E todos nós, mais o país em torno, nos transformaremos em uma horda de funcionários públicos. Inexoravelmente, e cada vez mais pobres”.


Rodrigo Constantino







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PSOL é um legítimo partido esquerdalha, já começa mostrando hipocrisia e contradição logona sua sigla...



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Rabo de sardinha – coluna na Veja impressa

Segue um trecho de minha coluna na Veja impressa desta semana. Para ler na íntegra, basta fazer a assinatura:


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O alerta de Joaquim Barbosa


Que o alerta feito pelo ministro Joaquim Barbosa possa ecoar pelo Brasil todo, para que ninguém diga, depois, que não foi avisado:


Esta é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012. Peço vênia à maioria que se formou e voto pela rejeição dos embargos infringentes.


Uma maioria de circunstância, formada sob medida para lançar por terra todo o trabalho primoroso levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012. É a isso que nós acabamos de assistir. Inventou-se inicialmente um recurso regimental totalmente à margem da lei com o objetivo específico de anular, de reduzir a nada um trabalho que fora feito. Sinto-me autorizado a alertar a nação de que este é apenas o primeiro passo. Essa maioria de circunstância tem todo o tempo a seu favor para continuar na sua sanha reformadora.


Muitos já tinham visto a fala do ministro, claro, mas não poderia deixar de registrá-la aqui também. Infelizmente, em poucas horas o Brasil todo estará pulando Carnaval, curtindo a folia, entorpecendo-se até não poder mais, para esquecer os problemas e viver como se não houvesse amanhã.


Há. Sempre há. E, no nosso caso, poderá ser bastante sombrio se o alerta de Joaquim Barbosa encontrar ouvidos moucos pelo país. Acorda, Brasil!


Rodrigo Constantino







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com o PT é assim



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Só pra deixar registrado aqui quem são os canalhas que disseram sim a criminalidade



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Independência do Supremo – No próximo mandato presidencial, podem ser nomeados até 5 novos ministros do STF

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, deu a entender que a independência da Corte está sob ameaça. A afirmação procede? Infelizmente, sim. Embora o resultado geral do julgamento do mensalão seja positivo — afinal, ninguém diria, há dois anos, que alguns pesos-pesados da política iriam para a cadeia por roubar dinheiro público —, é evidente que há sinais preocupantes. Por quê?


Já hoje, há apenas três ministros que não foram indicados por governos petistas: Celso de Mello, nomeado por José Sarney em 1989; Marco Aurélio Mello, nomeado por Fernando Collor em 1990, e Gilmar Mendes, nomeado por FHC em 2002. Os outros oito, ou foram escolhidos por Lula — Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Carmen Lúcia e Joaquim Barbosa — ou por Dilma: Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Só para o ouvinte ter em mente: em 11 anos no poder, o PT já nomeou 12 ministros, considerando-se os que não estão mais na corte: Menezes Direito, que morreu, Eros Grau, Cézar Peluso e Ayres Britto, que se aposentaram.


Os petistas sempre demonstram grande insatisfação nos bastidores com a independência desses ministros, especialmente em razão do processo do mensalão. Há dois, em particular, que consideram traidores: Joaquim Barbosa e Luiz Fux. João Paulo Cunha, um dos mensaleiros presos, chegou a cobrar que Barbosa fosse grato a Lula por ter nomeado um negro para a Corte, o que é uma barbaridade.


O comportamento de Teori Zavascki e Roberto Barroso no julgamento dos embargos infringentes, que livraram a cara dos mensaleiros do crime de quadrilha, deixa claro que os petistas não querem mais saber de independência. Querem agora ministros que votem segundo os interesses do partido. E por que há motivos reais de preocupação?


Cresce nos bastidores do Supremo a especulação de que Joaquim Barbosa ou deixa a corte em abril, prazo máximo para poder se candidatar, ou em novembro, quando Ricardo Lewandowski, seu desafeto, assume, por dois anos, a presidência rotativa do tribunal. Celso de Mello tem de se aposentar em novembro do ano que vem, mas já manifestou a intenção de antecipar a sua saída para este ano. Assim, é possível que Dilma Rousseff, ainda que não seja reeleita, indique mais dois ministros. Caso se reeleja, aí vai ser uma festa. Em julho de 2016, chegará a vez de Marco Aurélio sair. Nesse caso, Gilmar Mendes será o único ministro não nomeado por um petista. Em 2018, vão se aposentar, pela ordem, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber.


Alguma esperança de o Supremo manter a sua independência? Se nem Barbosa nem Celso renunciarem neste ano, no próximo mandato presidencial, serão nomeados cinco ministros: em 2015, o substituto de Celso; em 2016, o de Marco Aurélio, e, em 2018, os de Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber. Com toda a serenidade, observo que uma eventual vitória da oposição pode ser vital também para o Poder Judiciário manter a sua independência em relação ao Poder Executivo. A corte suprema de um país não pode ser a seção de um partido ou uma extensão de um grupo ideológico, a exemplo do que acontece hoje em protoditaduras como a Venezuela, a Bolívia, o Equador ou a Nicarágua.







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Delúbio, que está preso, é chefe do governador Agnelo, que está solto

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal proibiu, por enquanto, Delúbio Soares de deixar o presídio da Papuda para trabalhar. É uma medida justíssima. Antes de mais nada, necessária. Trata-se de impor um mínimo de decência e razoabilidade nessa relação. A coisa passou de todos os limites. No caso do ex-tesoureiro do mensalão e peça-chave do escândalo, a prisão estava servindo par debochar da Justiça.


A igualdade perante a lei é um dos pilares de uma sociedade democrática. Há, sim, todo um debate ligado à lógica da reparação social que defende que se tratem desigualmente os desiguais, o que já estava na retórica de um Rui Barbosa e orienta, por exemplo, a política de cotas nas universidades — que não são do meu agrado, deixo claro! Ocorre que tratar desigualmente os desiguais compreende a garantia de direitos especiais aos mais vulneráveis. Seria esse o caso de Delúbio Soares e dos mensaleiros petistas?


O regime semiaberto é um regime fechado com algumas regalias. O preso tem a possibilidade de deixar o presídio para trabalhar, mas essa é uma concessão que faz a Justiça, e tudo depende do comportamento do apenado. Delúbio recebe visitas fora do horário estipulado, tem acesso a refeições especiais, como feijoada; nega-se a cortar a barba — regra que vale para os demais detentos —; tem à sua disposição um motorista da CUT, que entra no pátio interno para pegá-lo e levá-lo ao trabalho. Um nababo! A sua desenvoltura na cadeia já causou a queda de dois diretores do Centro de Progressão Penitenciária.


Agora, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal cobra que o governo Agnelo Queiroz, do PT, mesmo partido de Delúbio, diga em 48 horas se tem condições de manter o mensaleiro preso em condições compatíveis com a de um apenado. Se a resposta for negativa, ele pode até ser transferido para um presídio federal. Isso não deve acontecer. O governo do DF certamente vai prometer se emendar — e não cumprirá a promessa. A razão é simples: na hierarquia petista, Delúbio, que está preso, é o chefe do governador Agnelo, que está solto.


Um dos temas mais estudados pelas ciências sociais no Brasil é o chamado “patrimonialismo”, que consiste na submissão da coisa pública a interesses privados em razão da posição social e econômica de determinados grupos. Muito se falava, por exemplo, e não faz tanto tempo assim, no tal coronelismo nordestino, lembram-se? Os petistas inauguraram um novo patrimonialismo, um novo coronelismo. As leis que não são do seu interesse não valem para eles, que exercem com desassombro privilégios que, obviamente, não estão em lei nenhuma.


Noto que a Vara de Execuções Penais fez muito mal em permitir que Delúbio trabalhasse justamente na CUT, onde ele é chefe. Quando a banqueira Kátia Rabello passar para o regime semiaberto, permitirão que ela trabalhe no Banco Rural, que pertence à sua família? Duvido! Ora, a CUT é o banco de Delúbio; pertence à sua “famiglia”.







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Em defesa do casamento


Véspera de Carnaval, a festa da carne (como o nome diz), do hedonismo, e lá vou eu remar contra a maré e escrever um longo texto em defesa do casamento tradicional, aquele entre homem e mulher “até que a morte nos separe”. Trata-se de uma resenha do livro What is Mariage?, de Sherif Girgis, Ryan Anderson e Robert George, que traz reflexões interessantes.


Os autores sustentam que uma união completa entre um homem e uma mulher é boa em si mesma, mas que é seu elo com o bem-estar das crianças que torna o casamento um bem público que deve ser reconhecido e estimulado pelo estado. É o que chamam de visão conjugal do casamento, em contrapartida à visão revisionista, que chama de casamento uma união emocional entre quaisquer adultos.


Casamentos, segundo os autores, sempre foram os meios mais eficazes de se gerar crianças saudáveis, felizes e bem educadas. E a saúde da própria sociedade, alegam, depende de crianças saudáveis, felizes e bem educadas. O livro não é sobre a homossexualidade ou algo do tipo, e sim sobre a tentativa de se redefinir este conceito tradicional de casamento, que os autores consideram importante para o bem comum.


Tampouco é um livro com uma defesa religiosa do casamento tradicional. Os autores lembram que todas as culturas acabaram desenvolvendo leis sobre o casamento, uma instituição natural, e que ele é que acabou ajudando a moldar nossas religiões ou tradições filosóficas. A defesa que fazem do casamento, portanto, é filosófica e sociológica, não religiosa.


Mesmo em culturas amigáveis ao homoerotismo, como na Grécia antiga, uma visão similar a que existe hoje de casamento já prevalecia, e nada como casamento de pessoas do mesmo sexo era sequer concebido.


Para os autores, isso se deve ao fato de que as sociedades dependem de famílias criadas em casamentos sólidos para produzir aquilo que necessitam, mas não podem garantir por outro meio, inclusive o estatal: crianças saudáveis que se tornam cidadãos conscientes.


O casamento conjugal, portanto, deve incluir esta visão familiar, atrelada à procriação. Por isso que os códigos legais sempre consideraram o coito como indicativo do casamento consumado. A ausência do coito permitia a anulação do casamento por parte da mulher. Uma união completa, de corpo e alma, com um propósito comum ao homem e à mulher que pretendem dar início a uma nova família: eis o que defendem como casamento.


Se casamento, como querem os revisionistas, passa a significar apenas uma união centrada na emoção, ao invés de inerentemente voltada à vida familiar, fica muito mais difícil mostrar porque o estado deveria se intrometer nele e não nas amizades, por exemplo. O sexo se torna fundamental para definir um casamento e separá-lo de outros relacionamentos, como mesmo os revisionistas concordam. Mas os autores argumentam que apenas o elo com a família, as crianças, justificaram a intromissão estatal nos casamentos, em quase todas as culturas.


Quando ocorre essa mudança de conceito da família para as emoções, fica impossível, mesmo para os revisionistas, explicar porque o casamento ficaria restrito a duas pessoas. E o “poliamor”? E aqueles que desejam mais companheiros, e gostariam de casar com todos eles? Por que eles deveriam ficar impedidos de também participar do que chamamos casamento?


De fato, como mostram os autores, vários revisionistas mais radicais já têm partido para essa defesa, julgando que o casamento deve abarcar também parceiros múltiplos. Relacionamentos não-sexuais também seriam incluídos como casamento. Os revisionistas não conseguem explicar porque pessoas do mesmo sexo poderiam casar, mas amigos que não praticam sexo, mas vivem juntos, não.


A defesa que o livro faz, portanto, é do casamento como uma união completa de duas pessoas, um homem e uma mulher, em sua mais básica dimensão, em suas mentes e corpos, com exclusividade e de forma permanente. Em segundo lugar, ele as une com a intenção de procriar também, criar uma nova família.


Tanto a sociologia como o bom senso mostram que a estabilidade familiar é positiva para os filhos. Vários estudos apontados no livro corroboram com a conclusão de que filhos de pais biológicos casados apresentam, na média, desempenho melhor em vários quesitos, e menos risco de problemas de agressividade, com drogas ou suicídio. Não é uma realidade para todos, e sim uma tendência, uma regra que comporta suas exceções.


Justamente por isso o casamento tradicional cria dificuldades para o divórcio e demanda fidelidade (exclusividade) entre marido e mulher. O divórcio subtrai muitas vezes a estabilidade familiar e retira as crianças do convívio diário com seus pais biológicos, e a infidelidade divide a atenção das crianças com outra pessoa, reduzindo seus cuidados.


Se por um lado o casamento é tão importante para a sociedade, por outro lado, argumentam os autores, ele é custoso e frágil, e necessita de uma cultura forte que o defenda e da pressão social para que as pessoas casem e permaneçam casadas. O sociólogo James Q. Wilson definiu o casamento como “uma solução social arranjada para o problema de fazer as pessoas continuarem juntas e cuidarem das crianças, que o mero desejo por crianças, e o sexo que torna as crianças possíveis, não resolvem”.


Pode ser uma visão pouco romântica da coisa, mas a verdade é que, sem uma cultura que enalteça e valorize o casamento, sua manutenção pode ficar prejudicada. E, como os estudos dos sociólogos mostram, isso não é isento de custo para a sociedade como um todo. Filhos de mães solteiras, por exemplo, enfrentam dificuldades maiores do que filhos com ambos os pais em casa, de forma geral. Esse fardo costuma ser muito maior nas comunidades mais pobres, afetadas de maneira desigual. O livro Coming Apart, de Charles Murray, mostra claramente isso.


Não é preciso concordar com todos os pontos dos autores para compreender a importância do casamento tradicional e os riscos que ele corre atualmente. Um reductio ad absurdum pode ser útil aqui: se todos passassem a desprezar o casamento tradicional, qual seria o efeito disso para a sociedade? Talvez a melhor resposta esteja na distopia de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, onde os bebês são criados em incubadoras estatais e o próprio conceito de mãe biológica é estranho e desperta até ojeriza. Lembrem que há revisionistas que já querem retirar “pai e mãe” de documentos oficiais, para não “ofender” aqueles com configuração “familiar” diferente.


Também não é preciso abraçar in toto os argumentos dos autores, muito menos ter alguma inclinação religiosa, para lamentar o crescimento exponencial na taxa de divórcio das sociedades modernas. Eu mesmo, que já me divorciei, sei como o processo é traumático para os envolvidos, especialmente os filhos (felizmente, após 3 anos, nos casamos novamente – e a juíza, nos dando bronca, disse que nunca mais queria nos ver ali novamente, o que pretendo obedecer).


A flexibilização do conceito de casamento, portanto, para focar apenas em seu aspecto emocional e nada mais, pode ter conseqüências não-intencionais que a sociedade não consegue ainda vislumbrar. Um dos riscos que os autores levantam é o aumento excessivo do estado, convocado a se intrometer cada vez mais nos assuntos íntimos para preencher o vácuo deixado pela ruptura do casamento. Inúmeras formas diferentes de conjugação demandam mais e mais regras e arbítrio estatal para selar disputas de toda natureza: herança, visitas, guarda, barrigas de aluguel, pais biológicos e adotivos, pai e “mãe” gays, relacionamentos com múltiplos parceiros, etc.


Os autores não rejeitam praticamente nenhuma vantagem típica do casamento para os homossexuais ou mesmo os que praticam o “poliamor”. Apenas entendem que há contratos privados que um estado laico pode resguardar nesses casos, preservando, assim, o conceito legal de casamento para sua visão tradicional, um contrato de um tipo muito especial, o que seria vantajoso para a sociedade como um todo. Não são poucos os gays que compreendem esse ponto de vista. No Brasil mesmo, Clodovil era um que costumava elogiar a família tradicional, lembrando que todo homossexual vem de uma, e chegou a rejeitar abertamente a libertinagem.


Em uma época quando muito se fala sobre diversidade, seria bom cobrar justamente a responsabilidade pelas diferentes escolhas e suas conseqüências. Por que os adeptos do “poliamor” precisam ser enquadrados no conceito de casamento também? Não bastaria ser livre para viver com seu estilo de “amar”? Tem que ser igual aos casais tradicionais? Vão querer entrar em grupo na igreja ao som da magnífica marcha de Mandelssohn? Adotar filhos em conjunto?


Enfim, entendo que o tema seja polêmico, e nem eu tenho forte opinião formada sobre quais deveriam ser os aspectos legais que definem um casamento. O que não me impediu de apreciar a leitura e as reflexões que ela suscitou. Afinal, valorizo o casamento tradicional como um ideal a ser seguido. Em tempos de Carnaval e hedonismo, de apetites e emoções como os únicos guias das ações individuais, de promiscuidade total, não deixa de ser confortante ler uma visão clássica sobre o bom e velho casamento. Que seja eterno enquanto dure. E que dure para sempre!


Rodrigo Constantino







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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Num ato de jequice calculada, governo do Brasil responde a uma crítica do “Financial Times”

Que preguiça!


Desde quando, mundo afora, um chefe de governo bate boca com um órgão de comunicação porque este emitiu uma opinião desfavorável? Aconteceu mais uma vez com Dilma. O jornal “Financial Times” publicou nesta quarta um editorial em que afirmou que Guido Mantega deveria ser substituído por um ministro da Fazenda pró-mercado. Segundo o texto, diante do Brasil, os investidores antes diziam: “Vamos lá”. Agora, “deixem pra lá”. Pois é… Imaginem o presidente Obama mobilizando seus assessores para responder a editoriais críticos aos EUA…


Dilma subiu nas tamancas mais uma vez. Thomas Traumann, secretário de Comunicação, enviou uma resposta ao jornal cheia de ironia, um atributo das almas superiores. “Talvez [o critério utilizado seja] um crescimento econômico de 2,3% em 2013, ou uma taxa de desemprego de 5,4% no ano passado, ou talvez reservas internacionais de US$ 376 bilhões e taxas de inflação abaixo de 6%”. Com isso, convidava os britânicos a comparar a sua própria taxa de crescimento (1,8%) e de desemprego (7,1%) com as do Brasil. Com a devida vênia, é pra enganar trouxa. Se for para falar a sério, então é preciso começar a comparação pelo PIB per capita. Mais: um empregado considerado “classe média” no Brasil certamente preferiria ser um desempregado na Grã-Bretanha…


Mas a questão relevante é outra. Não foi o governo britânico que se referiu ao Brasil, mas um jornal. Será que a Casa Branca enviará uma carta à VEJA ou à Folha ironizando o Brasil se esses dois veículos criticarem em editorial decisões daquele governo? Trata-se de uma jequice calculada. Esse tipo de coisa açula um certo nacionalismo bocó.


Não é a primeira vez que o Planalto faz isso. Em dezembro de 2012, a revista The Economist, também britânica, alertava que o Brasil estava se tornando menos atraente e que Mantega já não era mais capaz de enfrentar os desafios da economia. Criticou ainda o excesso de ingerência do estado: “Um bom exemplo é o aparente desejo de Dilma de reduzir o retorno sobre o investimento na ‘base do porrete’, não só para bancos, mas também para as empresas de energia elétrica e fornecedores de infraestrutura”, escreveu a Economist, numa referência à insistência do Palácio do Planalto em querer convencer empresários a investir ao mesmo tempo em que lhes negava um retorno adequado para participar dos investimentos.


Bem, tanto a revista estava certa que o governo mudou as regras das concessões — embora tarde. Dilma ficou brava e chegou até a evocar a soberania nacional. Não é a primeira vez, diga-se, que o Financial Times aponta o acabrunhamento do Brasil. Em fevereiro do ano passado, diante do baixo crescimento de 2012, o jornal já chama o ministro da Fazenda de “Guido Vidente”.







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é mesmo?



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Alckmin confirma descoberta de plano de fuga de líderes do PCC

Na VEJA.com:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou nesta quinta-feira a existência de um plano elaborado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para resgatar o líder da facção, Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola, e mais três membros da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, onde estão encarcerados.


“Em relação a esse caso [o plano de fuga], a polícia fez todo o trabalho de investigação e está preparada. Nós tivemos um esforço grande nesse trabalho. Lamentavelmente isso acabou vazando”, disse o governador, à Rádio Jovem Pan. O relatório secreto produzido pelas Polícias Civil e Militar e o Ministério Público apontando o plano de resgate da facção criminosa foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo.


Segundo a investigação, o resgate seria feito com dois helicópteros, um camuflado com o logo da PM e outro armado com uma metralhadora para dar cobertura à ação. Os quatro presos seriam içados do presídio por um cesto blindado e levados para uma pista de pouso na cidade paranaense de Loanda. No local, os fugitivos embarcariam em um outro avião, que os levaria para o Paraguai, onde um acampamento teria sido montado para abriga-los. Os detentos já teriam serrado as grades das celas e camuflado o local à espera do plano ser colocado em prática.


A polícia afirmou que a ação pode acontecer a qualquer momento. Por isso, uma equipe de quinze homens do Comando de Operações Especiais (COE) está de tocaia no entorno do presídio. Entre eles, há seis atiradores de elite com poder de fogo suficiente para derrubar aeronaves que se aproximarem da prisão.


Segundo o relatório, três membros da facção tiveram aulas de voo em São Paulo, no último ano. Um dos professores do curso era Alexandre José de Oliveira Júnior, preso por transportar 445 quilos de cocaína em um helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG), no fim de 2013.







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#huehuehue



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Justiça do DF suspende direito de Delúbio ao trabalho na CUT

Por Rodrigo Rangel e Gabriel Castro, na VEJA.com:
A Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal determinou nesta quinta-feira a suspensão cautelar dos benefícios externos concedidos ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. A decisão foi tomada após a revelação de privilégios concedidos ao petista no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Brasília, sob administração do governo de Agnelo Queiroz (PT). Isso significa que, ao menos até 18 de março, quando participará de uma audiência de advertência realizada pela VEP, Delúbio ficará impedido de exercer sua função na Central Única dos Trabalhadores e permanecerá no Centro de Internação e Reeducação (CIR) em tempo integral – perdendo, assim, o direito de deixar o presídio para passar o carnaval com a família.


O juiz Bruno Ribeiro, que assina o despacho, também determinou que o governo informe, em até 48 horas, se tem condições de manter os mensaleiros sob sua custódia com tratamento isonômico e se já abriu alguma sindicância para investigar os casos de tratamento privilegiado. Além disso, a Vara de Execuções Penais pede a lista completa de todas as pessoas que estiveram na Papuda para visitar os presos do mensalão – sejam ou não autoridades. A intenção é averiguar as circunstâncias em que os mensaleiros receberam familiares e amigos fora dos dias e horários de visita.


A VEP ainda reafirma, na decisão, que o atendimento a pedidos do Ministério Público e do Judiciário não dependem de autorização do Executivo. E pede cópia dos relatórios de fiscalização a respeito do serviço externo prestado pelos mensaleiros que receberam o benefício do trabalho externo.


Como VEJA mostrou, as mordomias de Delúbio – como o direito a um cardápio diferenciado e a visitas fora do horário – foram mantidas mesmo após determinações anteriores da própria VEP. Quando a carteira do petista desapareceu dentro do presídio, os agentes impediram os presos de deixarem a cela até que o objeto fosse encontrado. Os privilégios derrubaram um diretor e um vice-diretor do CPP nos últimos dias.







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