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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CPI DO PETROLÃO SERÁ INEVITÁVEL EM 2015


O ano de 2015 começa com uma certeza para a oposição: será inevitável a instalação de uma nova CPI mista, com a participação de deputados e senadores, para investigar as irregularidades na Petrobras. A base aliada, por sua vez, não tem tanta certeza: tudo dependerá do novo Congresso, que tomará posse em fevereiro. Uma nova CPI faz parte dos planos da oposição para desgastar o governo Dilma Rousseff, que já foi ministra de Minas e Energia entre 2003 e 2005 e presidente do Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, os oposicionistas contam com a ajuda das circunstâncias do momento: o crescimento da oposição na última eleição e a avalanche de denúncias na Petrobras.

Entre as novidades que deverão aparecer em 2015 está a divulgação do conteúdo dos acordos de delação premiada firmados com investigados que resolveram colaborar com a Justiça. Isso inclui a lista de parlamentares que tiveram seus nomes citados como envolvidos no esquema de desvios de recursos na Petrobras. Uma lista com políticos de vários partidos — principalmente de PMDB, PP e PT, mas também de PSB e PSDB — já foi vazada para a imprensa.

Se depender da oposição, não só a Petrobras será investigada. Para justificar a devassa das contas de outras obras públicas, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) citou o depoimento, na CPI, do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa — que está colaborando com a Justiça em troca de diminuição da pena. Ele disse no início do mês que o que acontecia na Petrobras acontece no Brasil todo: em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrelétricas. Lorenzoni comparou uma nova CPI à CPI dos Correios, que investigou o mensalão em 2005 e foi a última Comissão Parlamentar de Inquérito importante instalada no Congresso.

— Na minha visão, ninguém vai segurar. Como Paulo Roberto Costa disse, aqui que são dezenas de parlamentares (envolvidos no esquema), vai ter uma pressão social brutal. E a relação numérica entre governo e oposição é melhor para a gente — afirmou Onyx. De O Globo






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Sponholz: Vai faltar óleo de peroba!










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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O blog entra quase de férias…

Ao contrário dos deputados, que trabalham basicamente de terça a sexta (e talvez fosse melhor reduzir ainda mais, para surgirem menos leis absurdas que avançam sobre nossas liberdades e bolso), esse blog funcionou quase ininterruptamente o ano todo, inclusive nos fins de semana. É hora, portanto, de um merecido descanso.


Não vou entrar exatamente em recesso, como faz o Congresso, mas a atividade vai diminuir bastante. Pretendo fugir do Rio nessa época do ano. Não é só o calor ridículo. É também isso aqui:


Praia de Copacabana. Fonte: GLOBO

Praia de Copacabana. Fonte: GLOBO



Ainda bem que as preferências são subjetivas. O que é para mim a visão do inferno dantesco, para milhões de pessoas é o que chamam de “lazer”. Cada um na sua praia. Viva a diferença! Vou me mandar daqui antes que me perca nessa multidão espremida embaixo de um sol de 45 graus. Aglomeração é tortura chinesa em meu dicionário.


Tentarei atualizar o blog todo dia, mas não garanto. Afinal, preciso renovar as baterias para ir com tudo em 2015 pra cima dos inimigos da democracia e das liberdades. Volto à ativa mesmo em meados de janeiro. Até lá, vou publicando o que for possível.


Feliz Ano Novo!


Rodrigo Constantino







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O ano da Petrobras

2014 ficará marcado como “o ano da Petrobras”. A maior empresa do país, de controle estatal, ocupou boa parte do noticiário. Não necessariamente econômico. As páginas policiais ganharam destaque com o escândalo do “petrolão”, o maior esquema de corrupção já descoberto em nossa República.


O resultado deste fluxo incessante de notícias sobre a empresa estatal foi uma enorme volatilidade de suas ações na bolsa de valores. O fator político predominou, mas o impacto dos decepcionantes resultados econômicos também não foi nada desprezível.


A estatal, que ainda não divulgou o balanço do terceiro trimestre devido aos problemas do escândalo de corrupção, apresentou uma queda de 25% no lucro líquido no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, assim como uma queda de 11% na geração bruta de caixa. A produção ficou praticamente estagnada, apesar do bilionário programa de investimentos.


Como resultado de tudo isso, a Petrobras, que valia R$ 223 bilhões no final de 2013, está com um valor de mercado de apenas R$ 130 bilhões hoje, e uma dívida líquida acima de R$ 240 bilhões. A estatal perdeu mais de R$ 90 bilhões de valor somente neste ano, com enorme volatilidade no mercado. As ações chegaram a subir mais de 50% no começo do ano, para depois despencarem quase 60% e terminarem o ano caindo mais de 35% (falta um dia de mercado):


Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg



Apesar de tanta volatilidade, o fato lamentável é que a empresa não mudou sua tendência básica, que é de queda consistente. Observando o gráfico semanal, podemos ter uma noção melhor da trajetória de médio prazo, que mostra claramente a deterioração no valor da Petrobras:


Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg



Em suma, o ano de 2014 será marcado pelo escândalo do “petrolão”, mas em termos de destruição de valor da estatal será, infelizmente, apenas mais um ano de queda acentuada, mais do mesmo. Seja por incompetência, seja por corrupção, há um processo em curso que tem feito com que a Petrobras perca cada vez mais valor.


O que esperar de mais quatro anos de Dilma no poder? Há fundo no poço? Os investidores vão manter alguma esperança de reversão ou pretendem jogar a toalha de vez? Não tenho essas respostas, mas fecho com um alerta feito por Einstein: insanidade é fazer tudo igual novamente e esperar resultados diferentes.


Rodrigo Constantino







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domingo, 28 de dezembro de 2014

A libertação do homem segundo Michael Oakeshott


“A vida não examinada não vale a pena ser vivida.” (Sócrates)


Um dos grandes filósofos ingleses que enriqueceram o debate de idéias no século XX foi Michael Oakeshott, que demonstrou interesse por diversos assuntos, como política, história, educação e religião. Sua obra sobre filosofia política, On Human Conduct, parte da premissa de que a ação humana é um exercício de inteligência em atividades de escolha, mostrando semelhança em vários aspectos com a obra-prima de Mises, Human Action. Aqui o foco será seu texto sobre a educação liberal, A Place of Learning, onde ele mostra que o homem é aquilo que aprende ser, através da própria reflexão num ambiente favorável ao aprendizado.


A mente é a atividade inteligente pela qual o homem pode compreender e explicar processos, é a autora não apenas do mundo inteligível onde os homens vivem, mas também de sua relação autoconsciente com este mundo. O homem é livre para buscar este autoconhecimento, sendo responsável por seus pensamentos e ações. A possibilidade de ser inteligente abre espaço para a possibilidade de ser estúpido, e talvez isso afaste tantos dessa busca pelo conhecimento, levando-os à crença de algum determinismo qualquer como fuga.


Mas os homens não podem alegar que suas palavras são colocadas em sua boca por algum deus ou que não passam de descargas elétricas do seu cérebro: elas têm significados pelos quais cada um é responsável por julgar se faz ou não sentido. A simples tentativa de fuga expõe sua impossibilidade, já que somente a mente pode se arrepender por ter que pensar. A liberdade de pensamento exige a responsabilidade pelo que se pensa.


Para Oakeshott, o que distingue um ser humano, o que constitui um ser humano são seus pensamentos, crenças, dúvidas, sua compreensão da própria ignorância, seus desejos, preferências, escolhas, sentimentos, emoções e propósitos, assim como a expressão deles através de suas ações. A condição necessária para tudo isso é que o homem deve aprender tais coisas. Ele diz: “O preço da atividade inteligente que constitui o ser humano é aprender”. E este aprendizado necessário é algo que cada um de nós deve e só pode fazer por conta própria.


O aprender humano é bem diferente do processo natural de adaptação de organismos como reação ao meio-ambiente e às circunstâncias. Não é um aprender passivo, mas um compromisso autoconsciente. Não é uma reação induzida pela pressão externa, mas uma tarefa auto-imposta inspirada pela noção da própria ignorância e de quanto há para aprender. É um desejo pela compreensão. Para um ser humano, então, aprender é um compromisso por toda a vida, e o mundo onde ele habita é o local de aprendizado.


Uma grande parte da conduta humana é direcionada à exploração de recursos no planeta para a satisfação de desejos e necessidades. Esse aprendizado é individual, sempre. Não é uma abstração chamada “Homem” que pode realizar a cura de uma doença, por exemplo, mas algum médico individual que aprendeu com alguns professores a tarefa em questão. Oakeshott afirma que não há algo como “aprendizado social” ou “compreensão coletiva”. São indivíduos que aprendem. Como disse Hayek, o “conhecimento existe apenas como conhecimento de indivíduos”.


Oakeshott reconhece a importância deste tipo de aprendizado prático, mas está muito mais preocupado com outro tipo, qual seja, as aventuras no autoconhecimento humano. A isso ele chama de “educação liberal”, pois está liberada da distração dos negócios que buscam a satisfação das demandas imediatas. Sua compreensão da liberdade decorre da visão de que o homem não está condenado à “dança macabra das necessidades e satisfações”. A vida não se resume a “obter e gastar”. Não estamos presos intelectualmente ao aqui e agora.


Eis onde entra o fundamental papel da cultura, segundo Oakeshott. O autoconhecimento humano seria inseparável do aprendizado na participação daquilo chamado “cultura”, ou seja, uma continuação de sentimentos, percepções, idéias, compromissos, atitudes etc. Não faz sentido, para o filósofo, falar em homem “culturalmente condicionado”, já que o homem é sua cultura, e aquilo que ele é ele teve que aprender a ser. O aprendizado liberal é aprender a responder aos convites das grandes aventuras intelectuais nas quais os seres humanos expuseram suas várias compreensões do mundo e de si mesmos.


A cultura não seria, então, uma miscelânea de crenças, percepções e idéias, mas pode ser reconhecida como uma variedade distinta de línguas de compreensão. Oakeshott faz uma analogia com vozes, como se cada componente cultural desses fosse uma expressão diferente de uma compreensão de mundo, um idioma diferente, e a cultura seria a união dessas vozes, como numa conversação.


Existem constantes ameaças a esta educação liberal. Uma delas vem da “socialização” do aprendizado. Trata-se de uma doutrina que, porque o aqui e agora está cada vez mais uniforme do que já foi, defende que a educação deve reconhecer e promover essa uniformidade. Para Oakeshott, esta á uma das mais insidiosas de todas as corrupções, pois ataca o cerne do aprendizado liberal. O mundo moderno estaria repleto de acontecimentos, mas não muitas experiências memoráveis. Seria um fluxo contínuo de trivialidades sedutoras que não invocam reflexão, mas participação instantânea. As pessoas pulam de uma conformidade da moda para outra, de um guru do momento para o próximo. Há a repetição de slogans e “pontos de vista” embalados de forma profética, mas sem embasamento. Os ouvidos estão cheios de sons na Babel atual, convidando às reações instintivas.


É importante lembrar que Oakeshott escreveu esse artigo em 1975, época em que as universidades estavam vivendo uma grande transformação neste sentido de busca pelo interesse imediato, pela necessidade da profissão, mesmo em sua London School of Economics, na qual era professor. Mas o alerta continua válido, talvez mais que nunca. Essas circunstâncias são hostis à educação liberal, aquela que desamarra o indivíduo das necessidades urgentes do aqui e agora, levando-o a escutar a conversa na qual os seres humanos desde sempre buscam se compreender enquanto humanos.


A busca pelo conhecimento prático é crucial para reduzir o desconforto dos homens na natureza. Os ganhos materiais advindos do avanço no conhecimento humano são fantásticos, e devem ser comemorados, sem dúvida. O progresso da medicina, por exemplo, permitiu que a expectativa de vida dobrasse em poucos séculos. Mas não podemos deixar de lado a questão essencial: qual vida?


Os seres humanos não são máquinas que processam alimentos com o único objetivo de sobreviver e procriar. Somos capazes de muito mais que isso. Oakeshott tentou nos lembrar justamente disso, combatendo o materialismo excessivo da modernidade. A libertação do homem vem através desta busca pelo autoconhecimento. Sem isso, somos apenas símios repetindo gestos de forma automática. Oakeshott reforça, então, a lição socrática exposta na epígrafe. Devemos sempre examinar qual vida desejamos viver.


Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.







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EXECUTIVA DENUNCIA NA JUSTIÇA SUBSERVIÊNCIA DO BANCO SANTANDER À PERSEGUIÇÃO DO PT E DE LULA QUE EXIGIU SUA DEMISSÃO










Sinara Polycarpo, na ação, cita a perseguição de Lula e a subserviência do Banco Santander ao PT.

Inconformada com sua demissão da Superintendência de Consultoria de Investimentos Select (clientes de alta renda) do Banco Santander - medida que atribui a uma suposta perseguição política por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, Sinara Polycarpo Figueiredo entrou com ação na Justiça do Trabalho. Ela pede declaração de nulidade da rescisão contratual e sua recontratação no cargo "com todas as vantagens e benefícios", além de pagamento de indenização por danos materiais e morais estimada em 200 vezes o salário integral que recebia - cerca de R$ 50 mil mensais.

Sinara foi demitida em 30 de julho em meio à polêmica criada em torno de uma correspondência enviada aos clientes do Santander com renda superior a R$ 10 mil, informando-os sobre "os riscos da reeleição" da presidente Dilma Rousseff para a economia do País. A carta circulou no primeiro mês de campanha oficial.

Na ação distribuída para a 78.ª Vara do Trabalho de São Paulo, a ex-superintendente afirma que não tinha conhecimento da mensagem e que o texto não foi submetido à sua revisão, tendo sido encaminhado por uma analista financeira "diretamente ao Departamento de Marketing, que providenciou a remessa aos clientes". Além de Sinara, outros dois funcionários foram demitidos.

Ela sustenta que teve ciência da carta "somente 15 dias após, quando um dos clientes reclamou do teor da opinião do banco". Sinara ressalta que "o PT, através de seus máximos dirigentes, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, exigiu em manifestações públicas, em entrevistas para toda imprensa do País, a demissão de empregados do Santander".

'Subserviência'. "Houve imediata subserviência do banco às forças políticas, ao clamor político partidário", assinalam os advogados Rubens Tavares Aidar e Paulo Alves Esteves, constituídos por Sinara. Para eles, o banco "cedeu o poder de comando do empregador ao PT, de modo tão servil que o próprio presidente do partido foi o arauto para a imprensa de que os empregados do setor seriam demitidos".

"Agrava-se a discriminação quando se sabe que ela (Sinara) não praticou, não concorreu, nem tinha o menor conhecimento dos fatos, sendo execrada e covardemente despedida", destacam os advogados.

Admitida em 4 de abril de 2006 como assessora de investimentos, Sinara foi despedida "sem justa causa, abruptamente, por meio de telegrama, com aviso prévio indenizado". Seu último salário fixo foi de R$ 32.785,74 - acrescidos de bônus anual de valor variável, perfazia média de R$ 50 mil mensais.

O Santander não se pronunciou. "O Santander informa que não se manifesta em casos sob o exame da Justiça", anotou a instituição, por meio de sua vice-presidência de Comunicação e Marketing. O PT, por sua assessoria de imprensa, informou que "não vai se pronunciar sobre o assunto". Do site do Estadão






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VERDADE SOBRE O CASO JAIR BOLSONARO



Nem precisa acrescentar mais nada. A análise da jornalista e apresentadora Rachel Sheherazade está perfeita e faz um excelente resumo do caso envolvendo o deputado Jair Bolsonaro. Aliás, esta é a verdade sobre o ocorrido que está senda escamoteada pela grande imprensa brasileira.





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sábado, 27 de dezembro de 2014

EMPREITEIRA CAMARGO CORRÊA NEGOCIA ACORDO DE LENIÊNCIA E PODERÁ ABRIR O BICO SOBRE ROUBALHEIRA NA PETROBRAS












Natal no xadrez - Familiares visitam executivos na carceragem da PF em Curitiba no dia 23 (Foto: Veja)


A Camargo Corrêa está negociando com o Ministério Público a possibilidade de fechar um acordo de leniência com a Justiça. O acordo de leniência equivale à delação premiada para pessoas jurídicas — empresas envolvidas em crimes decidem contar o que sabem em troca de benefícios e atenuantes penais. Dois advogados da empreiteira confirmaram a VEJA que as conversas nesse sentido com os procuradores responsáveis pela Operação Lava-Jato estão em curso e devem ser retomadas logo depois do Ano-No­vo. Se elas derem resultado, a Camargo Corrêa será a primeira dissidente do clube do bilhão, grupo formado pelas maiores empreiteiras do país que, segundo o doleiro Alberto Youssef, combinava o resultado de licitações da Petrobras, superfaturava os preços e pagava a propina destinada a subornar políticos e funcionários da estatal. Três executivos da empresa estão presos desde a segunda semana de novembro: Dalton Avancini, diretor­presidente, João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração, e Eduardo Leite, vice-presidente.



Junto com eles, a Polícia Federal prendeu naquela data outros dezoito altos executivos de grandes empreiteiras — onze, incluindo os funcionários da Camargo Corrêa, continuam detidos na carceragem da PF em Curitiba (PR). Logo depois das prisões, as construtoras chegaram a conversar sobre a possibilidade de fechar um acordo coletivo de colaboração com a Procuradoria, mas a iniciativa foi rechaçada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considerou a proposta um “cartel da leniência”. Desde então, os advogados indicavam ter desistido do acerto. Mas, há duas semanas, um dos advogados da Camargo Corrêa voltou a se reunir com os procuradores para discutir os termos de um acordo. A empresa já concordou em fazer a admissão de culpa, uma das exigências do Ministério Público que o grupo que tentou fazer o acordo coletivo não aceitava. Do site da revista Veja






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Sponholz: O país da piada pronta!








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Moedas concorrentes: a tese de Hayek pela desestatização do dinheiro


“Os males desesperados são aliviados com remédios desesperados ou, então, não têm alívio.” (Shakespeare, em Hamlet)


O austríaco prêmio Nobel de Economia, Hayek, pregou como remédio para as mazelas do monopólio monetário estatal, que havia gerado crescente inflação, uma drástica medida: a desestatização do dinheiro. A princípio, sua sugestão gera bastante desconforto, por ser tão fora dos costumes enraizados na sociedade. Mas no decorrer de sua explanação lógica, vemos que faz bastante sentido a proposta de termos entidades privadas competindo na emissão de moedas.


Vale antes um caveat: o próprio autor reconheceu ter apenas arranhado a superfície do complexo formado pelas novas questões. A idéia da desestatização da moeda, portanto, está longe de ser algo pronto e certo. Mas sua improbabilidade imediata não deveria nos afastar de uma profunda reflexão sobre seus prós e contras. Idéias revolucionárias nunca encontram muito eco no senso comum no primeiro momento. Mas, como Hayek mesmo lembra, “aquele que afunda num pântano não pode escapar dando um pequeno passo: sua única esperança só pode estar num longo salto”.


Em primeiro lugar, Hayek deixa claro que não pretende proibir o governo de fazer qualquer coisa que seja no sentido da moeda. Ele apenas se opõe que ele impeça que outros façam o que sabem fazer melhor que ele. O grande argumento em prol de emissores privados da moeda é que sua sobrevivência a longo prazo seria totalmente dependente da confiança do público. Qualquer desvio da atitude correta de fornecer ao público um dinheiro estável e honesto iria, imediatamente, redundar na rápida substituição da moeda infratora por outras.


A competição do lado da oferta de bens e serviços sempre foi a maior garantia de bons produtos para os consumidores. A maior vantagem do esquema proposto “está no fato de ele impedir os governos de ‘protegerem’ as moedas que emitem contra as conseqüências adversas de suas próprias medidas e, assim, de impedir que os governantes continuem adotando essas medidas prejudiciais”. Em resumo, “os governos perderiam a capacidade de camuflar a depreciação do dinheiro que emitem”.


Somos obrigados a aceitar a moeda imposta pelo governo, mesmo que a consideremos insatisfatória. Os governos sempre tiveram interesse em preservar esse monopólio, persuadindo o público de que o direito de emitir dinheiro lhes pertence com exclusividade. A prerrogativa da cunhagem do governante foi consolidada pelos imperadores romanos. Desde seus primórdios, essa prerrogativa não foi reivindicada nem concedida em nome do bem geral, mas usada, simplesmente, como um elemento essencial do poder dos governos. Com Marco Polo, ficamos sabendo que a recusa do papel-moeda imperial na China era punível com a morte.* Em 1933, durante a Grande Depressão, o governo americano proibiu todo cidadão ou empresa de manter em sua posse ouro monetário. Governos não gostam de competição, pois querem controlar seus súditos.


A senhoriagem, ou seja, a taxa cobrada para cobrir os custos de cunhagem, sempre foi uma fonte de lucro para os governos, e foi ampliada até ultrapassar o custo de fabricação da moeda. Esses governos acabaram recolhendo as moedas em circulação e cunhando novas, com teor metálico menor. A inflação, ou perda de valor de compra da moeda, é algo tão antigo quanto o controle monetário pelo governo. Mais recentemente, a emissão descontrolada de papel-moeda para cobrir o déficit fiscal do governo ajudou muito na expansão deste, tolhendo a liberdade individual e espalhando miséria, posto que a inflação é o imposto mais perverso para os mais pobres. Como disse Alan Greenspan, ex-presidente do Fed, em 1966: “O deficit crônico do governo é simplesmente um esquema para o confisco disfarçado da riqueza alheia”.


Como escreveu Peter Bernstein em O Poder do Ouro, “os metais contam com provisões mais limitadas do que as do papel, o que significa que os sistemas metálicos devem cumprir a função de evitar que o dinheiro perca valor”. Sem a necessidade de uma contrapartida física de um metal raro como o ouro, e com a imposição por parte do governo da aceitação exclusiva de seu papel-moeda como dinheiro, o convite à irresponsabilidade é sedutor demais. Os poupadores, obrigados a aceitar como reserva de valor aquele pedaço de papel impresso pelo Estado, viram reféns dos governantes, que podem, ao bel prazer, ligar máquinas que cospem papel e empobrecem o povo. Alan Greenspan, novamente, corrobora com esta visão: “O ouro e a liberdade econômica são inseparáveis; o padrão ouro é um instrumento do laissez-faire e cada um implica e requer o outro”.


Como Carl Menger nos lembra em Princípios de Economia Política, o dinheiro “se nos apresenta, historicamente, não como o resultado de uma convenção, ou de uma coação legislativa, muito menos como o resultado do acaso, mas como o produto natural da situação econômica diversa de povos diferentes no mesmo período histórico, ou dos mesmos povos em épocas diferentes”. Para Menger, “foram indivíduos, membros de um povo, que, aumentando a consciência de seus interesses econômicos, adquiriram também a consciência de que a troca de mercadorias menos vendáveis (por outras de maior vendabilidade) representa progresso notável na busca de seus interesses econômicos específicos, e assim surgiu o dinheiro em numerosos centros culturais independentes entre si, acompanhando o desenvolvimento progressivo da economia”.


O Estado, podendo punir e coibir crimes no tocante a esta matéria, acaba sendo o responsável pela cunhagem da moeda. Mas, como nos lembra Menger, os governos “abusaram tanto desse poder, que os indivíduos quase chegaram a esquecer que uma moeda não passa de uma peça de metal nobre com peso e composição específicos, elementos garantidos pela retidão do cunhador, chegando-se até a duvidar de que a moeda seja, em última análise, uma mercadoria”.


Foge ao escopo desse artigo entrar em maiores detalhes sobre os tópicos abordados por Hayek. Para tanto, sugiro a leitura do livro Desestatização do Dinheiro. Uma reflexão maior sobre os pontos levantados pelo autor fariam muito bem a um país onde vários economistas ainda acham que a taxa de juros é um preço arbitrariamente definido pelo governo e que a inflação não é um fenômeno monetário, dependente da quantidade de moeda.


Para concluir, as palavras do próprio Hayek: “Nada poderia ser melhor do que retirar do governo seu poder sobre o dinheiro e, portanto, deter a aparentemente irresistível tendência em direção ao aumento acelerado da parcela da renda nacional que o governo pode reivindicar”. Quanto mais completamente as finanças públicas puderem ser separadas da regulação da circulação monetária, melhor será.


* Peter Bernstein explica o caso no seu livro O Poder do Ouro. Kublai Khan, neto do grande unificador do império mongol Genghis Khan, foi o primeiro imperador da dinastia Yuan. Marco Polo permaneceu a serviço do grande líder mongol por anos. Seus relatos, principalmente sobre a riqueza do Khan, são surpreendentes. Sempre que comerciaintes entravam em seus domínios com pérolas, pedras preciosas, ouro, prata ou qualquer coisa valiosa, eram todos “instados” a ceder todo o seu tesouro para o Grande Khan, em troca de papel-moeda. O poder de persuação do líder, para garantir a confiança em sua moeda, foi explicado pelo próprio Marco Polo, ao afirmar que “ninguém ousa recusá-lo sob pena de perder a vida”. E assim, o Khan tinha realmente dominado a arte da alquimia, ao menos dentro dos seus domínios.


Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.







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