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sábado, 31 de janeiro de 2015

Não somos Joaquim Levy


Por Rubem de Freitas Novaes*, publicado no Instituto Liberal


Segundo relato da imprensa, Joaquim Levy, o “Chicago-boy”, passou a ser o queridinho de Davos e do “mercado financeiro”. Aqui no Brasil, economistas representativos de nossa esquerda desenvolvimentista já se insurgem contra a adoção, pelo PT, de um projeto considerado neoliberal, antecipando uma posição de oposição ao segundo governo Dilma. Cabem, portanto, alguns esclarecimentos sobre a Escola de Chicago, onde Levy conquistou o seu PhD em Economia, e sobre o pensamento liberal, em geral.


Nestes 45 anos que se passaram desde a criação do Prêmio Nobel para economistas, nada menos que 30 professores laureados eram de alguma forma associados à Universidade de Chicago, campeã do liberalismo. Milton Friedman e Friedrich Von Hayek, ex professores da Escola, só ficam atrás de Karl Marx, Adam Smith e John Maynard Keynes nas citações na literatura, o que os coloca entre os cinco economistas mais influentes da História. Milton Friedman é considerado por muitos como “o economista do século XX”. Chicago influenciou a revolução liberal da segunda metade do século passado, ajudando a moldar a política econômica de Reagan e Thatcher e dando as bases para o processo de globalização que viria atingir inclusive a China. Aqui, na América Latina, colegas de Levy, orientados por professores de Chicago, transformaram o Chile, de um país apenas mediano na década de 70, na economia mais rica da região em termos per capita e no país menos corrupto, já que a redução com simplificação do Estado é a melhor receita para o combate da corrupção.


Não podem restar dúvidas de que as propostas até agora apresentadas por Levy representam um expressivo avanço sobre a balbúrdia em que se transformou a nossa política econômica depois de estabelecida a “nova matriz” dos heterodoxos instalados no poder. Afinal, para onde quer que olhássemos, o quadro era preocupante. Até nas reservas externas, área onde dispomos de razoável grau de liberdade, passamos a correr riscos, caso não se alterasse a percepção das agências de “rating” em relação ao Brasil. Levy, sem dúvidas, pelo menos no mundo das expectativas, mudou o quadro para melhor. Mas, será que age como um legítimo Chicago-boy?


O ministro, na verdade, torna-se criticável nas hostes liberais por ter aceito um papel secundário: o de fiscalista apenas, que lhe impedirá de comandar medidas de base capazes de realmente resolver sérios problemas econômicos, segundo o que aprendeu e parece acreditar. Levy transmite a impressão de ter ficado num pragmático meio termo, que permite sobrevivência num ambiente político hostil, mas que impede a confiança em dias gloriosos no futuro.


Que a redução de subsídios via crédito, a eliminação da contabilidade criativa, o respeito maior ao sistema de preços livres como sinalizador de produção, investimento e consumo etc. representam importante progresso em relação ao passado recente, não restam dúvidas. Mas, o que dizer do aumento de impostos num país em que a carga tributária já atinge 37% e as despesas públicas 40% do PIB, quando muitas outras medidas de redução de gastos e de privatização poderiam ser tomadas, quando menos para oferecer o bom exemplo?


Como justificar o dreno de mais recursos do setor privado quando temos 39 ministérios, diversas agências públicas inchadas e/ou desnecessárias, funcionários públicos em excesso e com remuneração acima da realidade de mercado, oportunidades várias de venda de ativos e de barateamento de obras públicas etc. etc.? Queremos propostas realmente estruturais como uma reforma da previdência nos moldes do Chile, mudanças nas regras que regem e emperram o setor de petróleo e de energia em geral, maior liberalização do comércio, com abertura de novas frentes no exterior e a flexibilização da legislação trabalhista, mas parece que, de Levy, deixado de fora do núcleo duro palaciano, o que se espera é um simples papel fiscalista, mais para “mão de gato” que “mão de tesoura”. E sabemos que uma obra incompleta, um meio-termo cinzento, pouco fará por nosso futuro. Mais sério: permitirá mais uma vez que se debite, a uma política liberal nunca implantada, o insucesso que provavelmente virá.


Em suma, Levy, dentro das limitações que lhe são impostas, tem se mostrado um profissional diligente e competente, mas está longe de defender e bem representar os ideais liberais. Quem sabe um dia seja capaz de fazê-lo? Mas, enquanto isso, “não somos Joaquim Levy!”.


*O autor, 69 anos, é PhD em economia pela Universidade de Chicago e colaborador do Instituto Liberal-RJ. Foi professor da EPGE/FGV, diretor do BNDES e presidente do SEBRAE.







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O milagre econômico


“As condições físicas abrem possibilidades, erigem obstáculos, mas não criam civilizações, que são puro produto do espírito.” (Pierre Gourou)


Alain Peyrefitte foi ministro de vários governos franceses no pós-guerra, diplomata e deputado, além de membro da Academia Francesa. Ele escreveu vários livros, entre eles Os “Milagres” na Economia, notas de aulas pronunciadas em 1994 no Collège de France, onde procura analisar as principais causas do desenvolvimento econômico. Peyrefitte começa logo reconhecendo a dificuldade da etologia, por conta de sua incômoda situação de abordar toda espécie de campos de pesquisa sem ser especialista em nenhum deles. No entanto, há o risco oposto de quem foca demais nas árvores e não consegue enxergar a floresta.


Um dos primeiros obstáculos na análise do desenvolvimento surge na dificuldade de se reconhecer uma diferença de capacidades, ainda que seja estritamente cultural. Conforme diz Peyrefitte, “admitir que nossos atrasos ou nossos fracassos têm a ver com o que temos de mais íntimo, nossa educação, nossas influências mentais, o que recebemos dos nossos, de nossos pais, de nosso grupo, é humilhante”. O mea culpa honesto não é tarefa trivial, e afasta muitos da sincera busca da verdade. “Para um país subdesenvolvido”, continua o autor, “é mais reconfortante culpar a natureza do solo, ou o regime dos ventos, ou o imperialismo colonialista, ou o do Fundo Monetário Internacional”. Em resumo, parece mais confortável explicar o avanço ou atraso do desenvolvimento pela geografia do que pelas mentalidades. Mas isso não quer dizer que seja mais correto.


O materialismo histórico ignora totalmente este fator fundamental. Na prática, profundas resistências mentais tornaram ineficaz, ou até negativa, a transferência de técnicas de produção e gestão para países pobres. Peyrefitte entende que, “da mesma forma que não se muda uma sociedade por decreto, não se faz ‘decolar’ uma economia, impondo-lhe um modelo copiado do exterior”. O desenvolvimento não é facilmente reproduzido, como a experiência atesta. É preciso, portanto, descobrir o segredo de sua força desencadeadora. Para Peyrefitte, esse segredo encontra-se em uma mentalidade favorável à economia. A democracia, por exemplo, não se limita a instituições, mas exige um espírito público apto a fazê-las valer. O fator cultural, em outras palavras, é determinante na influência do atraso ou progresso econômico. Peyrefitte admite que “seria inútil isolar um fator pretendendo que ele explicasse tudo”. “Mas parece útil”, ele diz, “entre os numerosos fatores da evolução, sublinhar a importância daquilo que nosso materialismo ingênuo negligencia: o comportamento humano”.


Objetivando, antes de tudo, identificar uma economia não-desenvolvida, Peyrefitte estabelece alguns traços predominantes: é uma sociedade imóvel (a mobilidade social e profissional é suspeita ou mesmo proibida); uma sociedade hostil à inovação (a novidade é sentida como uma desordem); uma sociedade fragmentada (o grau de heterogeneidade impede o estabelecimento de uma verdadeira economia de trocas); uma sociedade intolerante (exerce forte censura sobre seus membros e a autonomia intelectual é considerada uma ameaça); uma sociedade obscurantista (a difusão do livro e da imprensa é reservada à camada favorecida); uma sociedade sob tutela (comandada por feudos que controlam as atividades sociais, com uma casta no poder que “sabe” melhor que os indivíduos o que lhes deve ser conveniente); uma sociedade dominada (a produção das riquezas está nas mãos dos detentores do poder político); uma sociedade de saúde precária (uma mortalidade elevada é aceita com fatalismo); uma sociedade supernatalista (a mortalidade infantil é compensada por uma fecundidade irresponsável); uma sociedade de penúria (grande proporção não dispõe de um mínimo vital e não está ao abrigo da miséria e da fome); e uma sociedade fechada (a recusa das trocas condena a sociedade ao recuo e à xenofobia). Claro que uma sociedade desenvolvida seria o contrário disso tudo.


Peyrefitte deposita enorme relevância no conjunto das disposições mentais, o fator imaterial que foi negligenciado por diversos economistas, como Keynes e Marx. “O ambiente cultural forma um húmus sobre o qual algumas plantas podem crescer, enquanto que outras ressecam”. Falando para seus concidadãos franceses, que muitas vezes alimentam um profundo ressentimento em relação aos ingleses, Peyrefitte vai direto ao ponto: “Repugna-nos admitir que se a Grã-Bretanha industrializou-se primeiro, não foi essencialmente porque ela possuía carvão – como muitos outros países – mas porque encontravam-se, ali, mais que alhures, pioneiros capazes de utilizar seu carvão”. Como muito bem colocou Pierre Gourou, autor de A África Tropical, “a noção de que tudo é fatalidade está destinada às inteligências inferiores”. O fatalismo conforta, mas engana também, pois é falso.


Outro aspecto importante do desenvolvimento lembrado por Peyrefitte é sua raridade na história da humanidade. Muitos, especialmente os que vivem nos países desenvolvidos, tomam como certo o desenvolvimento, não como exceção, e defendem direitos com base nisso. No entanto, é preciso admitir o fato de que “o desenvolvimento é um gênero histórico raro”, e que certas condições culturais lhe são indispensáveis, mas não são facilmente reunidas. Peyrefitte diz: “O que hoje chamamos de subdesenvolvimento, esquecemos que é o estado natural da humanidade, desde a origem”. Há apenas dois séculos, por exemplo, metade das crianças morria antes da puberdade. Com isso em mente que Peyrefitte utiliza o termo “milagre” para falar do desenvolvimento.


O livro trata de alguns casos particulares de desenvolvimento, sempre através da abordagem que foca na conduta humana como diferencial. O caso alemão, por exemplo, deixa evidente aquilo que Peyrefitte considera como as causas morais do “milagre” econômico: “vontade obstinada de sair da miséria e da derrota, espírito de iniciativa, convicção de que o restabelecimento se dará no campo econômico, o papel do político limitando-se a uma simples regulação”. Há mesmo um milagre, no sentido que as causas naturais não bastam para explicar o avanço de uns e o naufrágio de outros. No campo da religião, milagre está associado à fé. Para Peyrefitte, a metáfora é válida para a ordem dos fatos econômicos e sociais, trocando-se fé por confiança. Peyrefitte conclui: “Fé e confiança são os pares, religioso e laico, da mesma raiz”. Para um povo experimentar o “milagre” econômico, é preciso ter confiança na confiança.


Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.







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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

“Amigo é coisa pra se guardaaarrr…”














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A obsessão antiamericana


“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam”. (Arnold Toynbee)


A esquerda costuma ser bastante organizada e unida, enquanto os liberais, por definição, são mais independentes e vivem isolados, cuidando da própria vida. Vemos, portanto, uma difusão de certas inverdades por parte da esquerda, que ficam sem muita contestação. O objetivo desse texto é desfazer algumas delas, principalmente no que diz respeito ao alvo predileto deles: os Estados Unidos.


Em primeiro lugar, vamos tentar compreender o motivo dessa obsessão antiamericana. No passado recente, num mundo bipolar, os Estados Unidos representavam o experimento capitalista liberal, enquanto a União Soviética era o socialismo planejado. Com a queda do segundo, ocorreu uma perda de identidade por parte dos países socialistas, já que ele representava o denominador comum desses povos. Atônitos, eles precisam encontrar um novo foco, que passa a ser então o antiamericanismo.


Não recuperados da humilhação que foi a queda da “cortina de ferro” e o aparecimento de suas cruéis atrocidades, com mais de cem milhões de vítimas fatais no currículo, precisam tentar “provar” que os Estados Unidos, e por conseguinte o capitalismo, também falharam. Jamais vão perdoar os americanos pela vitória na Guerra Fria! Nessa jornada passional, vale absolutamente tudo, desde mentiras grosseiras, passando por propaganda enganosa maciça, sofismas, inversão de causalidade ou ocultação de fatos. O objetivo é apenas um: condenar o capitalismo liberal e seu maior ícone.


Vale aqui um alerta: os Estados Unidos não representam o ideal dos liberais. Lá, o Estado é um Leviatã também, que extorque quase 30% da riqueza privada em nome do bem-estar social. Mas atualmente, é o que temos mais próximo do liberalismo, justamente a causa de seu sucesso relativo.


O artigo tenta resumir o livro de Jean-François Revel, renomado escritor que foi membro da Academia Francesa. De tempos em tempos, apesar de a França ser um dos países mais antiamericanos da Europa, surge um francês que faz uma avaliação isenta de xenofobia. Aléxis de Tocqueville escreveu no século XIX seu clássico A Democracia na América, excelente livro que destaca com detalhes as diferenças básicas entre a França e os Estados Unidos. Revel também utiliza bastante a comparação entre as nações. O que mais impressiona no antiamericanismo não é a desinformação, já que a quantidade de informação disponível sobre o tema é vasta. O que é incrível nisso tudo é a vontade deliberada de estar desenformado.


Vejamos um primeiro exemplo, a Guerra do Vietnã. Normalmente um dos assuntos mais citados para se criticar o “império” americano – não sem boa dose de razão, mas que nunca ninguém destaca as causas da guerra, atreladas aos fracassos militares da França, que por não abrir mão da Indochina como colônia, acabou levando à intervenção americana. Falam também do fato de a guerra ter matado cerca de um milhão de pessoas ao longo de quase duas décadas, enquanto omitem que o regime comunista de Ho Chi Minh, que lá se instalou quando os americanos saíram, matou mais de três milhões. Camboja, que não sofreu intervenção americana, viu cerca de um terço de sua população ser dizimada pelo regime comunista, e isso não costuma ser lembrado. Não lembram ainda que a ajuda americana na Coréia foi o que possibilitou a sulista ser próspera e livre hoje, e não como sua irmã do norte. Os Estados Unidos podem e devem ser condenados pelos erros no Vietnã, mas reforço o apelo pela busca mais imparcial dos fatos, já que a paixão pode cegar um homem.


Um dos pontos mais repetidos diz respeito ao argumento marxista de que, para o rico ficar mais rico, o pobre tem que ficar mais pobre. Logo, como os americanos prosperaram economicamente, conclui-se automaticamente que o mundo pagou o preço. Esse absurdo pode ser refutado com a mais singela observação empírica, mas a falsidade nunca impediu um ponto de vista de prosperar, quando sustentado pela ideologia e protegido pela ignorância.


Gostando ou não, a verdade é que a superpotência americana resulta em parte da vontade e criatividade de seu povo, e em parte pelos fracassos acumulados do resto do mundo. Afinal, foram os europeus que tornaram o século XX o mais negro da história, provocando duas guerras mundiais e regimes totalitários assassinos. Foram as nações européias, assim como Japão e China, que tentaram conquistar outros países. O papel dos Estados Unidos foi justamente o de salvar o mundo das garras de Stalin e Hitler, e depois ajudar na reconstrução financeira européia com o Plano Marshall. Mas, paradoxalmente, são os americanos os acusados de “império colonizador”. Logo eles, que restauraram a democracia na Alemanha e no Japão, e que compraram terras como a Louisiana e o Alaska.


O antiamericanismo é repleto de contradições. Ora falam que o livre comércio é o veículo de exploração americana, ora acusam o embargo de Cuba pela sua miséria. O embargo nada mais é do que a proibição de empresas americanas negociarem com a ilha, atitude bastante razoável dado o calote cubano em 1986 e seus mísseis apontados para a Flórida no passado. A Europa reclama do protecionismo de alguns setores nos Estados Unidos, como aço e agricultura, ao mesmo tempo em que garante muito mais subsídios agrícolas em seus quintais. O Bovè, um dos maiores beneficiados dessa ausência de competição leal, é o maior crítico da globalização, e é recebido no Fórum Social Mundial com honrarias, justamente pelos que mais sofrem com esses subsídios paternalistas. Criticam violentamente a globalização, mas suas ideologias totalitárias esquerdistas sempre tentaram avançar internacionalmente. O que detestam não é a globalização em si, mas a globalização liberal e democrática. E o mais engraçado é que esses jovens, com coquetéis Molotov em mãos, se intitulam “pacifistas”.


Outra acusação comum é o aparente alargamento da distância entre ricos e pobres. Deixando claro que para alguém ficar mais rico não é necessário que outro fique mais pobre, não vamos confundir também a distância entre eles com o nível absoluto de vida das pessoas. Na Índia, apenas para dar um exemplo, a produção de gêneros alimentícios multiplicou-se por dez em poucos anos, o que permitiu o fim da fome em massa. Esse ganho absoluto deveria ser louvável, mas parece que o ser humano olha apenas para a grama mais verde do vizinho. Vários indicadores mostram facilmente como a qualidade de vida dos pobres melhorou nos últimos séculos, com inúmeros avanços graças a carona no progresso dos ricos. Se isso não é relevante, é porque estamos lidando com um dos sentimentos mais mesquinhos da humanidade: a inveja.


Como não reconhecer a evidência clara de que vários países, como México, Canadá, Taiwan, Coréia e Cingapura, melhoraram de vida rapidamente com o comércio com os americanos, normalmente maiores compradores de seus produtos? Os americanos importam cerca de US$ 800 bilhões a mais do que exportam todo ano. Até mesmo a Europa depende dos Estados Unidos para crescer e gerar empregos. Muitos mundo afora dependem praticamente do sucesso de uma nação, mas a criticam o tempo todo. E se ainda temos tanta miséria pelo mundo, como na África e países da América Latina, isso nada tem a ver com os americanos, mas sim com o fato de essas nações terem adotado um modelo socialista com receita de coletivização de terras e regimes totalitários.


Capciosos, os críticos de plantão dos Estados Unidos não cansam de repetir o fato de o país ser o que mais investe na indústria bélica no mundo. Ignoram tranqüilamente o fato da economia americana representar cerca de 30% da mundial, ou seja, eles serão, via de regra, os que mais investem em todos os setores, incluindo educação e saúde. Além disso, é fato que os americanos acabam servindo como polícia do mundo livre, através da Pax Americana. Já a China, que ainda está sob regime totalitário, vem aumentando vertiginosamente seus gastos militares, e isso sim deveria preocupar os “pacifistas”. De acordo com estimativas do Pentágono, a China tem atualmente mais de setecentos mísseis próximos de Taiwan, e está acelerando esta estocagem. Não é segredo que o Partido Comunista Chinês tem a intenção de anexar a ilha ao seu território. O governo chinês mantém relações amistosas com diversas ditaduras perigosas. A Coréia do Norte e o Irã se armando deveria dar calafrios nos que almejam a paz, e não a força americana. Estranhamente, são os Estados Unidos que são vistos por muitos como real ameaça à paz global.


O caso da América Latina é especial. Como bem colocou o pensador venezuelano Carlos Rangel, “para os latino-americanos é um escândalo insuportável que um punhado de anglo-saxões, chegados ao hemisfério muito depois dos espanhóis, tenham se tornado a primeira potência do mundo”. Seria necessário um doloroso mea culpa, que acaba levando a uma solução mais confortável de explicar nossa situação inferior através do “imperialismo” americano, o bode expiatório de sempre.


Sem dúvida, uma das críticas mais pesadas em relação aos Estados Unidos é seu unilateralismo. Em primeiro lugar, deve ficar claro que esse unilateralismo é conseqüência, não causa, da perda de influência do resto do mundo. E como argumentar contra esta postura americana quando se tem uma total ausência de um outro lado ativo, ou que está evidente o viés antiamericano nas demais nações? Será que alguém ainda duvida da inoperância da ONU, que nada fez sobre a Chechênia, Tibete, Coréia, Kosovo e tantos outros casos?


A China tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, e tem usado este poder constantemente para desviar as sucessivas tentativas dos Estados Unidos de impor sanções aos países que representam ameaças, como o Irã em suas ambições nucleares. O Conselho dos Direitos Humanos da ONU conta com países como China e Cuba, onde os direitos humanos são completamente ignorados. A Liga das Nações, antecessora da ONU, estaria provavelmente ainda hoje debatendo os riscos da Alemanha nazista, enquanto o Füher estaria sentado em um trono europeu, quiçá mundial. Como culpar o unilateralismo americano quando sabemos que a Europa reluta até para reconhecer o perigo real do islamismo fanático?


Os supostos “pacifistas”, que aclamam por solução diplomática, são ou sonhadores românticos ou hipócritas. Aliás, vestidos com a causa pacifista, os comunistas franceses exortaram os trabalhadores das fábricas de armamento a sabotarem seu trabalho e pressionaram os soldados a desertarem, quando os exércitos nazistas estavam a poucas semanas de ocupar Paris. Pablo Picasso criou a litografia da pomba da paz como presente para o genocida Stalin! Alguns “pacifistas” poderiam estar em Guantánamo. É preciso lembrar que seria necessário termos motivações lógicas e racionais por parte dos terroristas para se ter alguma esperança de acordo diplomático. Mas sua cruzada já ficou clara: destruir os infiéis, ou seja, todos os não muçulmanos. O aforismo é antigo: com terroristas não se negocia. Podemos fazer um paralelo com o caso de Hitler, onde fica claro que não seria razoável alguém pensar em solução política amistosa.


Ainda em relação ao Islã, existe mais contradição. O principal alvo é novamente os Estados Unidos, mas estes, por sua vez, nunca colonizaram países muçulmanos, e pelo contrário, nas intervenções na Somália, Bósnia ou Kosovo, assim como pressões sobre o governo macedônio tiveram por objetivo defender as minorias islâmicas. Quem ataca de facto os muçulmanos são os próprios muçulmanos, como no caso do Iraque no Kwait, que foi defendido pelos americanos, ou na Argélia, onde o próprio povo se massacra. Como que tamanha contradição pode passar despercebida? Em 1956, foram os Estados Unidos que detiveram a ofensiva militar anglo-francesa-israelense contra o Egito, na chamada “Expedição Suez”. Nada disso é relevante para os povos obstinados e imbuídos de fé cega, assim como pesada lavagem cerebral de seus líderes, que utilizam os Estados Unidos como perfeito bode expiatório, justificando assim o regime opressivo doméstico.


Os antiamericanos inundam os canais de propaganda com afirmações de que foram os Estados Unidos que criaram Bin Laden, e de tanta repetição, se tornou verdade incontestável. Somente se explica isso por total ignorância ou má fé. No contexto da Guerra Fria, o que haveria de anormal no fato de que Reagan aceitasse os serviços de todos aqueles que quisessem resistir à União Soviética, fossem ou não do Islã? Imaginem o que poderia ter representado para a Índia, Paquistão ou países do Golfo uma ocupação definitiva dos soviéticos sobre o Afeganistão. Gorbachev talvez jamais tivesse se tornado líder, a Perestroika não teria existido e possivelmente teríamos ainda hoje milhões de gulags espalhados pelo mundo.


No campo econômico, os antiamericanos costumam fugir dos números como o diabo foge da cruz. O fato dos Estados Unidos terem criado quase dois milhões de empregos por ano nos últimos 15 anos, enquanto a Europa criou praticamente zero, incomoda profundamente. Em nome do social, os europeus adoram criticar os americanos, que não se interessariam tanto pela saúde dos mais pobres. Acontece que as despesas públicas com saúde representam nos Estados Unidos uma percentagem sensivelmente igual às da França, sem que isso asfixie o setor privado. Aliás, o sucesso relativo dos americanos se deve justamente ao maior espaço dado ao setor privado, bem mais eficiente que o público. Essa diferença faz a taxa de desemprego na França ser praticamente o dobro da americana, ou a renda média por habitante dos americanos ser 30% maior que a dos franceses.


Como Voltaire disse, “julgue um homem mais pelas suas perguntas que suas respostas”. Os antiamericanos não querem fazer perguntas, pois temem pelas respostas, ou então porque já possuem a resposta “certa” para todas as perguntas: é culpa da América! A dificuldade de debater com um antiamericano típico está na percepção que Karl Popper teve, de que é impossível debater com alguém que prefere te matar a te dar razão.


Não consigo entender, utilizando a lógica, o motivo para tanto rancor ao “american dream”. Se acham que é tão ruim assim viver lá, como explicar a migração constante de diversos povos diferentes para lá? Será que os pioneiros não iriam alertar seus sucessores, em vez de mandarem passagens desenfreadamente? E ainda conseguem acusar os americanos de racistas, sendo que são um dos únicos grandes países a abrigarem diversas etnias e religiões de forma civilizada. O sucesso da integração à americana é precisamente que os descendentes de imigrantes podem perpetuar suas culturas ancestrais sentindo-se plenamente cidadãos americanos. Essa convivência amistosa deve realmente irritar muito pessoas que gostariam de impor, à força, suas crenças religiosas ou políticas. Nos Estados Unidos já existem quase 40 milhões de hispânicos, e cerca da metade dos bebês que nascem na Califórnia são de famílias mexicanas. São mais de 30 milhões de negros, e milhares de outros grupos, todos ajudando a criar essa superpotência capitalista e liberal.


Muitos se sentem agredidos com a “invasão” da cultura americana, do excesso de McDonalds em seus países. Não param para pensar que a globalização não uniformiza, mas diversifica. A reclusão é que exaure a inspiração. Se temos várias lanchonetes americanas espalhadas pelo mundo, temos também diversos restaurantes árabes, italianos ou japoneses. As trocas entre nações fizeram florescer a diversidade cultural, não o contrário. Além disso, diferente do que muitos costumam afirmar, a cultura americana não se limita às canções de Madonna ou filmes de Bruce Willis. São também um país onde há 1.700 orquestras sinfônicas, quase 8 milhões de entradas para óperas por ano, 500 milhões de entradas nos museus. Desenvolveram mais de 6 milhões de patentes. As vendas anuais de livros passam de US$ 30 bilhões, enquanto a “educada” Rússia luta para chegar a cifra de US$ 1 bilhão. Suas universidades, por seguirem um modelo mais lógico e eficiente de ligação com o mercado, absorvem os melhores intelectos do mundo todo.


Os povos se sentem agredidos pela adoção do inglês como língua predominante no mundo. Ora, é justamente a difusão dele que facilita a comunicação entre diferentes culturas, permitindo que cada povo possa ter acesso às mais diversas informações. Imaginem a loucura que seria se tivéssemos que aprender cada língua diferente para se comunicar ou ler um livro! O latim já desempenhou esse papel no passado, e não tem nada demais usarmos o inglês como língua internacional. Isso não impõe de forma alguma a cultura americana aos outros povos; pelo contrário, facilita a diversificação cultural.


A ideologia é uma máquina de rejeitar fatos no momento em que estes apresentam risco de constrangimento. Com tanta evidência de viés e incoerência, o americano pode tirar uma só conclusão: os Estados Unidos são sempre culpados. Como julgar, portanto, o unilateralismo deles? Deixo as palavras finais por conta de Revel: “As perfídias freqüentemente delirantes do ódio antiamericano, as imputações da mídia, dependendo ora da incompetência ora da mitomania, a maledicência perseverante que inverte o significado de todo acontecimento de maneira a interpreta-lo, sem exceção, como desfavorável aos Estados Unidos, leva-os ao convencimento da inutilidade de qualquer consulta”.


Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.







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Ministros de Dilma vão à luta para chantagear deputados em favor de Chinaglia… Que conspiração de éticos!

É impressionante! Dilma produziu um resultado fiscal desastroso, a Petrobras está na pindaíba, a energia elétrica está à beira do colapso, o país caminha para uma recessão… Mas quê! Tudo isso é bobagem! Os métodos não mudam. Os companheiros, definitivamente, não aprendem nada nem esquecem nada, para lembrar frase famosa. Reportagem da http://ift.tt/1yIWDer Folha publicada nesta sexta informa que o comando da campanha de Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato do PT à Presidência da Câmara, resolveu fazer um mapa com os nomes dos deputados da base aliada e os cargos de que eles dispõem na máquina federal. Vale dizer: é chantagem mesmo! A mensagem é esta: ou votam no candidato oficial ou perdem a boquinha. Chinaglia, como sabem, disputa o cargo com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delegado (PSB-MG). Petistas que ainda tentam posar de moralistas dizem reprovar os métodos de Cunha. Foi uma tentativa de piada.


Qualquer pessoa razoável diria que ao mobilizar a máquina em favor de um candidato, Dilma entra num jogo de perde-perde. Ou, parafraseando Marina, “perde ganhando e perde perdendo”. Se Cunha for derrotado, sobra um caldo de ressentimento; se vence, terá sido contra a máquina oficial. Por que isso tudo? É pânico do que vem pela frente. Aonde vai dar a Operação Lava-Jato? Ninguém sabe. O presidente da Câmara tem um papel importante na eventual recepção de uma denúncia de crime de responsabilidade, com base na Lei 1.079, a do impeachment. O Planalto quer alguém de absoluta confiança naquela cadeira.


É claro que o governo tem o direito de ter as suas preferências. A questão é o método. A reportagem informa que os ministros Miguel Rossetto (Secretária-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Ricardo Berzoini foram a campo, encarregados de lembrar a deputados da base aliada tendentes a votar em Cunha os cargos de que dispõem na máquina. Isso, por si, já é uma imoralidade.


A situação seria cômica se não fosse trágica para o país. A deputada Gorete Pereira, do PR do Ceará, aparece na planilha como eleitora de Cunha. A frente do seu nome, vem a inscrição: “Dep. Gorete recém indicou Dnit”. Sim, ela admite ter indicado um aliado seu para um cargo no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, famoso por ter sido, no passado ao menos, um antro de corrupção. Como andará hoje? A parlamentar diz ter sido procurada por todos os candidatos e diz com candura: “Se quiserem usar o cargo [para me pressionar], vão quebrar a cara. Esse cargo do Dnit é meu desde o governo passado, quando o César Borges era o ministro”.


Então tá. Aprendemos que a deputada é a dona de um cargo no Dnit, assim como outros são “donos” de fatias de ministérios, autarquias, estatais… A Petrobras só chegou à beira da insolvência porque partidos e políticos tinham lá os “seus” cargos.


No dia 10 de fevereiro, o PT completa 35 anos. Uma das divisas de sua fundação era “mais ética na política”. O resultado é este que vemos.







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Minha coluna na Folha: “Ordem na orgia, companheiros!”

O Brasil à beira do apagão: Furnas e Três Marias caminham para a paralisação

É claro que o Brasil está à beira do apagão, que pode ser chamado, eufemisticamente, de “racionalização de energia”. Aliás, caso o ministro Eduardo Braga decidisse pôr em prática o que ele mesmo anunciou, medidas de contenção de consumo teriam de ser postas em prática já. Por quê? Segundo ele disse, se os reservatórios das usinas chegassem a 10%, seria preciso deflagrar a operação. Chegaram. Nesta quarta-feira, informa o Estadão , a Hidrelétrica Três Marias, no rio São Francisco, chegou a 10,34%, e Furnas, no rio Grande (MG), a 9,87%. Atenção! A capacidade de geração da primeira usina é de 396 megawatts (MW). Com apenas uma das seis turbinas em funcionamento, está gerando menos de um décimo: 36 MW. Furnas, com capacidade de 1.216 MW, ainda tem em operação 6 das 8 turbinas, mas a expectativa é a de que vá haver redução.


Por que a situação é ainda mais dramática do que parece? Porque esse é o período chuvoso. Para comparar: em janeiro do ano passado, informa o Estadão, Três Marias contava com 28% de sua capacidade; chegou a outubro com 2,89%; Furnas tinha 47% e chegou a 11,64% em novembro. Caso não chova muito acima de qualquer expectativa, as duas usinas caminham para a paralisação.


O mais impressionante é que, até agora, por motivos meramente políticos, o governo federal se nega a fazer o óbvio: uma campanha nacional em favor da economia de energia. E a única responsável por mais essa decisão equivocada é Dilma Rousseff, a mesma que decidiu baixar na marra a tarifa de energia e antecipar as concessões do setor elétrico, o que, na prática, quebrou a área, que teve de ser socorrido com empréstimos bilionários.


Nesta quinta, o ministro Eduardo Braga afirmou que o governo negocia com um grupo de bancos o alongamento do pagamento da dívida das distribuidoras, que é de R$ 17,8 bilhões. Quer elevar o prazo de 24 para 48 meses.


Impressionante, não é? Petróleo e energia elétrica eram as duas áreas sob os cuidados de Dilma, aquela supergerontona, lembram-se? Ela ganhou as eleições de 2010 com essa conversa. E teve seu mandato renovado em 2014. A Petrobras está na pindaíba, e o Brasil à beira do apagão. Não é um amador qualquer que produz uma obra desse vulto. É preciso ser muito incompetente.







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Dilma só tem uma saída honrada e honrosa: anunciar a privatização da Petrobras depois da desratização. Mas não fará isso, é claro! Enterrará a estatal e o país

Dilma Rousseff poderia fazer um bem imenso ao Brasil e à Petrobras. Mas ela não vai. Já chego lá.


A estatal é um retrato do Brasil sob a era petista: gigante, depauperada, sucateada, com futuro incerto. Imaginem o que aconteceria se, nas campanhas eleitorais de 2006, 2010 e até 2014, um candidato do PSDB dissesse isto: “A Petrobras precisa redefinir o seu tamanho”. João Santana, aquele marqueteiro que só fala a verdade, iria para a TV acusar os tucanos de tentar privatizar a empresa. Pois foi o que falou nesta quinta, em teleconferência com analistas, a presidente da estatal, Graça Foster. Foi além: a gigante cambaleante terá de reduzir seus investimentos em exploração e refino ao mínimo necessário. Trata-se de uma medida preventiva para assegurar o caixa da empresa.


Como é que essa decisão se casa com a obrigação que tem a Petrobras de ser parceira da exploração do pré-sal? Ora, não se casa. Lembram-se daquela cascata da dupla Lula-Dilma em 2010, segundo a qual o óleo lá das profundezas era um bilhete premiado? Isso ficou para trás. O mais impressionante é que, no discurso proferido antes da reunião ministerial de terça-feira, a soberana mandou brasa: “Temos de apostar num modelo de partilha para o pré-sal, temos de dar continuidade à vitoriosa política de conteúdo local.” Nesta quinta, na prática, Graça estava dizendo que a fala da sua chefe é pura cascata.


Graça foi além. A Petrobras, que já estuda não pagar dividendos a seus acionistas, resolveu congelar as obras de Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Comperj, no Rio — ambas com suspeitas de superfaturamento e no epicentro da roubalheira perpetrada pela quadrilha que comandou os destinos da empresa por mais de 10 anos.


A Petrobras está no chão. Em dois dias, suas ações caíram praticamente 15%, consequência da patuscada protagonizada pela empresa, que divulgou um balanço de mentira. Na quarta-feira, a companhia destacou em seu balanço empreendimentos superavaliados em R$ 88,6 bilhões. Diante do número, Dilma fez aquilo que mais sabe fazer: ficou furiosa. Ela não suporta a conspiração dos fatos.


Então ficamos assim: aquela que já foi a maior empresa brasileira tem ativos superestimados em R$ 88,6 bilhões; já calcula em R$ 4 bilhões só o montante da roubalheira; pensa em não pagar dividendos; divulga um balanço não auditado; congela obras em andamento; reduz à sua expressão mínima a exploração e o refino de petróleo, suas principais áreas de atuação, e sua presidente diz que a apuração das falcatruas pode durar muitos anos.


E Dilma? Ah, Dilma Rousseff poderia fazer com que a empresa, que hoje deve valer pouco mais de R$ 100 bilhões na Bolsa, volte a valer quase R$ 400 bilhões. Bastaria ir à televisão e anunciar: “Assim que sanarmos as contas, vamos privatizar a Petrobras”. As ações subiriam de modo vertiginoso e contínuo. É certo que alguns vagabundos e larápios tentariam organizar alguns protestos… A população, cansada de ser roubada e de pagar a gasolina mais cara do mundo, certamente aplaudiria. Antes que as antas se levantem: todas as riquezas do subsolo brasileiro pertencem à União, pouco importa quem as explore.


Mas Dilma não vai fazer isso. O PT está decidido a enterrar o Brasil e a Petrobras, dois gigantes cambaleantes.







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Nem fico surpreso mais com tantas mentira desta corja!



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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sponholz: Brasil no vermelho e comendo milho.








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Esquerdopatas dirão que pegar em armas é perigoso e que deveriam ensinar as professoras se abaixarem...



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Ele não aceita uma zuêra!



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aeHOOOOO!



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Desde a década passada, já devem ter se inspirado no Cerveró antes dele ficar famoso



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Lógica esquerdista deveria ser valiosa, sempre criam pérolas



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É roubo meesmoo!



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Agora elas não vão dizer o local do beijo



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Um alerta!



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É exatamente isso!



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Governo tem rombo de R$ 17,24 bi em contas de 2014, pior desempenho desde 1997

Na VEJA.com:


As contas da presidente Dilma Rousseff fecharam 2014 com um déficit primário de 17,242 bilhões de reais. O resultado do chamado governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registraram o pior desempenho da série histórica que teve início em 1997. Foi o primeiro déficit da série e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2013, o superávit acumulado foi de 76,993 bilhões de reais, ou 1,59% do PIB.


O rombo histórico das contas do governo, divulgado pelo Tesouro nesta quinta-feira, consolidou um processo de forte deterioração fiscal que a presidente Dilma tenta agora reverter para retomar a confiança no país. Apesar das pedaladas fiscais (atrasos nos pagamentos de despesas) que ainda ficaram para 2015 e receitas extraordinárias, o resultado de 2014 ficou distante da última previsão do governo, de fechar o ano com um superávit de 10,1 bilhões de reais. No início do ano, o governo prometeu fazer um superávit de 80,7 bilhões de reais nas contas do governo central.


O resultado reflete uma combinação de aumento de despesas, queda forte da arrecadação por causa da atividade econômica fraca e desonerações tributárias em volume elevado.


Dados do Tesouro mostraram que as despesas subiram 12,8%, para 1,013 trilhão de reais, enquanto as receitas avançaram apenas 3,6%, totalizando 1,031 trilhão de reais.


A Previdência foi, de longe, o setor que mais contribuiu para o rombo anual. Separadamente, as contas do Tesouro tiveram um superávit de 39,570 bilhões de reais, o do INSS um déficit de 56,698 bilhões de reais e o resultado das contas do Banco Central foi negativo em 114,8


Dezembro – Apenas em dezembro, as contas do governo central registraram um superávit de 1,039 bilhão de reais, decepcionando mais uma vez. No final do ano passado, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, havia garantido que o superávit seria de dois dígitos, o que não ocorreu. O resultado de dezembro é pior para o mês desde 2008, quando as contas fecharam com déficit primário. Para não ser responsabilizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo conseguiu que o Congresso Nacional aprovasse uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que permite o descumprimento da meta.







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O ditador comunista e o “frei” cristão: o que não foi dito


“Frei” Betto foi uma vez mais visitar o “paraíso” comunista na ilha caribenha, e acabou convidado para uma conversa de uma hora e meia com o dono do pedaço, que transferiu a gestão da ilha para o irmão mais novo como quem deixa o caçula brincar com seus brinquedos (no caso, estamos falando da vida de 11 milhões de pessoas, mas deixa isso pra lá). O resultado foi esta breve entrevista divulgada no GLOBO, jornal que tem o “frei” como colunista.


Por meio dela, ficamos sabendo que Fidel Castro é um “entusiasta” de Obama, o presidente esquerdista americano, e que tece elogios ao Papa Francisco também. Betto, que já pegou em armas para ajudar na revolução comunista, é muito amigo do ditador cubano, e não parece ver nada de contraditório entre essa amizade e sua suposta mensagem de paz cristã.


Deus não tolera um Bolsonaro da vida, mas, pela ótica do “frei”, o ditador assassino deve ter um lugar garantido no céu – talvez um grande e privilegiado lugar, para continuar oprimindo e matando milhares de súditos. De lá, esses ingratos tentarão navegar em nuvens rumo ao inferno, como fazem hoje os “balseiros” desesperados para chegar a Flórida.


O “frei” vermelho disse que seu camarada é muito detalhista: “A cabeça está perfeita. O Fidel é muito detalhista, anota tudo. Quis saber onde estou hospedado, o que eu fiz, com quem falei, e sempre anotando. Ele é o homem do detalhe”. Sim, ele tem mesmo essa mania de querer saber de tudo, onde as pessoas ficam, o que pensam e falam, com quem conversam. E para garantir a precisão das informações, mantém um exército de fiscais e delatores informais. Muita curiosidade e mania de detalhes…


Ainda segundo nosso “frei”, Fidel quer mesmo mais “diálogo” com os “malditos ianques”, e eis como o comunista brasileiro coloca a coisa: “Comentei sobre a carta que ele mandou para a Federação dos Estudantes Universitários, em que aborda o reatamento das relações com os Estados Unidos. Eu disse que o diálogo é importante, é o encontro do caminhão consumista com o Lada (marca de veículos russos) da austeridade. Por enquanto, vai ser muito difícil a sintonia, porque um fala em FM e outro em AM. Ele concordou”.


O “caminhão consumista” é um dos países mais ricos e livres do mundo, com ampla e sólida classe média, e claro, com uma democracia que vem desde sua independência sem grandes choques, sob uma Constituição que sofreu poucas emendas e ainda é essencialmente a mesma. Já o “Lada da austeridade” é uma ilha miserável, com escravos em vez de cidadãos, e um regime totalitário que mantém o mesmo senhor feudal no poder há meio século. Mas é preciso “dialogar”, sabe?, como se cada um tivesse algo de bom para colocar na mesa…


Sobre o presidente esquerdista americano, eis o que Fidel pensa, segundo o “frei”: “Ele é um entusiasta do Obama e acha muito positivo o que o presidente americano vem fazendo. Mas, ao mesmo tempo, diz que o processo é muito longo. Os EUA tomaram uma série de medidas contra Cuba, que precisam ser canceladas”. E eu poderia jurar que quem tomou medidas contra o outro foi Cuba, ao encampar e expropriar empresas americanas e depois apontar mísseis soviéticos para a Flórida…


Perguntado se conversaram sobre as mudanças internas na ilha, “frei” Betto disse: “Não. Abordamos muito política a internacional. Falamos sobre o atentado na França e ele disse que gostou muito da reação do Papa Francisco. Concordou com Francisco e disse: “A liberdade de expressão tem limites. Você pode se expressar, mas não tem o direito de humilhar ou ofender”. Fidel elogiou a atitude do Papa, quando disse que se xingassem sua mãe, devolveria com um murro”.


De limitar a liberdade de expressão Fidel entende, e muito! Para o “frei”, Fidel e o Papa Francisco concordam nesse assunto, como se o Papa fosse endossar a opressão total existente em Cuba. Ninguém teria o direito de humilhar ou ofender, e isso, em Cuba, significa criticar o governo. Claro: Fidel tem o total direito de não se sentir ofendido. É por isso que 11 milhões de cubanos não podem dizer abertamente o que pensam dele. A liberdade de expressão deve ter limites…


O que o “frei” Betto não perguntou ao camarada Fidel, e o que a jornalista do GLOBO, Sandra Cohen, também não perguntou ao intermediário, eu pergunto aqui, sabendo antecipadamente a resposta: o senhor não sente vergonha de defender por tanto tempo a mais longa e assassina ditadura do continente?


Rodrigo Constantino







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