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terça-feira, 31 de maio de 2016

Governo vai propor desconto de 60% na dívida dos Estados

Representação contra Jucá no Conselho de Ética deve ser arquivada

Tudo indica que o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), vai arquivar a denúncia contra o senador Romero Jucá por quebra de decoro, conforme denúncia feita pelo PSOL e pela Rede.

Jucá foi uma das pessoas gravadas por Sérgio Machado e sugeriu, bem antes de ser ministro, que uma eventual posse de Michel Temer poderia acalmar a Lava-Jato. Não foi além disso. Não há o menor indicio na conversa de que tenha agido para obstruir a investigação.

Cobrei de imediato aqui a sua demissão porque me pareceu, e me pareceria ainda hoje, que aquela conversa era incompatível com o poder que passara a ter no governo. Mas crime? Nesse caso, Jucá não cometeu nenhum.

O senador é um dos investigados da Lava-Jato. Que pague por aquilo que houver feito. No caso das gravações, há muito calor e nenhuma luz. Se querem saber o que é um falso escândalo, eis o exemplo.

A palavra do presidente é forte, mas a decisão não é necessariamente monocrática. Os autores da denúncia podem apelar ao plenário do Conselho. Se a maioria decidir aceitar a denúncia, tem início o processo. É pouco provável que isso aconteça.



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A corrupção da família

Pois é… Chegou a hora de a gente recuperar, num novo contexto e com novo sentido, aquela que já é um clássico de Fábio Júnior: “Pai, você foi meu herói, meu bandido….” A gente percebe que, no Brasil, os vícios vão ganhando, assim, a força de uma hereditariedade. Ainda bem que uma nova cultura parece estar se plasmando, avessa à impunidade em qualquer área.

Por que isso tudo? Sérgio Machado, o Gravador Geral da República, estava disposto a resistir. Ensaiou direitinho o papel de indignado quando se tornou um dos investigados da Lava-Jato, embora ninguém tenha levado a sério a sua indignação, nem amigos nem amigos.  De algum modo, no entanto, estava disposto a arcar com os ossos do seu ofício.

Ele só cedeu quando a Força-Tarefa chegou a seu garoto, a seu caçula. Expedito Machado, apelidado “Did”, mora em Londres e administra um fundo de investimentos. Biscoito fino. Não é para as massas.

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam se o tal fundo é alimentado com dinheiro sujo oriundo do Brasil. Na verdade, já chegou à conclusão de que é. E só por isso Sérgio, o pai, decidiu botar a boca no trombone. “Did” fez o mesmo também fechou a sua colaboração.

Machado foi além de fazer uma simples delação premiada. Ele resolveu ser também um alcaguete e saiu gravando geral. Por incrível que pareça, nas fitas que vieram a público até agora, não há uma só revelação comprometedora. Não obstante, elas já derrubaram dois ministros.

Os Lula da Silva
“Did’ não é o único. Luís Cláudio Lula da Silva também cantarola Fábio Júnior, não é mesmo? A Operação Zelotes descobriu que o rapaz é mesmo um portento nos negócios. De certo modo, é até mais, como dizer?, vivo do que Fábio Luiz da Silva, seu irmão, o notório “Lulinha”. Este ao menos tem uma empresa física, a Gamecorp, que põe no mercado alguns produtos na área de game e TV.

Luiz Cláudio nem isso. A sua empresa de marketing esportivo é o empreendimento de um homem só, e ele é consultor de alguma coisa, que ninguém sabe direito o que seja. Seu único trabalho conhecido é um “estudo” que era cópia de material encontrável na Internet.

Quem sai aos seus não degenera a casta, não é mesmo? Não deixa de ser impressionante que essa gente meta a família no meio das lambanças. Sei lá, devo conservar alguns traços antigos, já superados por esses patriotas. Penso ser muito constrangedor não esconder nem dos próprios filhos procedimentos tão, como dizer?, heterodoxos!

Não deixa de ser também uma corrupção da família.



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OS PINGOS NOS IS – “Pai, você foi me herói, meu bandido”



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Ex-ministro da Transparência deve ser investigado pelo CNJ

Fabiano Silveira, ex-ministro da Transparência e membro do Conselho Nacional de Justiça por indicação do Senado deve ser investigado pelo próprio CNJ para saber se cometeu algum crime quando deu orientações legais ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e a Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro.

Se o que há contra ele é só o que veio a público na gravação de Sérgio Machado, não vai dar em nada. A acusação chega a ser absurda.



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Relator confirma pedido de cassação de Cunha, que age para afastar presidente do Conselho

Presidente do Bradesco é indiciado pela Polícia Federal

Temer cria grupo especial de combate à violência contra a mulher

O presidente Michel Temer — que foi o criador da Delegacia da Mulher quando secretário de Segurança de São Paulo, inciativa que depois se espalhou por todo o Brasil — criou um grupo de trabalho para propor medidas extras de proteção à mulher. O grupo é chefiado por Alexandre de Moraes, ministro da Justiça.

É claro que apoio a iniciativa, ora bolas! Até porque o excesso de conversa mole nessa área não resultou em mais proteção às mulheres. No tempo de vigência do dito “Ministério das Mulheres”, a violência de gênero só cresceu no país. Esquerdistas se contentam em falar, em proclamar seu amor à Justiça. Na hora de pôr a mão na massa, vão tomar cerveja.

Que se apliquem as medidas extras, tomando o cuidado de não cair na esparrela de que existe uma “cultura do estupro” no Brasil. Essa é uma das conversas mais estúpidas dos últimos tempos. Já tratei do assunto aqui. Afirmar essa bobagem corresponderia a dizer que existe uma cultura do homicídio em nosso país.

Felizmente, a cultura que começa a se espalhar é a da intolerância com a impunidade: seja a de molestadores de mulheres, seja a de ladrões.



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A palavra “presidenta” sofre impeachment na EBC

De agora em diante, Dilma Rousseff será chamada de “presidente” nos veículos subordinados à EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), pouco importando o qualificativo que acompanhe: “afastada”, “ex” ou outro qualquer.

Todos os veículos do país, exceção feita aos blogs sujos, seguem o que sempre se fez no país: “presidente” é um substantivo de dois gêneros e serve para designar homens e mulheres.

A língua admite, sim, o “presidenta”. Não é segredo pra ninguém, no entanto, que o que foi vendido como política de gênero era, na verdade, uma afirmação descabida de personalismo.



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A outra queda de Dilma

O PT realista sabe que essa conversa de volta de Dilma é pura lorota. Mas sempre há alguns tolos entusiasmados. O ânimo do QG da Restauração esfriou bastante com a confirmação da notícia de que Marcelo Odebrecht assinou o acordo de delação premiada.

Ninguém sabe exatamente quantos tombarão com Dilma, mas se dá como certo de que será a sua segunda queda.

Para começo de conversa, o que não vai resistir às revelações será o financiamento de sua campanha.

Mas isso não atinge também Michel Temer, já que ambos compunham a chapa? Será uma tarefa para o TSE. Os comitês financeiros eram distintos, e Temer não tinha como saber como operava, por exemplo, Edinho Silva.



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Emílio Odebrecht não participa de acordo

Emílio Odebrecht, patriarca da família, não participa do acordo de delação premiada nem existe disposição para prestar qualquer depoimento à força-tarefa, até porque não é investigado nem acusado de nada. Quem comanda as negociações é mesmo Marcelo, o ex-presidente do holding.



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Ministro argentino diz que PIB do país cairá por causa da crise do Brasil

Na VEJA.com:

A atual crise vivida pelo Brasil, com um governo interino e uma desaceleração econômica, vai provocar uma queda de 1,5 ponto percentual no crescimento da Argentina neste ano, afirmou nesta terça-feira o ministro da Fazenda e de Finanças Públicas do país, Alfonso Prat-Gay.

“O Brasil pode determinar se nós crescemos ou caímos”, disse Prat-Gay durante sua participação em um evento organizado pela agência EFE e a Casa da América em Madrid, ao lado do ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos.

No cargo desde dezembro do ano passado, Prat-Gay declarou que no mundo atual, “muito incerto”, é necessário muito diálogo. “A Argentina quer fazer parte do diálogo, não do problema, como até agora”, disse em alusão ao anterior governo de Cristina Kirchner.

O ministro argentino apresentou as possibilidades que seu país oferece para investidores espanhóis e repetiu a incumbência dada pelo presidente Mauricio Macri antes de ele viajar para a Espanha: “Avisar que se apressem para investir na Argentina”, disse. “Se tiver investimento e criação de emprego, serão bem-vindos.”

O ministro ofereceu como garantia a nova política de seu governo, no poder desde o final do ano passado, disposto a assumir seus compromissos internacionais e a saldar as dívidas contraídas. “Para termos credibilidade precisamos cumprir com nossas dívidas e com as sentenças”, afirmou, em referência ao acordo entre o governo argentino e seus credores que aconteceu em Nova York.

Ele também falou da tarefa de seu governo para combater a inflação e reduzir o déficit, ao mesmo tempo em que procura melhorar a situação das camadas mais vulneráveis da sociedade.

Prat-Gay insistiu que o objetivo é chegar a 2019 com uma inflação de 5% – a previsão para 2016 é de inflação de 25%.

Presidente do Banco Central da Argentina entre 2002 e 2004, Prat-Gay defendeu a independência “de fato” da instituição e insistiu que as metas de inflação são definidas pelo governo e executadas pelo Banco Central. “Nós gostaríamos de baixar os impostos no futuro”, antecipou, mas “não enquanto a economia não cresça fortemente.”



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Desemprego atinge 11,2% da população, segundo IBGE

A taxa de desemprego voltou a subir no trimestre móvel encerrado em abril, atingindo 11,2%. O resultado é 1,7 ponto percentual maior que o do trimestre móvel encerrado em janeiro (9,5%). A taxa é a maior desde o início da pesquisa, em janeiro de 2012.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, desde o fim de janeiro, são mais 1,8 milhão de pessoas fora do mercado de trabalho. Em abril havia 11,4 milhões de trabalhadores desempregados, número que mostra um crescimento de 18,6%, em comparação ao primeiro trimestre deste ano, crescimento de 42,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, 2015.

Os números do IBGE indicam ainda que o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas ficou em R$ 1.962, valor estatisticamente estável em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2016, que foi de R$ 1.977. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro do ano passado (R$ 2.030), a queda no rendimento médio real habitual chegou a 3,3%.

Metodologia

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados em trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel encerrado em abril de 2016 foi calculada a partir das informações coletadas em fevereiro, março e abril deste ano.



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Aloysio Nunes será o novo líder do governo no Senado

O tucano paulista Aloysio Nunes Ferreira deve ser o novo líder do governo Temer no Senado, segundo informação do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, nesta terça-feira, 31. Aloysio foi candidato à vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) nas última eleição.

O senador não confirma a informação mas terá uma reunião no Palácio do Planalto para que o convite seja formalizado. De manhã, o presidente em exercício Michel Temer ligou para o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), para comunicar sua escolha. Nas investigações da Lava Jato, o nome do parlamentar foi citado como destinatário doação irregular de campanha pelo empreiteiro e delator Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, juntamente com o do ex-ministro petista, Aloízio Mercadante. Os senadores negam qualquer irregularidade.



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Oficializada a delação premiada de Marcelo Odebrecht

 

A Folha de S.Paulo informa que o empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 e já condenado há mais de 19 anos de prisão, teria assinado na quarta-feira passada acordos de delação e de leniência para colaborar com as investigações da Operação Lava Jato. Integrantes do Ministério Público pretendem, com a formalização, convocar até mesmo Emílio Odebrecht, ex-presidente da empresa e pai de Marcelo para dar informações.

A empreiteira teria se comprometido oficialmente a dar acesso aos números de caixa dois da empresa para detalhar o financiamento de todas as campanhas eleitorais majoritárias de anos recentes com as quais colaborou.

Há alguns meses, antes mesmo de sua condenação, já recomendei num texto na Folha de S.Paulo: “Fala, Marcelo Odebrecht!, Não há como o Brasil não melhorar.”



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Filho de Lula investigado na Zelotes recebeu R$ 10 milhões, não apenas R$ 2,5 milhões

Epa! A Operação Zelotes descobriu, informa a “Coluna do Estado”, no Estadão, que Luís Cláudio, o filho de Lula que é dono da LFT Marketing Esportivo, não embolsou apenas R$ 2,5 milhões do escritório Marcondes & Mautoni. Não! Isso é café pequeno. O rapaz levou quase R$ 4 milhões dessa empresa de lobby, acusada de comprar medidas provisórias durante o governo Lula. Mas calma!

Ao todo, a LFT, de que o rapaz é dono e da qual é o único funcionário, embolsou R$ 10 milhões. É um gênio da consultoria! O único trabalho conhecido desse portento é justamente o que teria feito para o Marcondes & Mautoni. A Polícia Federal descobriu tratar-se de uma cópia da Internet. Luís Cláudio é o copia-cola mais caro do país.

Que beleza!

Nada como um pai socialista para que os filhos se tornem empreendedores notáveis, não é mesmo? Já fiz esta observação aqui, mas vale repeti-la: quando FHC chegou ao poder, seus netos eram herdeiros de um dos maiores bancos do país: o Nacional. Quando FHC saiu da Presidência, esses mesmos netos eram uns sem-banco. O Nacional quebrou. E não teve socorro oficial. E não tinha de ter mesmo, ora!

Quando Lula chegou ao poder, Fábio Luiz da Silva, o seu mais velho, era monitor de jardim zoológico. Dois anos depois, estava rico, no comando da Gamecorp, de que a Oi (à época, Telemar) se tornou sócia. Não sei o que fazia Luiz Cláudio. Talvez fosse apenas estudante. Hoje, já é também um milionário.

Sobre Lulinha, certa feita, afirmou o pai: “É o Ronaldinho dos negócios”. À época, Ronaldinho era… Ronaldinho!!! Modéstia do Apedeuta. Estamos diante de uma família de craques. Numa conta, assim, de padaria, podemos lembrar os sucessos financeiros da família Lula da Silva: o patriarca levou R$ 27 milhões por supostas palestras; cada um dos filhos, por sua vez, teve um aporte de R$ 10 milhões: foi a grana que a Telemar botou na Gamecorp e também o valor recebido por Luís Cláudio. Nesses três itens, estamos falando de R$ 47 milhões.

Com Lula, a classe operária pode não ter chegado ao paraíso, para lembrar o nome de um filme, mas é inegável que ele e sua família chegaram, não é mesmo?

Luís Cláudio e seu pai são investigados na Operação Zelotes, que só não é o escândalo dos escândalos porque nenhuma ocorrência consegue tirar essa condição do petrolão. É essa gente de moral ilibada que está lutando desesperadamente para voltar ao poder.

A Zelotes investiga o pagamento de propinas na compra de medidas provisórias, a venda de decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e o eventual pagamento de propina no contrato para a compra dos caças Gripen, de fabricação sueca.

Dá para entender o desespero do PT ao ser apeado do poder. E também dá para entender o amor que essa gente tem pelo estado. Imaginem se todo brasileiro prosperasse na velocidade em que prosperam os Lula da Silva. O Brasil seria a maior economia do mundo.



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O estupro, a histeria coletiva, o sociologismo vagabundo e as distorções da militância de gênero

Olhem, caras e caros, não vou entrar no mérito se houve ou não estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Complexo de Favelas São José Operário, na Zona Oeste do Rio. Até porque, a esta altura, ainda que as provas gritassem o contrário, seria proibido chegar a uma conclusão diferente daquela a que já chegaram a imprensa, a militância de gênero e a histeria politicamente correta. O vídeo sugere que um grupo de homens manipula o corpo de uma mulher que não parece ter controle de si. Para a Lei 12.015, de 2009, basta. É estupro. Que os culpados sejam punidos. Mas não dá para aceitar a punição, ainda que moral e simbólica, dos não culpados: todos os outros homens. Explico.

Alheios a quaisquer circunstâncias e mesmo a algumas inconsistências da narrativa, os grupos militantes saíram tonitruando por aí que a ocorrência — que ainda precisa ser apurada — era mais uma manifestação de uma certa cultura do estupro que existiria no Brasil.

A ministra Cármen Lúcia, do STF, em nota, chegou a escrever: “Repito: a nós mulheres não cabe perguntar quem é a vítima: é cada uma e todas nós”. É o tipo de texto perigoso. Porque, de algum modo, joga todos os homens do outro lado da linha. Ainda que a ministra tenha dito que a ocorrência avilta todos os humanos, é evidente que se dá um peso especial à questão de gênero.

Ocorre que esta acaba mais mascarando do que desvelando a realidade. Digam-me aqui: sob o controle do narcotráfico, os direitos das mulheres são os únicos agravados no Complexo de Favelas São José Operário? A resposta, obviamente, é não! Por lá, não se respeita é direito nenhum. Afirmar que tal ocorrência revela a existência no país de uma cultura do estupro é de uma estupidez inominável. Até parece que há uma naturalização de tal crime no país e que sua gravidade não está devidamente assentada na consciência da maioria dos brasileiros. Então vamos pensar um pouco.

As notificações de estupro cresceram enormemente depois de 2009, o que coincide com a aprovação da Lei 12.015, uma pérola da militância feminista. Considera-se estupro não apenas a violência caracterizada como tal como qualquer ato libidinoso não consentido. É evidente que se trata de um desserviço à verdade e às próprias mulheres. Afinal, isso serve para mascarar as circunstâncias em que os estupradores de fato agem. Mas deixo isso de lado agora.

Por ano, com a nova lei, os estupros saltaram para algo em torno de 47 mil no país. É claro que é um número absurdo, ainda que parte das notificações seja constituída dos tais atos libidinosos. Mas será isso, então, a evidência da “cultura do estupro”?

Venham cá: há, em média, 53 mil assassinatos por ano no Brasil, mais de 80% das vítimas são homens. Será que se pode falar que há, também, em nosso país, uma “cultura do assassinato de homens”?

Para que o evento do Complexo de Favelas São José Operário pudesse ser expressão de uma cultura, forçoso seria que, no Brasil, mulheres não pudessem, em regra, ficar em ambientes masculinos, pouco importando variáveis outras — econômicas, sociais, culturais — sem que corressem o risco de ser estupradas. E isso me parece escandalosamente falso. Como é falso afirmar que a taxa de homicídios de Moema é igual à do Capão Redondo porque, afinal, há no Brasil uma “cultura do assassinato”.

Assim como as variáveis socioeconômicas interferem na ocorrência dos demais crimes — são maiores onde vigora a lei do cão; onde falta o estado necessário —, é evidente que também deixam o seu viés nesse tipo de ocorrência. Ou o tal estupro coletivo não se deu num ambiente em que se misturam droga, narcotráfico, escolhas individuais perigosas e ausência de estado de direito?

Repudio essa bobagem de cultura de estupro porque isso tende a mascarar as duas questões que realmente contam: 1) as condições socioeconômico-culturais em que um episódio como aquele se torna possível; 2) as responsabilidades individuais. Tendo havido estupro, foram aqueles rapazes os estupradores. Os demais homens não têm nada com isso.

Que se apure tudo. A história dos 33 estupradores me parece, em princípio, fantasiosa. Não cabiam tantos naquele quarto. Não me parece que a vítima estivesse em condições de ser precisa para enumerar as personagens de um eventual revezamento. Indago: e se, no grupo, de cinco, 10 ou 30, houver menores? A militância de gênero abre mão de uma punição mais severa em nome do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, obviamente, protege também os estupradores?

E notem: nesse caso, sou adepto da frase “meu corpo, minhas regras”. É evidente que uma mulher tem o direito de dizer “não” em qualquer circunstância, e isso inclui interromper o ato caso tenha mudado de ideia. Não há razão que justifique o sexo forçado. Ponto. Ainda que a tal garota, como se especula, tivesse aceitado fazer sexo com dois ou três, isso não daria a outros a licença de participar se isso não fosse da sua vontade. Eu escrevo para indivíduos, não para militantes.

Todos sairíamos ganhando enormemente se houvesse mais respeito pelas vítimas, em vez de transformá-las em estandartes e em símbolos de luta. Acho isso de um oportunismo asqueroso. Um grupo de pessoas que foi protestar em frente ao Supremo — e, até agora, não entendi por quê — e aproveitou para gritar palavras de ordem contra… Michel Temer. O que uma coisa tem a ver com outra? Ora, afinal, este é o país que depôs uma mulher, não é? Não faltará quem veja nisso também uma metáfora do estupro — no caso, estupro político. Ainda que tal evento tenha vindo na esteira da maior roubalheira jamais praticada no país. E é evidente que seria um erro afirmar que Dilma nos conduziu ao desastre porque é mulher.

As militâncias dos grupelhos nunca estão interessadas pelos que sofrem. Estes só têm importância se as ocorrências puderem ajudar a causa da “libertação”. Qual libertação? Qualquer uma, desde que seja contra o statu quo. Cresceu enormemente o número de estupros na Alemanha com a chegada dos imigrantes islâmicos. A imprensa de esquerda escondeu as ocorrências porque, concluiu-se, isso poderia gerar uma onda de preconceitos.

Por que digo isso? O que estou evidenciando é que a questão do estupro pode ser “esquentada” ou “esfriada” a depender da intenção política que se tenha e da eficiência do ativismo dos grupos que decidem fazer uma coisa ou fazer outra.

Que os culpados sejam punidos segundo os rigores da lei. Mas vamos parar com essa conversa estúpida de que este é um país de potenciais estupradores. A ser assim, também é um país de potenciais homicidas.

Ah, sim: se a polícia conseguir, conviria ao menos investigar o que se deu naquele dia. É o que se deve fazer quando acontece qualquer crime.



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Cuidado! Há gente apostando na restauração petista! Aí, sim, seria o caos

Parece que o presidente Michel Temer estava disposto a bancar a permanência de Fabiano Silveira no Ministério da Transparência, mas o já ex-ministro preferiu cair fora. Optou por não enfrentar a guerra que viria pela frente com os petistas da pasta a gritar pelos quatro cantos. As fitas de Sérgio Machado são, já escrevi aqui e reitero, a Escola Base da imprensa destes dias, com a diferença de que o não-escândalo se dá agora na política.

Jamais houve no país, e creio que não haverá outra, operação que se movesse com tanta liberdade e, como dizer?, com tamanho arbítrio como a Lava-Jato. Ela faz literalmente o quer, o que pode e o que não pode, e ninguém ousa lhe pôr freios. Estaria eu sugerindo alguma coisa? Sim! Que todos sigam a lei. Nada além disso. Parece-me um bom conselho.

Juca, Sarney, Renan, Silveira… Todos sabemos que nenhum deles poderia mover uma palha contra a operação, a menos que contassem com a conivência de Rodrigo Janot, de Sérgio Moro, da Polícia Federal e de todos os loquazes procuradores da Lava-Jato, que nunca pediram licença para conceder entrevistas, nas quais falam o que bem entendem.

Meu tom é crítico? Não! Só estou aqui a perguntar onde estão os freios da Lava-Jato e quem os está colocando. Que outro assunto derrubou dois ministros em 10 dias? Que eu me lembre, nenhum! Mas esperem: os dois que caíram fizeram contra a Lava-jato exatamente o quê? E ninguém saberia responder. Nem na imprensa.

Se a moda pega, só poderão ser nomeados para os ministérios os mudos. E, ainda assim, há que se ter a certeza de que não falam a língua dos sinais. Essas fitas de Sérgio Machado são uma aberração sob qualquer aspecto que se queira.

Aí o petralha e os olavetes tiram as petainhas dianteiras do chão: “Ah, o Reinaldo reclama dos vazamentos agora. Por que não reclamava quando eram contra o PT?” Procurem no meu blog textos defendendo tal procedimento. Não há. O que eu defendo é outra coisa: que a imprensa os publique se os conseguir. Propugnar pela liberdade de imprensa não é sinônimo de endossar os procedimentos.

Mas avanço um pouco: é preciso distinguir uma gravação que evidencie crime contra a ordem pública de outras que nada mais revelam do que considerações adjetivas e subjetivas sobre o que está em curso. E é precisamente o caso das conversas gravadas por Sérgio Machado. É evidente que a Procuradoria-Geral da República não terá o que fazer com elas. Desafio qualquer advogado ou jurista a dizer qual prescrição legal — seja da Lei Maior, seja das menores — foi arranhada pelos interlocutores. Não há.

O que se tem, por óbvio, é a intenção deliberada de desestabilizar o governo a partir do nada. Aí é evidente que os instrumentos para a apuração de ilícitos estão sendo empregados não mais para enquadrar criminosos, mas apenas para fazer política.

Dilma Rousseff, claro!, não perdeu tempo e afirmou que ela nunca teve um ministro da CGU forçado a pedir demissão. É verdade… Os ministros do governo Dilma, mesmo quando flagrados ou denunciados, jamais se demitiam. Nesse particular, o governo Temer, então, parece um pouco mais exigente.

Sim, é preciso tomar cuidado! A turma da Restauração está toda assanhadinha. A história não se repete nunca. Os eventos não existem primeiro como tragédia e depois como farsa. Isso tudo é bobajada literária. Mas é claro que existe uma espécie de ordem pendular no mundo, não é? Se existem jacobinos se divertindo com a possibilidade de não deixar pedra sobre pedra na política, cumpre lembrar que as sociedades rejeitam a desordem e o vácuo. Alguma ordem sempre se impõe.

Se a Lava Jato corre algum risco, ainda que remoto, esse risco está com a possibilidade da Restauração, não é? Ou será que existe gente na tal Operação imaginando que esta sobreviveria a um eventual retorno do PT ao poder?

Ou a gente começa a separar o que é crime do que não é, ou as coisas acabarão ficando bem confusas. E sempre que o crime não se distingue do não-crime, é evidente que os criminosos saem lucrando.



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NA VEJA.COM – A máquina de lavar e sujar reputações



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BUMLAI CONFESSA AO JUIZ SERGIO MORO QUE ASSINOU EMPRÉSTIMO FRAUDULENDO DE CERCA DE R$ 12 MILHÕES PARA O PT TEMENDO INVASÃO DE SUAS PROPRIEDADES

Bumlai abraça Lula em foto antiga apreendida pela polícia
O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai disse nesta segunda-feira ao juiz federal Sergio Moro que assinou um empréstimo fraudulento de cerca de 12 milhões de reais para o PT por medo de ser alvo de invasão de terras. Amigo do ex-presidente Lula, Bumlai foi o avalista de um empréstimo fictício junto ao Banco Schahin usado para pagar despesas eleitorais de 2004 e para repassar dinheiro de uma suposta chantagem feita pelo empresário Ronan Maria Pinto, em Santo André (SP).
Segundo os investigadores da Operação Lava Jato, o empresário integrou um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação do navio sonda Vitoria 10000. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras e ao PT. A exemplo do escândalo do mensalão, o pagamento de dinheiro sujo foi camuflado a partir da simulação de um empréstimo no valor de 12,17 milhões de reais do Banco Schahin, com a contratação indevida da Schahin pela Petrobras para operar o navio sonda Vitoria 10000 e na simulação do pagamento do suposto empréstimo com a entrega inexistente de embriões de gado.
"Eu cometi um grande erro. Levado pela minha situação à época, que era proprietário de 210 mil hectares de terra, tudo produtivo, o PT assumindo o governo federal, nós éramos um grande alvo para invasões. Não falei 'não' até por uma questão de receio, mas também achei que o empréstimo não ia sair", disse ele ao juiz Sergio Moro. Em depoimento à Polícia Federal, Bumlai já havia admitido que o empréstimo era fictício.

Segundo a versão apresentada pelo pecuarista, que é réu na Operação Lava Jato, o pedido para a consolidação do empréstimo partiu do então tesoureiro do PT Delúbio Soares, embora o tema tenha sido tratado também pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e pelo lobista Fernando Baiano. "Quando eu cheguei no banco, o empréstimo já estava totalmente aprovado. Só precisava de um trouxa que nem eu para assinar e ficar responsável por ele", relatou Bumlai. No depoimento, o empresário, que enfrenta um tratamento de câncer, pediu que o juiz Sergio Moro seja "misericordioso" com ele em seu julgamento. Do site de Veja


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