Se e quando Lula for preso, espera-se que o seja segundo as leis, certo? Segundo o Estado de Direito. E nem penso que pudesse permanecer na cadeia ao arrepio do aparato legal porque, por óbvio, o Brasil é uma democracia, e os tribunais superiores estão aí. A questão chegaria ao STF. Se a prisão fosse mantida, o mais provável é que houvesse motivos.
Mas agora vamos fazer um exercício elementar de política.
Digamos que a prisão de Lula fosse só uma questão de escolha. Digamos que o Estado de Direito fosse exercer sempre a vontade da maioria, e todo julgamento fosse feito em praça pública, com caráter publicitário. Então iríamos votar, como no programa do Chacrinha: “Vai para a cadeia ou não vai?”
Nesse caso, considerando as tarefas que há pela frente, com as consequências, que serão, sim difíceis do teto de gastos, a eventual reforma da Previdência, a necessária reforma trabalhista, as dificuldades que ainda existem para o crescimento… Dado isso tudo, levando-se em conta o potencial de desgaste das medidas que precisam ser adotadas, qual seria a escolha mais prudente:
a: Lula solto, respondendo por seus atos, tendo exposta a sua biografia?;
b: Lula preso, construindo a narrativa do marketing, encarcerado pelo “ajuste neoliberal?”.
É só para pensar.
De toda sorte, até onde se sabe, a prisão ou não de Lula é matéria que diz respeito à ordem legal, não a um plebiscito informal.
Se o Estado de Direito fosse o “Programa do Chacrinha”, como você gritaria na “hora do bacalhau”?
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