Pois é… Para as opiniões fundamentadas em lei e ancoradas em fatos, procurem este blog. Para torcida, chicana, gritaria, berreiro… Bem, aí não recomendo uma página em particular. Há centenas de milhares.
As Nações Unidas emitiram uma nota informando que o registro feito pelo Comitê de Direitos Humanos da denúncia apresentada pela defesa do ex-presidente Lula representa apenas uma “formalidade” e que isso não implica a admissibilidade do processo.
A comunicação feita ao órgão foi protocolada em julho e acusa o juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato de cometerem violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis.
Entre as acusações de arbitrariedades citadas pela defesa de Lula, está a condução coercitiva que levou o petista a depor durante a vigésima quarta fase da Lava Jato. Além disso, os advogados citam como ilegais o vazamento de materiais confidenciais e a divulgação de ligações de Lula interceptadas pela Justiça.
O que foi que eu escrevi ontem aqui, às 20h27? Eu lembro:
“O que precisa ser informado é que esse primeiro juízo de admissibilidade é praticamente uma rotina burocrática. Vale dizer: é um mero despacho.
Claro, o dito comunicado poderia ser de um absurdo tal e tamanha irrelevância que não passasse nem por essa primeiríssima etapa.
Ocorre que isso seria praticamente impossível considerando que Lula é quem é. Se um ex-presidente da República de Vanuatu, uma das ilhas do arquipélago das Novas Hébridas, fizer denúncia semelhante, essa primeira admissão será igualmente aceita.
E, por óbvio, Lula tem bem mais importância no mundo do que o tal ex-dirigente de Vanuatu porque, afinal, o Brasil é mais importante do que aquele país e também porque o ex-dirigente brasileiro ganhou, isto é inequívoco, projeção internacional.
Vale dizer: admitir o documento é praxe. Não há avanço nenhum em favor de Lula, uma vez que, afinal, a denúncia foi apresentada.”
A advertência da ONU é importante porque o lulismo deu a entender que seu pleito junto às Nações Unidas já tinha avançado um pouco. E, obviamente, isso não acontece, como eu escrevi, como agora deixam claro as Nações Unidas.
À direita, à esquerda, ao centro, acima, abaixo ou no meio, o jornalismo precisa ser mais rigoroso na distinção entre o fato e o boato.
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