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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os perseguidores de feto estão inquietos. Seria sede?

Ainda volto ao assunto, claro!

Relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU defenderam, no Supremo Tribunal Federal, que negar o aborto legal a mulheres infectadas pelo vírus zika, e que desejam interromper a gravidez, pode ser uma “forma de tortura”. A manifestação inédita, que consta de parecer encaminhado à Corte, partiu de quatro representantes das Nações Unidas, que se pronunciam de forma independente da entidade. Na avaliação do grupo, “o sofrimento mental que mulheres e meninas podem enfrentar quando desejam interromper uma gravidez, incluindo o contexto do zika, mas não têm acesso legal ao serviço, pode ser grave e pode atingir o nível de tortura e/ou tratamento cruel, desumano ou degradante”.

O documento deverá integrar a ação direta de inconstitucionalidade ajuizada em agosto pela Associação Nacional de Defensores Públicos, sobre direitos das mulheres em meio à epidemia do zika. Entre eles, está o acesso ao aborto seguro e dentro da lei. A manifestação dos relatores é o conteúdo principal do pedido do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (o Anis), que pretende ingressar no processo para, segundo eles, ‘auxiliar’ o tribunal nessa questão.

Uma das pesquisadoras do Anis é a antropóloga Débora Diniz. A também professora da UNB escreveu, em outra oportunidade, um texto sobre o Estatuto do Nascituro. Ela é contra. Disse coisas como esta: “Nos meus termos e no de grande parte dos cientistas sérios, o nascituro é um conjunto de células com potencialidade de desenvolver um ser humano, se houver o nascimento com vida. Mas estamos falando de células humanas e de potencialidades.”



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