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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Janot percebe ter se tornado refém de fundamentalistas e ensaia moderação; ele sabe que não existe anistia

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, percebeu que se tornou refém dos seus fundamentalistas e ensaia um discurso mais moderado. Disse esperar que se aprove o texto aprovado na comissão: “Caminhamos naquilo que foi possível” e emendou: “Eu reafirmo que eu confio, tenho a certeza de que o Parlamento brasileiro saberá ser sensível não só aos 2,5 milhões de brasileiros que assinaram a iniciativa popular das dez medidas como aos outros milhares de brasileiros que as apoiam. Tenho certeza de que o Parlamento aprovará a espinha dorsal dessas dez medidas sem alterações de monta que possam desfazê-las”.

Até aí, bem.

Indagado sobre a eventual anistia, proferiu um juízo genérico, afirmando que a lei penal pode retroagir para beneficiar o acusado. É verdade. Ocorre que se está votando a transformação do caixa dois em crime. Logo, não há chance nenhuma de benefício, certo, doutor? Se houvesse retroação nesse caso, seria apenas para prejudicar…

Sobre a lei que combate abuso de autoridade, resolveu ser sereno: reconheceu a necessidade de se votar um novo texto — o que temos é de 1965 —, limitando-se a dizer que a proposta em curso é muito aberta.

Ótimo! Então que o doutor faça propostas para torná-lo mais preciso.



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