A economia brasileira encolheu 0,8% no terceiro trimestre deste ano na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Este é o sétimo trimestre seguido de declínio do PIB do país. Essa é também a mais longa sequência de quedas de acordo com a atual série histórica das Contas Nacionais, do IBGE, iniciada no primeiro trimestre de 1996. Em relação ao mesmo período de 2015, a redução da atividade econômica foi mais intensa, de 2,9% — nesse recorte, a décima taxa negativa consecutiva. No resultado acumulado em 12 meses, a retração é de 4,4%. No ano, o tombo chega a 4 por cento. Entre julho e setembro, todos os grupos pesquisados pelo IBGE variaram no vermelho:
– A agropecuária recuou 1,4%;
– A indústria registrou queda de 1,3%;
– O setor de serviços teve redução de 0,6%;
– O consumo das famílias diminuiu 0,6%;
– O consumo do governo caiu 0,3%;
– E os investimentos sofreram um tombo de 3,1%.
VOO DE GALINHA – Reinaldo, o resultado negativo já era esperado por economistas e analistas do mercado financeiro, que vinham chamando atenção para resultados negativos mês após mês. As estimativas da Bloomberg até apontavam para uma queda maior do foi registrada: era esperado um recuo de 0,9%. O que assustou o mercado, no entanto, foi o desempenho de dois setores: a indústria e os investimentos. Ambos registraram alta no segundo trimestre, o que animou perspectivas de que a economia brasileira sairia da recessão ainda este ano. Não foi o que aconteceu. O setor industrial e o de investimentos voltaram a cair e puxaram o PIB para baixo no terceiro trimestre — tiveram o que os especialistas chamam de “voo de galinha”. A indústria passou de uma alta de 1,2% para um recuo de 1,3% entre um período e outro. Já os investimentos reverteram uma alta de 0,5% no segundo trimestre, e recuaram 3,1% no terceiro. Com o desempenho registrado de julho a setembro, os investimentos chegaram ao menor patamar dos últimos 13 anos.
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