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Executivos da Odebrecht começaram a assinar nesta quarta-feira os acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa da Lava Jato. Como o número de delatores é elevado, cerca de 80, a expectativa é que o processo se estenda até sexta-feira, uma vez que os funcionários do grupo precisam ir à Brasília para assinar toda a documentação. Os advogados da Odebrecht passaram a tarde reunidos com os procuradores para acertar os últimos detalhes das colaborações. Após a assinatura dos acordos, os executivos passarão a prestar depoimentos ao MPF para confirmar as informações e os documentos que foram repassados nos termos de confidencialidade – uma espécie de pré-delação. A expectativa é que essa fase de depoimentos leve mais de um mês, pois cada delator deve ser ouvido individualmente.
Segundo reportagem do Estadão, último impassa a ser resolvido para o acordo de leniência da empresa é o valor da multa a ser repartido pela Justiça dos Estados Unidos e Suíça, além do Brasil. Na tarde desta quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou pessoalmente nas negociações para resolver a questão. O valor da multa a ser paga pela empresa já estava acertado com a Odebrecht. Como o dinheiro será repartido entre os três países, a exigência de montante maior pelos americanos gerou um entrave na negociação. O empecilho, segundo apurou o Estado, deve ser resolvido entre a tarde desta quarta-feira e quinta. Há dois caminhos possíveis: ou aumenta a multa a ser paga pela empresa ou Brasil e Suíça liberam uma parte do valor para equacionar o impasse.
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