Ai, ai…
Como costumo dizer aqui, jamais partam do princípio de que o PT e os petistas têm limites. Quem os vê, assim, combalidos, quase na sarjeta, não imagina do que são capazes. Há muitos anos já escrevi, está até num livro de frases que publiquei, que os companheiros não sabem nem perder nem ganhar. Se ganham, tentam esmagar o oponente, eliminá-lo, porque só enxergam a vitória como a destruição do outro. Se perdem, escolhem o caminho da sabotagem, que é o que se vê com o movimento de invasão das escolas.
Mesmo com a força de Lula; mesmo com o ex-presidente telefonando para a tal “Ana Júlia” — que, está demonstrado, se parece mesmo com o produto do Departamento de Marketing do partido —; mesmo com a imprensa se comportando como babá dos invasores, o movimento murchou.
Bastou que seus métodos fossem trazidos à luz por aqueles que se importam com a educação, e as mais de 800 escolas invadidas há dez dias são agora pouco mais de 300. A esmagadora maioria dos alunos quer aula. Seus pais reivindicam a volta da normalidade. E assim tem de ser. Invadir não é um direito. Divergir é que é.
Adivinhem quem se oferece para ser a ponta de lança da resistência à PEC 241 no Senado? Sim! Ela mesma! A valente senadora investigada Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro investigado, que já passou um tempinho na cadeia, Paulo Bernardo. Conhecemos o seu método e o apreço que tem pelo Congresso, inclusive a Casa que integra, durante o mensalão. É aquela senhora que afirmou que o Senado não tinha moral para julgar Dilma Rousseff. Dissesse: “Não me considero com moral para…” Aí sim! Mas ela decidiu falar do Senado.
Nesta segunda, houve uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado para debater “Saúde, Cidadania e Direitos Humanos”. Sindicalistas, representantes da Fiocruz e especialistas em contas públicas criticaram a PEC 241. Valcler Rangel, vice-presidente da Fiocruz, disse que não “dá para botar na saúde e na educação a responsabilidade sobre qualquer tipo de desequilíbrio”. Claro que não! E quem está fazendo isso? Uma tal Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida (que diabo será isso?), declarou que estão “sangrando o orçamento federal para manter a farra dos banqueiros”. Deve ser verdade! A Maria Lúcia só não conta que o governo é obrigado a pegar dinheiro no mercado para sustentar a farra que ela quer manter. Mas nem entro nisso agora.
Sabem quem estava lá? A Musa dos Los Hermanos… Ana Júlia. Trata-se daquela garota que é filha de um militante do PT e que foi vendida à opinião pública como uma jovem apartidária, só interessada no bem comum. É a moça que disse, na Assembleia Legislativa do Paraná, que os deputados estaduais tinham as mãos sujas de sangue… Por quê? Ora, porque, na Escola Santa Felicidade, um invasor matou outro. Nota: nas escolas invadidas, só entram as pessoas autorizadas pelo “coletivo”.
Ana Júlia continua a assombrar o pensamento com frases de efeito. As desta segunda foram estas:
“Nós vamos desenvolver métodos de desobediência civil, nós vamos levar a luta estudantil para frente, nós vamos mostrar que não estamos aqui de brincadeira e que o Brasil vai ser um país de todos”.
Ela não esquece nem os bordões do partido do pai. Foi além:
“Em relação à PEC 55, a antiga PEC 241, eu quero dizer uma coisa: aqueles que votarem contra a educação estarão com as mãos sujas por 20 anos”.
Foi aplaudida pelos esquerdistas presentes.
Depois, ela decidiu deixar explícita a sua isenção apartidária. Posou para fotos ao lado de Gleisi.
O Código Penal não prevê sanção para molestamento ideológico.
Bem, Ana Júlia já é agora uma esfinge sem segredos.
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