Em agosto de 2011, portanto há 5 anos, escrevi aqui no blog o artigo que segue após este prólogo. Um vídeo contendo um show de jazz nos Estados Unidos, em 1958, conforme podem conferir acima, acabou inspirando o o meu artigo. É que volta e meia pesquiso sobre jazz e bossa nova no Youtube onde há um acervo fantástico.
Casualmente encontrei este que enfoca uma performance da cantora norte-americana muito famosa nos anos 50 e 60 dos século passado, Anita O'Day que, justiça seja feita, dava uma banho como se diz na gíria.
Além da apresentação de Anita me chamou a atenção os detalhes do evento, sobretudo o comportamento da platéia, enfim, o ambiente. Nota-se que público está concentrado no espetáculo, bem vestido, denotando boa educação e bom gosto. Lembrei-me como era o Brasil em 1958. Fora do Rio de Janeiro e São Paulo e mais duas ou três capitais de Estado, o Brasil era ainda um país agropastoril, enquanto os Estados Unidos produziam filmes coloridos como este do vídeo. Na platéia se vê diversas diversas pessoas empunhando filmadoras, provavelmente as então famosas 16 milímetros.
Casualmente encontrei este que enfoca uma performance da cantora norte-americana muito famosa nos anos 50 e 60 dos século passado, Anita O'Day que, justiça seja feita, dava uma banho como se diz na gíria.
Além da apresentação de Anita me chamou a atenção os detalhes do evento, sobretudo o comportamento da platéia, enfim, o ambiente. Nota-se que público está concentrado no espetáculo, bem vestido, denotando boa educação e bom gosto. Lembrei-me como era o Brasil em 1958. Fora do Rio de Janeiro e São Paulo e mais duas ou três capitais de Estado, o Brasil era ainda um país agropastoril, enquanto os Estados Unidos produziam filmes coloridos como este do vídeo. Na platéia se vê diversas diversas pessoas empunhando filmadoras, provavelmente as então famosas 16 milímetros.
Os Estados Unidos já constituíam nessa época um país vigoroso tanto no plano econômico como cultural. Nessa época a arquitetura legal e constitucional edificada pelos Found Fathers, permanecia intocável sem qualquer risco de retrocesso.
Cerca de uns 5 anos depois da ocorrência desse festival de jazz se iniciava o que hoje se conceitua como "guerra cultural", quando os comunistas largaram mão da truculência armada para dar início a uma guerra incruenta visando o desmonte de todos os valores que deram vida à Civilização Ocidental. As teorias de Gramsci e, sobretudo, da tal "teoria crítica" do bando da Escola de Frankfurt, saíram das universidades, já dominadas pelos esquerdistas, para proporcionar a maior lavagem cerebral da história do Ocidente. Foi quando apareceram os hippies, os festivais de rock bundalelês, o nudismo e o dito amor livre embalado pelos eflúvios da maconha e outras drogas. Naquele momento nascia o dito "pensamento politicamente correto" que haveria de iniciar, como de fato iniciou, a escalada de destruição dos principais pilares do nosso Ocidente.
Como velho de guerra, com mais de 45 anos de jornalismo, com ótima memória, tenho condições de fazer um bom inventário do que ocorreu nos últimos 50 anos nos planos político, cultural e econômico, quando a escalada da dita "contracultura" então em moda a partir dos anos 60 do século passado, explodiria poucos anos depois da elegante performance de Anita O'Day num ensolarado dia do ano de 1958.
Transcrevo, como disse no início deste post, o texto que escrevi em 2011, portanto há 5 anos, quando as redes sociais e a internet ainda não tinham a dimensão e influência da atualidade. E não poderia intuir que cinco anos depois se levantaria nos Estados Unidos um movimento tão forte e poderoso contra esse assalto criminoso à cultura ocidental que culminou acertadamente com a eleição de Donald Trump como Presidente do mais importante país do mundo. Movimento que se espraia pelo resto do Ocidente, com destaque para o Brexit no Reino Unido e nos movimentos conservadores em toda a União Européia que causam calafrios nos burocratas de Bruxelas e da ONU. Leiam o artigo que escrevi em 2011 e vejam o vídeo:
UM SHOW DE JAZZ ÀS VÉSPERAS DA SOCIEDADE OCIDENTAL COMEÇAR A SER VILIPENDIADA PELA DELETÉRIA CONTRACULTURA
Para começar o dia trago para vocês uma apresentação especial de Anita O'Day, célebre cantora de jazz americana. Ela canta duas músicas que são consagrados standards do jazz: Sweet Georgia Brown e Tea for Two em dois arranjos onde ela mostra o completo domínio da voz e dá um passeio nos improvisos dialogando intensamente com o trio de piano, baixo e bateria que a acompanha.
Aproveito este vídeo para formular algumas reflexões (êpa!) no que tange ao tipo de sociedade que se tem em 2011 e aquela que se tinha nos anos 50 do século XX. Sim, porque esta filmagem retrata o Festival de Jazz de Newport, nos Estados Unidos, em julho ou agosto de 1958.
Aproveito este vídeo para formular algumas reflexões (êpa!) no que tange ao tipo de sociedade que se tem em 2011 e aquela que se tinha nos anos 50 do século XX. Sim, porque esta filmagem retrata o Festival de Jazz de Newport, nos Estados Unidos, em julho ou agosto de 1958.
O evento ocorre no auge do verão do hemisfério norte, ao ar livre. O público é grande, porém ordeiro e concentrado no espetáculo. O ambiente, diria, é familiar. Há jovens pais mimando seus bebês no embalo sincopado da música. As pessoas se comportam com elegância e educação; estão bem vestidas, num clima de absoluta paz. Trata-se, portanto, de algo muito diferente o que ocorre neste século XXI em shows ao ar livre.
Esse tipo sociedade que prezava os valores da educaçãos, os bons modos e a elegância e que permitiu o extraordinário progresso dos Estados Unidos que contaminou positivamente todo o mundo ocidental, já estava nessa época - o final dos anos 50 - à beira do precipício da denominada contracultura que originou o movimento hippie, o culto às drogas e à anarquia social e política. Reparem que em certo momento a câmera flagra um tipo que destoa da maioria, usando barba e chapéu, tragando a fumaça de um cigarro, com aquele olhar em soslaio... Eles já começavam a aparecer.
Uns cinco ou seis anos depois dessa memorável apresentação de Anita O'Day em Newport o mundo já não seria mais o mesmo. O glamour, a educação e o respeito à lei e à ordem começavam a ser estraçalhados.
Foi no embalo do movimento também chamado de underground, que surgiram os primeiros fundamentos do pensamento politicamente correto. A partir daí o mundo mudou. E mudou para pior, pois nessa guerra de valores venceram os vagabundos, os vadios, os imundos, os drogados, os falsos pacificistas que se contrapunham à cultura ocidental e, de forma especial, à ética do trabalho. E tem mais: essa gente constituia um bando de anti-higiênicos e, quem sabe, provavelmente foram os vetores do virus da AIDS.
No âmbito político essa vagabundagem se perfilava em torno de promessas socialistas, comunistas e assemelhadas. O pacifismo por eles entoado acabou edulcorando regimes ditatoriais odiosos, como o cubano, tanto é que foi naquela época que a foto de Che Guevara começou a estampar as camisetas dos hippies.
O estrago causado por essa guinada anárquica da sociedade ocidental foi tão grande que chegou a destruir inclusive a produção cultural de bom gosto e alto nível, seja na música, nas artes plásticas, na literatura, enfim, em todos os setores artísticos. Sem falar no fato de que o movimento contracultural contaminou seriamente as universidades imprimindo nelas o seu viés ideológico. Depois de cerca de meio século da eclosão desse movimento idiota tem-se aí o resultado: a destruição da família e o aumento inaudito da violência que campeia em todas as regiões do planeta. O que poderia parecer moderno e avançado nos anos 60 do século passado, tipificado pelo slogan Make Love, Not War, resultou nesse ambiente que caracteriza o século XXI, onde os cidadãos vivem numa verdadeira roleta russa e só podem contar com a sorte para sobreviver ante o assédio permanente e impune dos bandidos.
A reflexão que faço tomando por base um documentário de um concerto de jazz de 1958 do século passado não se trata de nostalgia, sentimento que reputo como dos mais cretinos, haja vista para o fato de que não tem qualquer sentido. Estou apanhando uma cena do passado como paradigma para examinar o presente. A constatação resulta inelutável. Verifica-se que houve uma degeneração dos hábitos e costumes, ou seja, um apodrecimento do tecido social, que se vai esgarçando ainda mais pela ação corrosiva do pensamento politicamente correto que considero o maior flagelo deste século. Não se trata de pregar o retorno ao passado; trata-se de de corrigir o presente no sentido se preservar os principais valores da civilização ocidental da qual são emblemas a democracia e a liberdade individual.
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