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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

UM “INTELECTUAL” DE ESQUERDA DEIXA CLARO: QUEM NÃO “VOTA CERTO” TEM DE MORRER!

Marcos Bagno é um linguista. Se vocês clicarem aqui, terão acesso a alguns textos que escrevi em que cito essa doce criatura. É o pai da teoria do “preconceito linguístico”. Com ela, fez fama e, suponho, fortuna. É um verdadeiro aiatolá da gramática alternativa. Bagno acredita que, em nenhum outro lugar, a luta de classes se expressa com tanta clareza como na gramática normativa. Ela seria uma espécie de imposição burguesa que reprime os interesses dos oprimidos, entenderam?

Trata-se de um entendimento porco do marxismo. Se alguém dissesse a Marx ou a algum dos grandes formuladores posteriores do marxismo que uma das formas da revolução deveria ser a destruição da língua alemã ou, bem…, russa,  iria para o paredão. É famosa a frase de Stálin: “Fizemos a revolução, mas preservamos a bela língua russa”. Bagno não se importaria em destruir a língua portuguesa, ainda que não se fizesse a revolução.

A sua delinquência intelectual consiste em misturar dois domínios. Há aquele em que se discute a eficácia da comunicação — e, com certeza, no mais das vezes, tal eficácia não está no cumprimento de todas as normas, senão de um conjunto reduzido delas, que será determinado pela vida. É pouco provável, leitor, que você, cozinhando para si mesmo ou para sua amada ou seu amado, faça questão do talher de peixe enquanto assiste a um seriado no Netflix. Mas não lhe ocorreria, estou certo, num jantar mais formal, num restaurante, ter um chilique com o garçom: “Tirem daqui esse talher de fresco! Quero faca de verdade, não essa merda que não corta nada”.

“Eis o problema, Reinaldo! Quantos têm acesso ao talher de peixe? Isso é um corte de classe!” Só para os imbecis. Marx, mesmo errado, jamais proporia extingui-lo já que uma conquista civilizatória. Para ele, seria preciso criar um sistema em que todos pudessem usá-lo. Dadas as escolhas estúpidas que fez, o instrumento virou privilégio não da burguesia, mas dos membros do partido.

Bagno, enfim, fez fama e fortuna propondo o comunismo da língua. A exemplo de todos os da sua estirpe, provocou um desastre no ensino e continuou parte da minoria que sabe usar… talher de peixe. Adiante.

Cultura do ódio
Agora chamo ao debate a linda Letícia Sabatella, aquela que diz haver uma cultura do ódio no Brasil, de que os adversários das esquerdas seriam os monopolistas. Esta senhora resolveu, sendo quem é e pensando o que pensa, se meter numa manifestação anti-Dilma e anti-PT, tão democrática como uma pró-Dilma e pró-PT. Acho que estava em busca de confusão. Foi hostilizada e conseguiu o seu intento provável: posar de vítima.

Foi minha mulher quem pensou em Letícia ao ler as seguintes palavras do esquerdista Marcos Bagno na Internet:

bagno

Viram só? As mensagens já foram removidas do Facebook, mas não da alma e do intelecto do sr. Marcos Bagno. Eis aí o que me parece a mais clara e genuína expressão da cultura do ódio. E que fique claro: eles não são assim agora, porque estão por baixo, porque perderam. Eram ainda mais violentos quando concentravam todo o poder. Por isso tentaram a ditadura. Por isso tentaram aniquilar todos aqueles que não se submetiam às suas vontades.

O sr. Marcos Bagno está revoltado com o voto do povo. No fim das contas, ele está é com ódio do povo. Aquele que fez fama e fortuna exaltando a gramática dos excluídos não aceita, no entanto, o seu voto.

Aí ele fica com vontade de mandar a pobrada para o paredão.

Seria isso parte da cultura do amor, Letícia?



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