Na VEJA.com. Comento mais tarde, na madrugada:
Por uma pequena margem de votos, a população da Colômbia rejeitou em um referendo neste domingo o acordo de paz do governo do país com os guerrilheiros das Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. O “não” ao pacto tem 50,2% dos votos, contra 49,8%% do “sim”, uma vantagem de 52 mil votos. O referendo teve um baixo comparecimento, com apenas cerca de 40% dos eleitores aptos indo às urnas.
O inesperado resultado – pesquisas indicavam vitória tranquila do “sim” – derrota o acordo firmado na semana passada, depois de quatro anos de conversas, entre o presidente Juan Manual Santos e o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño Echeverri, o Timochenko, que buscava encerrar um conflito que já dura mais de meio século. O “não” à proposta deixa as negociações entre a Colômbia e as Farc em situação incerta: confiante na vitória, Santos havia dito que não existia “plano B” para o acordo.
A campanha pelo “não” teve o apoio do ex-presidente Alvaro Uribe e criticava a anistia aos guerrilheiros das Farc. “Os americanos não dariam impunidade a Osama bin Laden, nem os franceses teriam dado impunidade ao Estado Islâmico. Por que os colombianos têm que dar impunidade total aos terroristas que atingiram tanto a Colômbia como Bin Laden atingiu os Estados Unidos?”, disse Uribe em um protesto antes do referendo.
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