Eis um texto diferente. Ele começa pela conclusão, pela síntese. A análise vem depois:
1 – a esquerda pode governar (e destruir) o Rio com apenas 21% do eleitorado;
2 – eleitores de Jandira sentiram essa possibilidade e estão fazendo voto útil em Freixo;
3 – se os não-petistas não fizerem voto útil, podem estar entregando a cidade ao PSOL;
4 – embora Índio da Costa seja quem mais se aproxima de Crivella, as chances de Pedro Paulo passar para o segundo turno são maiores. Logo, quem não quer Crivella e, sobretudo, Freixo, tem de fazer voto útil no candidato do PMDB;
5 – se não for assim, com 62% dos votos, os não-esquerdistas podem entregar a cidade ao PSOL;
6 – como se notará, socialismo é coisa de rico, de universitário deslumbrado e de gente que ainda não paga a conta.
SALVEM O RIO!
AH, SIM! SE FREIXO PASSAR PARA O SEGUNDO TURNO, ESPERO QUE AO MENOS SEJA GRATO AO ELEITORADO DE FLÁVIO BOLSONARO, NÉ? A DIREITA, PARA NÃO VARIAR, ESTARÁ ENTREGANDO O PODER DE BANDEJA À ESQUERDA
Vamos ver.
Escrevi nesta manhã um post chamando a atenção para o desastre que pode colher o Rio de Janeiro. E disse por que eu votaria em Pedro Paulo (PMDB) se fosse eleitor na cidade: PARA QUE A GESTÃO DE EDUARDO PAES PUDESSE SER AVALIADA COM MAIS VAGAR. Segundo o Datafolha, nem é ele o que teria melhores condições de vencer Marcelo Crivella (PRB). Não seria hoje. Não se sabe depois. O ponto, para mim, reitero, é outro: A MELHOR GESTÃO DO RIO EM MUITOS ANOS MERECE MAIS CUIDADO DOS CARIOCAS. Ocorre que, segundo o Datafolha, pode ser Marcelo Freixo (PSOL) a disputar o segundo turno com Crivella.
Vale dizer: será o confronto entre duas correntes religiosas. Mais ainda: se acontecer de Freixo ser o prefeito, os conservadores e antiesquerdistas é que o terão colocado lá. Ah, os ricos e escolarizados também! Socialismo é isso: é um esoterismo, um misticismo, que só prospera entre endinheirados e escolarizados. Explico tudo.
Pesquisa realizada pelo instituto nesta sexta e neste sábado, divulgado na Folha Online, aponta que Crivella segue na frente, com 27% das intenções de voto (32% dos validos). A margem de erro é de dois pontos. Há um empate técnico no segundo lugar: Freixo está com 13% (16% dos válidos), e Pedro Paulo, com 10% (12% dos válidos). Na sequência, estão Índio da Costa (PSD), com 9% (11%); Carlos Osório (PSDB), com 8% (10%); Flávio Bolsonaro (PSC), com 7% (8%) e Jandira Feghali (PCdoB), com 6% (7%).
Vamos lá: no dia 21 de setembro, Jandira tinha 9% dos votos totais; está agora com 6%; Freixo tinha 9% e aparece desta vez com 13%. Tudo indica que parte do eleitorado de esquerda que votaria na comunista do Brasil está fazendo voto (in)útil no “socialista, mas com liberdade”…
Enquanto isso, o que temos? O eleitorado não petista está fragmentado entre o próprio Crivella, Pedro Paulo, Índio da Costa, Carlos Osório e Flávio Bolsonaro. Juntos, somam nada menos de 61% das intenções de voto. Se quiserem tirar Crivella daí para juntar apenas os candidatos, digamos, laicos, eles somam 34% dos votos totais — sete pontos a mais do que os 27% de Crivella. E o tamanho do eleitorado de esquerda? Ora, 21%: 13% de Freixo, 6% de Jandira e 2% de Alessandro Molon (Rede).
Sim, conservados o quadro atual, com apenas 21% do eleitorado, a esquerda pode eleger o prefeito do Rio, contra 62% do eleitorado que não é de esquerda (incluindo aí a candidata do Partido Novo). Adivinhem se isso correria o risco de dar certo…
Socialismo é coisa de rico
O Datafolha publica a intenção de votos (números totais) segundo renda, escolaridade, idade etc. Vejam estes quadro:
Eleitores até dois salários mínimos
Eleitores acima de 10 salários mínimos
Viram? Quem é o candidato que tem a maioria relativa do voto entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários mínimos? Ora, é o socialista Freixo. Entendo as razões. Essa gente sabe que o socialismo jamais virá. Por que não posar de progressista? O modelo, em tese, seria benéfico aos mais pobres, certo? Certo! Na camada que ganha até dois mínimos, o candidato do PSOL está em antepenúltimo lugar, com apenas 6%. Com a margem de erro, pode estar em último. Quem lidera entre os mais pobres? Crivella! Com 32%, seguido de Pedro Paulo, com 13%. Entre os mais ricos, o candidato do PRB tem apenas 8%. À medida que a renda vai subindo, o psolista vai crescendo: entre 5 e 10 mínimos, ele já salta para 17%. Agora vejam dados sobre a escolaridade:
Eleitores com ensino fundamental
Eleitores com ensino superior
Entenderam? Socialismo é coisa muito complexa para ser entendida por quem tem apenas o ensino fundamental: só 3% votariam em Freixo; 37% preferem Crivella. Entre os universitários, a coisa inverte: o socialista lidera, com 23%, e o bispo cai para 9%. O marxismo é uma doença que acomete só as universidades brasileiras. Mais um pouco? Pois não! Vejam os votos segundo a faixa etária:
Eleitores de 16 a 24 anos
Eleitores de 35 a 44 anos
Freixo (22%) disputa o primeiro lugar com Crivella (24%) entre os jovens de 16 a 24 anos. Afinal, nessa idade, ainda se costuma saber direito quem paga as contas e como é duro ganhar a vida. A exemplo de Marcelo Freixo!!! Já na faixa dos 33 a 44, que compreende parte do auge da vida produtiva, o socialista despenca para 6%.
Segundo turno
Sim, meus caros, o dano pode ser ainda maior do que o perigo. Num eventual segundo turno entre o candidato do PRB e do PSOL, a coisa fica bem perto do risco máximo: a diferença em favor de Crivella caiu de 22 para 5 pontos na comparação com o início da semana: 42% a 37%. SE ESSA TRAGÉDIA ACONTECER COM O RIO, NÃO DUVIDEM DE QUE A IMPRENSA COMPRA A CANDIDATURA DE FREIXO. E a extrema-esquerda pode chegar à Prefeitura da cidade com apenas 13% dos votos — 21% se considerados os eleitores também do PCdoB. Contra índio da Costa, passa a haver empate: 41% a 38% para Crivella. Contra Pedro Paulo, 47% a 25%.
Rejeição
Os adversários de Crivella passaram a associá-lo à Igreja Universal, e isso pode ter contribuído para aumentar a rejeição a seu nome: ele lidera nesse quesito: 31% não votariam nele de jeito nenhum. Dizem o mesmo sobre Pedro Paulo 27%. Não votariam em Jandira 24%; em Freixo, 12%.
Religião
O voto religioso segue sendo a maior fortaleza de Crivella. Escolhem seu nome 48% dos evangélicos não-pentecostais — apenas 7% ficam com Freixo. Entre os pentecostais, o bispo chega a 51% — só 1% para o candidato do PSOL. Crivella cai para 19% entre os católicos (lidera ainda assim), mas o psolista sobe para 11%. Pedro Paulo empata tecnicamente com o nome do PRB, com 15%.
SÍNTESE DAS SÍNTESES: ESTÁ NAS MÃOS DOS NÃO-ESQUERDISTAS CORRER OU NÃO RISCO IMENSO DE ENTREGAR O RIO DE JANEIRO AO PSOL. DEPOIS NÃO ADIANTA RECLAMAR DA SORTE!
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