No post anterior, pergunto se o dito “isolacionista” Donald Trump mudou sua perspectiva e se iria mesmo para o pau com Vladimir Putin se necessário. Vamos ver.
Putin continuará a apoiar o regime de Assad. O Kremelin chamou a ação dos Estados Unidos de “agressão”. Se a Casa Branca decidir mesmo destituir Assad, Moscou vai sair em seu socorro. O que pode decorrer daí? Só Deus sabe.
A verdade é que a estratégia americana na Síria é um desastre permanente. Os EUA não tinham de ter se metido na desestabilização do governo do ditador Bashar Al Assad. Como não deveriam, por intermédio da OTAN, atuar em parceria com os terroristas que depuseram outro tirano: Muamar Kadafi, da Líbia. Nos dois casos, conseguiriam foi multiplicar o poder dos terroristas.
Querem saber? O mais provável é que não aconteça nada muito além disso que se viu. Deu-se uma resposta ao ataque com armas químicas — os EUA acusam Assad — e pronto.
Se assim for, eis o corolário: pior para o povo sírio, que ou está submetido à ditadura de Assad ou exposta à loucura dos grupamentos terroristas. E há os que tentam fugir.
A menos que Assad seja vítima de um golpe militar, continuará por lá. Embora venha recuperando território, o fato é que, dadas as atuais forças que lutam no país, ele nem vence nem é vencido. As consequências se mede em terror e morte.
O que poderia mudar esse status? Uma incursão terrestre de EUA, Europa e aliados, com ocupação do território. Mas essa experiência também é traumática, não é? Sabe-se quando se entra, mas não quando se sai.
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