Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
O grupo das maiores empreiteiras do Brasil repassou 17.233.278,62 milhões de reais para a empresa LILS Palestras e ao instituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontam documentos apreendidos pelos investigadores da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Oficialmente, os recursos foram entregues para o pagamento de palestras do petista entre os anos de 2011 a 2014.
Entre os repasses às empresas ligadas a Lula, o maior é o da construtora Camargo Corrêa – 4.527.999,30 milhões de reais – seguindo pela gigante Odebrecht, com transferências de 3.973.237,90 milhões de reais entre 2013 e 2014. No caso da Odebrecht, as parcelas variam de 359 000 reais até 1 milhão de reais e não estão computados nesses cálculos companhias ligadas ao grupo Odebrecht, como a Braskem.
Além das duas, a OAS repassou 3.572.178,52 milhões de reais, a Andrade Gutierrez outros 3.607.347,00 milhões de reais, a UTC, 357.621,12 reais e a Queiroz Galvão mais 1.194.894,78 de reais.
O trabalho da Operação Lava Jato indica que o Grupo Odebrecht monopolizou 16,6% dos contratos investigados no petrolão – ou 35,59 bilhões de reais – seguido, em volume de contratos, pelo Grupo Techint (10,2%), pela Queiroz Galvão (9,6%) e pelo Grupo Camargo Correa (9,2%).
O Instituto Lula disse, em nota, que a entidade e a LILS condenam o vazamento das informações e que “jamais receberam contribuições ou pagamentos ilícitos de quem quer que seja”.
FHC
A Polícia Federal também mapeou na contabilidade da construtora Norberto Odebrecht registros de pagamentos Instituto Fernando Henrique Cardoso. Foram pagos 975.000 reais entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, em parcelas que variam de 75.000 reais a 150.000 reais.
Em outubro de 2014, um e-mail retrata as negociações entre o instituto e a Braskem sobe as maneiras de fazer a doação: “A elaboração de um contrato, porém não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do pesidente” ou por meio de “uma doação direta”.
A entidade informou que os repasses foram doados para um fundo de manutenção do instituto e estão registrados nos livros contábeis. O iFHC tem as contas supervisionadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
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