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domingo, 29 de novembro de 2015

Datafolha 1 – Lula seria derrotado hoje por Aécio, Alckmin e Marina. E por larga margem

 

A Folha de domingo traz números de uma pesquisa Datafolha que indicam a situação miserável a que chegou o PT — e, é bom que os companheiros saibam, o que se tem aí ainda não é o fundo do poço. Os dados a esta altura são conhecidos, e a interpretação que lhes deu texto da Folha também. Começo este meu post destacando os números e, ao mesmo tempo, discordando da leitura que deles fez o jornal.

Leio o seguinte título na página A6: “Com a derrocada do PT, quem ganha não é o PSDB, mas Marina”. Bem, ouso dizer que isso vai além da interpretação. Trata-se de um erro porque os dados não o confirmam. Vamos ver os números da simulação de primeiro turno (se preciso, clique na imagem para ampliá-la).

Datafolha - 11-2015-1

Se a eleição fosse hoje, no cenário em que Aécio Neves é o candidato do PSDB; Marina, a da Rede, e Lula, o do PT, o tucano aparece com 31% das intenções de voto; o petista com 22%, e a redista com 21%.

Em relação a uma pesquisa de junho, Marina oscilou três para cima; Lula, o mesmo tanto para baixo, e Aécio aparece com quatro a menos. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, o certo, aprendi com o Datafolha, não é falar em queda ou crescimento, mas em oscilação.

Quando Alckmin é o candidato tucano, oscila de junho para novembro de 20% para 18%; Lula, de 26% para 22%, e Marina, de 25% para 28%. Também na margem de erro.

Num terceiro cenário, incluindo os nomes da psolista Luciana Genro (3%), do verde Eduardo Jorge (2%) e do peemedebista Michel Temer (2%), Aécio fica com 31%; Lula, com 22%, e Marina com 21%. Numa quarta composição, com Alckmin no lugar de Aécio, o governador de São Paulo obtém 18%; Lula, 22%, e Marina 28%.

Muito bem! Ocorre que o primeiro turno, a menos que o candidato consiga 50% mais um dos votos válidos, não elege ninguém. Vejam os números do segundo.

Datafolha - 11-2015-2

Se as simulações de primeiro turno não endossam a conclusão do texto da Folha, tampouco as de segundo. Ora vejam: num eventual embate, Aécio venceria Lula por 51% a 32%. Também Alckmin bateria o petista, por 45% a 34%. O senador tucano empataria com a líder da Rede (42% a 41%). Ela ganharia do chefão petista por 52% a 31% e chegaria à frente do atual governador de São Paulo com 49% a 33%.

O lead da matéria da Folha está alguns graus abaixo do título. Lê-se lá: “Do ponto de vista eleitoral, o maior beneficiado com a combinação de crise política e econômica não parece ser o PSDB, principal opositor da presidente Dilma Rousseff, mas a hoje reclusa Marina Silva (…)”.

Vistos os números, afirmar que Marina é “a maior beneficiária” faz sentido, mas jamais que “quem ganha não é o PSDB, mas Marina”.

Digam-me cá: é pouca coisa dois dos presidenciáveis tucanos derrotarem o mítico Lula por uma diferença de 19 pontos (Aécio) ou 11 (Alckmin) no segundo turno? Em dois dos cenários em que aparece como candidato, o senador mineiro lidera no primeiro.

“Ah, mas Marina também bate Lula, empata com um tucano e ganha de outro…” Segundo o Datafolha, é verdade. E, por isso, hoje, pode-se dizer que ela é “a maior beneficiária”, mas jamais que o PSDB “não ganha” com a derrocada petista. Ganha, sim! Tanto é que vence o principal nome do PT com Aécio ou com Alckmin.



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