Vocês vão entender por que trato do atentando em Estocolmo dentro da chave “Síria”.]
Um caminhão atropelou pedestres em Estocolmo. Saldo: ao menos quatro mortos e 15 feridos, 8 em estado grave. Mas a Polícia não havia confirmado os números até havia pouco. Stefan Lofven, primeiro ministro, não dourou a pílula: “A Suécia foi atacada.” O que isso quer dizer? Ataque terrorista!
O caminhão chocou-se contra uma loja, próxima à estação central de metrô. Incialmente, a Polícia havia dito que o suspeito havia fugido. Depois começou a circular a informação de que uma pessoa, com possível ligação com o atentado, foi detida.
Sim, é claro que é atentado terrorista. Como se nota, ele segue um padrão.
Naquele texto que escrevi em 2015, apontei para a crescente insegurança da Europa. A besta está solta. E pode estar em qualquer lugar. No terrorismo moderno, pós-Estado Islâmico, não é necessário que os terroristas mantenham vínculos formais entre si.
Essa é a consequência da intervenção desastrada de EUA e Europa no Oriente Médio, em especial depois da chamada Primavera Árabe. Foram vender “democracia” com o auxílio de bombas, puxando o tapete de ditadores amigos e inimigos, mas que que mantinha a besta na casinha, e abriram a Caixa de Pandora.
Não me confundam: os culpados sempre serão os terroristas. A questão é que é preciso lidar adequadamente com eles para evitar que o mal cresça em vez de ser extinto.
Todos os males do mundo escaparam. E a esperança, como sempre, ficou no fundo da caixa.
Arquivado em:Mundo, Política
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