Leia trecho da minha coluna na Folha desta sexta.
*
Concluída a primeira etapa da Lava Jato, e a coisa vai longe, o que se tem é a absolvição moral do PT e a indistinção na lama de partidos, de políticos e de crimes. Desapareceu a centralidade dos “companheiros” na organização do assalto aos cofres e à institucionalidade.
Bem, como está mais claro a cada dia, isso é música aos ouvidos e demandas das esquerdas. Não se enganem: os manifestantes de quarta passada eram militantes profissionais. Mas a pauta que foi à praça pode ganhar capilaridade e chegar à população. E a conta será jogada nas costas dos políticos –aqueles mesmos, sem distinção, contra os quais a Lava Jato excita a fúria das ruas e das redes.
Vamos a um exercício elementar de “lógica histórica”. É uma categoria que acabo de inventar não para designar eventos cuja repetição é a farsa da tragédia, mas para identificar “constantes sociológicas” (criei outra…). Vai aqui uma dessas constantes.
Sempre que as sociedades involuem para um discurso de ódio à política, de repulsa às elites, de aversão ao “statu quo”, tem-se o rebaixamento da ordem democrática. Trata-se de um salto para trás, à esquerda ou à direita. A literatura a respeito é vasta, e o interessado deve começar por textos sobre “teoria (ou teorias) das elites”.
(…)
Íntegra aqui
Arquivado em:Brasil, Política
from Reinaldo Azevedo – VEJA.com http://ift.tt/2ntXshJ
via IFTTT
Nenhum comentário:
Postar um comentário