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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

OPERAÇÃO 'ACARAJÉ': POLÍCIA FEDERAL FAZ VERDADEIRA DEVASSA NA SEDE DA ODEBRECHT

DEVASSA: Polícia Federal faz buscas na empreiteira Odebrecht, em São Paulo, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, iniciada na manhã desta segunda-feira (22), intitulada 'Acarajé'. Foto: VEJA.com by Folhapress
Os investigadores da força-tarefa da Operação Lava Jato identificaram uma planilha em um e-mail secreto de um executivo do Grupo Odebrecht que, segundo as apurações, detalham o repasse de dinheiro da companhia a campanhas políticas, principalmente a candidatos petistas. O documento foi uma das últimas provas levantadas antes da deflagração da 23ª fase da Operação, batizada Acarajé.
"Essa planilha contém uma espécie de registro de despesas de financimaento de campanhas eleitorais. Pelos indícios, em referência ao Partido dos Trabalhadores", afirmou o agente da PF Filipe Hille Pace, em coletiva de imprensa. Segundo ele, o documento, que será divulgado quando for levantado o sigilo do processo, tratava de repasses feitos entre 2008 e 2012.
O nome da planilha era "Posição italiano 31/07/2012 MO". Segundo Pace, MO seria Marcelo Odebrecht. A PF apontou que os apelidos e siglas citados na planilha são os mesmos usados por Odebrecht em mensagens telefônicas interceptadas pela Lava Jato.
O documento teria sido elaborado por Maria Tavares, ligada à empreiteira, que foi presa hoje em Salvador, e foi encontrado em um e-mail secreto do executivo Fernando Migliaccio, que não foi detido por estar no exterior - se ele não se entregar às autoridades, um alerta vermelho será expedido contra ele na Interpol.
Com base nas informações da planilha, a PF concluiu que o apelido "Feira" se referia, de fato, ao marqueteiro das campanhas de Dilma e Lula, João Santana, em uma alusão ao município baiano de Feira de Santana. Segundo a Lava Jato, o publicitário baiano recebeu 3 milhões de dólares da Odebrecht no exterior. "Foram identificados pagamentos para ele na eleição de El Salvador e [no Brasil] em 2010", disse Hace.
O procurador da Lava Jato Carlos Fernando Lima ressaltou que esta operação se fundamentou em uma quantidade robusta de provas. "Poucas vezes tivemos uma operação com tamanha riqueza documental", afirmou. Do site de Veja


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