Pesquisa Datafolha informa que 76% dos entrevistados avaliam que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, deveria renunciar ao posto na Casa, e 12% pensam o contrário. Para 78%, ele deveria ser cassado; 8% dizem que não.
Sempre deixando claro que integro os grupos dos 76% e dos 78%, acho até pouco, levando em consideração o noticiário.
Nesta quarta, o Supremo começa a decidir — duvido que dê tempo de ao menos seis ministros dizerem “sim” — se aceita ou não a primeira denúncia contra Cunha, oferecida pela Procuradoria Geral da República.
A aposta óbvia: vai aceitar.
A partir daí, Cunha passa a ser réu. Terá condições de conduzir a Câmara? Eu acho que não. Mas, caso ele siga a moralidade petista, fica lá: João Paulo Cunha era réu do mensalão, e o PT o indicou para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça.
Dilma sabe que deve a continuidade do seu mandato, até aqui, a Rodrigo Janot. E por três motivos: a) porque Vovó Mafalda decidiu não denunciá-la (o impedimento constitucional é cascata, como sabe qualquer jurista digno do nome); b) porque Vovó Mafalda, avalio eu, protege Renan Calheiros (Alô, Renan! Não vai adiantar! A casa vai cair!!!); c) porque a investigação contra Cunha avançou numa velocidade estonteante quando se a compara com as demais.
De toda sorte, Cunha, hoje, de fator eventualmente catalisador do impeachment, passou a ser um aliado objetivo de Dilma. Dá azo à tolice de que o impedimento da presidente é pauta sua, não da sociedade.
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