A Polícia Militar de São Paulo, mais uma vez, está de parabéns. Na condição de democracia de farda, garantiu, na noite desta terça, a milhares de paulistanos o direito de ir e vir e acabou com o bloqueio que uma maioria de esquerdistas disfarçados de estudantes e uma minoria de estudantes disfarçados de esquerdistas (ainda que não o soubessem) promoviam na Avenida Nove de Julho, em São Paulo.
Vejam esta foto, de autoria de Joel Silva (FolhaPress):
O policial contém um senhor parrudo, de barba, que anda, pela aparência, ali pelos 30 anos. É claro que ele não é estudante. Como estudantes não são boa parte dos que promovem ocupações de quase duas centenas de escolas, impedindo o funcionamento normal das aulas, já no fim do ano letivo.
Os ditos manifestantes se opõem a uma reestruturação implementada pela Secretaria da Educação, que acabará destinando 92 prédios a outras finalidades — todas elas ligadas à educação. Não há um plano de fechamento de estabelecimentos de ensino, como acusa a esquerda perturbada. Isso é apenas uma mentira.
A negociação seguiu o caminho de sempre da esquerda em casos assim. O comando da Polícia Militar chamou os líderes da manifestação, depois de, atenção!, cinco horas de bloqueio e deixou claro que eles teriam de sair da via. Afinal, já haviam dado o seu recado.
Sabem o que decidiram os esquerdistas disfarçados de estudantes e os estudantes disfarçados de esquerdistas? Que eles permaneceriam bloqueando a via por tempo indeterminado. Aí foi preciso, em nome da maioria democrática, usar algumas bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Assim são as coisas. Eu as enfrentei contra a ditadura, sabem? Acho um privilégio esses fascistoides serem dispersados pelos instrumentos que oferece a democracia.
Já escrevi aqui: apresentar petições ao poder público é um direito e um dever. Mas não é o que está em curso. Um dos grupos que coordenam as invasões é o MTST, especialista nessa área. Vários grupelhos ligados ao PT e a outros partidecos de esquerda constituem a linha de frente dessas invasões, que contam com o repúdio da esmagadora maioria dos estudantes.
A politização da ocupação é evidente. Vejam o que aconteceu na Escola Estadual Coronel Antônio Paiva de Sampaio, em Osasco. O vandalismo deixou pouca coisa em pé. O prédio foi desocupado nesta segunda. Computadores, armários, cadeiras e mesas estavam revirados e quebrados. A marretadas. Micros e tablets foram roubados, e tentaram botar fogo no prédio.
Mas a sociedade reage. Pais e alunos começam a se organizar para desocupar as escolas invadidas. Basta olhar as fotografias para perceber que a esmagadora maioria que promove as invasões e as manifestações violentas não são estudantes.
O PT e suas franjas resolveram usar a questão para tentar se levantar dos escombros em São Paulo. E, como de hábito, pelo caminho da violência.
Resta à Polícia Militar usar a força necessária, que lhe faculta a democracia. Nem de menos nem de mais. Apenas o necessário. Se, para tanto, for preciso usar algumas bombas, que elas instruam no limite do necessário, já que essa gente decidiu rasgar a Constituição.
Como? Há estudantes de fato, apenas indignados com a reestruturação? Que, então, não se misturem com bandidos e os expulsem da escola. Ou a polícia o fará.
Atenção, petistas! Em São Paulo, não!
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