O Datafolha ouviu os mesmos 315 deputados (ver post anterior) sobre a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Os números divulgados são bem piores do que os de Dilma. Nesse caso, 60% da contagem ponderada dizem que votariam pela cassação (em outubro, eram 35%), e 8% contra (eram 13%). Nada menos de 62% acham que ele deveria renunciar.
Repte-se, nesse caso, o mesmo problema que verifico no de Dilma, mas com agravante. Vamos ver. Uma das forças de Cunha, enquanto reinou, era a maioria silenciosa, que poderia se tornar bastante ruidosa. Ainda que tenha perdido muito do seu vigor, há os seus fiéis, e todos sabemos disso.
Um levantamento que deixa de ouvir 198 deputados não pode concluir, com base na ponderação, que 60% são favoráveis à cassação do parlamentar. E mais ainda nesse caso, não é?, em que a guilhotina será ou não acionada por metade mais do total de votos da Câmara (257), não por dois terços.
Nas pesquisas anteriores, pelo que percebo, o Datafolha fez a mesma coisa. Aponto agora o que me parece absolutamente incorreto porque não atentei antes para o critério adotado. Também nesse caso, acho que a gente tem de saber quantos, em números absolutos, votaram a favor de Cunha, contra ele e não se posicionaram.
No seu caso, a ponderação partidária vale ainda menos do que no da presidente Dilma.
from Reinaldo Azevedo http://ift.tt/1JnQgEj
via IFTTT
Nenhum comentário:
Postar um comentário