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sábado, 19 de dezembro de 2015

ERA DILMA – Queda recorde no emprego. Sem Lava Jato, seria assim, mas com mais roubalheira; sem chance do impeachment, seria assim, mas sem esperança

Uma tese picareta que circula lá pelo Palácio do Planalto dá conta de que a crise por que passa o país deriva, ora vejam, a) da Lava Jato; b) do movimento pró-impeachment. É mesmo?

Quer dizer que, sem esses dois fatores, estaríamos em céu de brigadeiro, é isso?

Vejam os números que Dilma produz na economia, na área do emprego.

Dados divulgados nesta sexta pelo Ministério do Trabalho revelam que o Brasil perdeu 1.527.463 postos de trabalho com carteira assinada em um período de 12 meses, encerrado em novembro. No acumulado do ano, já foram fechadas 945.363 vagas formais. Somente em novembro, foram cortados 130.629 empregos, o pior resultado para o período em toda a série histórica, iniciada em 1992.

Os números do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram ainda que esse foi o oitavo mês consecutivo de fechamento de vagas. Entre os setores, no acumulado de 2015, a indústria foi o que mais demitiu, com perda de 414 mil vagas. Na sequência, aparecem construção civil (menos 309 mil), o comércio (menos 183 mil) e o setor de serviços (menos 97 mil).

Levando em conta só o mês de novembro, o único setor com saldo positivo foi o comércio, com 52.592 postos com carteira assinada a mais. O resultado já era esperado, pois o mês antecede o Natal e muitos temporários são contratados no período. Apesar de criar novos postos, o desempenho do comércio ficou bem abaixo daquele do mesmo mês do ano passado, quando houve aumento de 105 mil vagas.

Síntese
Sem a Lava Jato, o desemprego seria exatamente esse, só que com mais roubalheira. Sem o movimento pró-impeachment, os números seriam exatamente os mesmos, só que sem esperança.



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