Como é mesmo que os petistas argumentavam na Internet quando o governo Lula tinha apenas 6% de ruim/péssimo, e alguém se atrevia a apontar as fragilidades do lulo-manteguismo, que chegou à fase da miséria com o dilmo-manteguismo? Esperem… Eu me lembro. O principal argumento dos petralhas era este:
“KKKKKKKKKKK”.
Os mais sofisticados procuravam se aprofundar na teoria e provocavam:
“rararararararara”.
E havia os candidatos a Schopenhauer do petismo que apelavam já à teoria do conhecimento e avançavam:
“Chuuuuuupaaaaaa!!!!”
De “KKKKK” em “KKKKKK”, de “rararararara” em “rarararara” e de “chuuuupa” em “chuuuupa”, chegamos aqui. O país vai produzir um déficit primário de R$ 120 bilhões neste ano, uma recessão de mais de 3%, e Dilma anuncia que seu programa de governo é emagrecer os brasileiros — e essa pode ser a única promessa que ela vai realmente cumprir. Joaquim Levy, o liberal do poder (eu deveria dizer “kkkkkk”?), anuncia que precisa de mais impostos porque, com dinheiro, ele poderá fazer coisas que não terá como fazer sem dinheiro.
No caso, o nosso dinheiro.
Depois de estabilizar o país e de retomar o crescimento — e, por isso, ele diz querer mais imposto —, aí Levy promete uma agenda de reformas. Mas aí o petista perguntará o que já pergunta hoje, mesmo em meio a uma crise desgraçada: “Reformar pra quê?”. Vamos adiante.
Comecei a escrever este post por outra razão. Vai ao “lead” no lugar errado.
Eu fiquei de vontade argumentar só um pouquinho como petista:
“KKKKK”!!!
“Rarara”!!!
“Chuuupaaa!!!
Por quê? Lula fez ontem um pronunciamento oficial no “Jornal do SBT” em forma de entrevista — um gênero de que o partido gosta muito: fingir que publicidade é jornalismo.
Falou o que quis, tentou afetar descontração — enquanto o outro lado esbanjava intimidade —, riu nervosamente (a coisa não anda lá tão boa pra ele), fez ameaças e, claro!, repetiu o que agora virou um mantra: “Olhem que eu volto!”
O PT escalou o colunismo do nariz vermelho — e, obviamente!, marrom para espalhar a versão do partido: o objetivo seria pegar Lula; tudo não passa de guerra política; o que se quer mesmo é impedir a sua volta em 2018 e bobagens afins.
Colou aqui e ali, mas não gerou a tal onda pretendida. A legenda também resolveu acordar suas franjas nos supostos movimentos sociais para ocupar as ruas: Passe Livre, Levante Popular das Juventude, Feminismo oficialista… Não tem dado muito resultado.
Então Lula teve de ir à luta ele-mesmo. Seu papel, no momento, é colocar sob suspeição toda investigação que tenha um petista como alvo e acusar uma grande conspiração para impedi-lo de chegar à Presidência da República de novo.
Mais: o milionário Lula — agora é oficial — quer reeditar a tal guerra dos ricos contra os pobres, do “nós” contra “eles”, que empreendeu desde que surgiu na política, estivesse fora do governo ou dentro…
Bem, a esta altura, a gente sabe com que legitimidade. O Brasil já conhece os seus parceiros de socialismo, não é mesmo?
Mas vamos voltar ao ponto. Lula fez um pronunciamento oficial no SBT. Falava o homem que ameaça o processo político como se, caso candidato, a eleição fosse até dispensável, dada a certeza de que será eleito.
É mesmo?
Na terça e na quarta, o Jornal do SBT deu 7 pontos no Ibope na Grande São Paulo. Na quinta, 6.
Vale dizer: aquele que se quer o preferido do povo brasileiro derrubou a audiência da emissora.
Lula só assusta hoje os seus fantasmas.
KKKKKK!
Rarararara!
Chuuupa!
No fim das contas, as bravatas de Lula na entrevista fizeram “mais sucesso” na imprensa do que junto ao público. Se ele tivesse dado um pum no ar, também seria notícia. Se bem que…
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