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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Obama continua errado e arrogante; União Europeia promete ajuda militar à França

Os membros da União Europeia apoiaram, por unanimidade, um inédito pedido de ajuda militar feito pelo governo da França. É evidente que o país não está solicitando o envio de tropas. Tem, afinal, uma das maiores máquina de guerra do mundo e dispõe de homens e armas para combater eventuais ameaças externas, sempre lembrando que, hoje em dia, o perigo também está no seio da própria França e, mais amplamente, da Europa. Essa cooperação deve se dar com compartilhamento de dados sobre o terrorismo, trânsito de suspeitos, contas bancárias etc. Mas é preciso enxergar um pouco além. E a questão acabará chegando a Barack Obama.

A esta altura, é evidente que o establishment militar francês pensa, sim, numa eventual incursão terrestre nas áreas da Síria e do Iraque que estão sob o comando do Estado Islâmico. A propósito: se os EUA sofressem um ataque, que alternativa restaria a Obama? O solo americano é mais sagrado do que o francês?

O presidente dos EUA continua a descartar a ação, apelando, como já observei aqui, a tudo o que, como ele diz, deu errado no passado. A justificativa é fácil e irresponsável, até porque o presidente dos EUA arbitra depois de conhecer as consequências, não é? Aí fica fácil. Mas me digam: ele teria atacado ou não o Afeganistão depois do 11 de Setembro?

Parece-me claro que François Hollande, presidente da França,  está, em primeiro lugar, empenhado em garantir o apoio da Europa, para, num segundo momento, levar à mesa as incursões terrestres. Nove entre dez analistas responsáveis reconhecem o óbvio: seria uma operação extremamente custosa, difícil, que criaria uma enorme confusão no tabuleiro do Oriente Médio, mas tida como inevitável.

A estratégia de Obama para o Oriente Médio como um todo e para enfrentar o Estado Islâmico em particular malogrou. Como ele está na fase da negação, não só deixa de responder à demanda como parece especialmente inclinado a debater falsas questões, preso à sua agendazinha de democrata dito “progressista”.

Querem um exemplo? Candidatos republicanos estão propondo, o que não é nenhum despropósito, que se criem áreas seguras na própria Síria para abrigar os desalojados pela guerra — uma vez que está demonstrado que o Estado Islâmico pode, sim, ter aproveitado, e aproveitar ainda, a onda de refugiados para infiltrar jihadistas na Europa e nos EUA. Os facínoras, aliás, já anunciaram que fizeram precisamente isso. Um dos terroristas, Ahmed Almohamed, chegou como refugiado à Europa, na ilha grega de Lesbos, em outubro, oriundo da Síria.

Sim, é bem verdade que os demais terroristas identificados são europeus, todos de origem islâmica: cinco deles da França e dois da Bélgica, onde nasceu Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos atentados. Notem: isso diz, sim, muito da natureza do terror que a Europa terá de enfrentar, mas não torna prudente a atual política para os refugiados.

Nesta terça, 27 governadores de Estados americanos protestaram contra a política dos EUA para os refugiados — 25 são republicanos, e dois, democratas. Alegam que ela leva a insegurança para o solo americano. Obama se mostra irredutível e ainda aproveita para fazer baixo proselitismo.

Os republicanos Jeb Bush, ex-governador da Flórida, e Ted Cruz, senador pelo Texas, ambos pré-candidatos à Presidência, defenderam um primeiro crivo religioso para a aceitações de refugiados. Ambos abordaram a necessidade de proteger os cristãos. Obama, claro!, classificou a sugestão de vergonhosa. “Não temos testes religiosos para a nossa compaixão. Isso não é o que somos”.

Pois é… Vergonhoso por quê? Trata-se apenas de duas questões objetivas: 1) cristãos não praticam atentados; 2) cristãos são alvos especiais do Estado Islâmico. Ted Cruz botou o dedo na ferida: “Se houvesse um grupo de cristãos radicais prometendo matar qualquer um que tenha uma visão religiosa diferente da sua, teríamos uma situação de segurança nacional diferente”.

Alguém duvida?



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