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domingo, 1 de novembro de 2015

Há um ano, nascia o MBL, que se espalhou por todo o país; 1º aniversário é comemorado em acampamento pró-impeachment

Renan Santos no acampamento pró-impeachment: sem espaço para defensores de intervenção militar

Renan Santos no acampamento pró-impeachment: sem espaço para defensores de intervenção militar

Há precisamente um ano, no dia 1º de novembro de 2014, nascia o Movimento Brasil Livre, que comemora seu primeiro aniversário acampado no gramado do Congresso Nacional, em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na origem do MBL, está um dos pilares dos regimes democráticos: a defesa da liberdade de imprensa. Moços e moças identificados com o liberalismo, com as liberdades públicas e individuais e com a economia de mercado decidiram, no dia 24 de outubro daquele ano, que era chegada a hora de criar um grupo organizado. E o que aconteceu naquele dia?

A capa da VEJA que motivou o ataque à Editora Abril

A capa da VEJA que motivou o ataque à Editora Abril

Delinquentes de extrema esquerda tentaram invadir a sede da Editora Abril, que publica a revista VEJA, inconformados com uma reportagem de capa que informava que Dilma e Lula sabiam das lambanças do petrolão. O segundo turno da disputa ocorreria dois dias depois, e a bandidagem acusava a VEJA de estar tentando interferir no resultado. Segundo aquela canalha, a revista deveria omitir dos eleitores o que tinha apurado para não “atrapalhar as eleições”.

Naquele dia 24, gravei um comentário na redação da Jovem Pan:

Indignados com a selvageria e certos de que o país que repudiava o extremismo minoritário das esquerdas tinha de mostrar a cara, moças e moços identificados com o liberalismo concluíram que era preciso organizar um movimento em defesa dos valores essenciais da democracia, que tivesse a coragem de enfrentar, pacificamente, o esquerdismo nos fóruns de debates – inclusive nas redes sociais – e também nas ruas. Uma semana depois, estava criado o MBL.

E ele se espalhou país afora com incrível velocidade e rapidez. Um ano depois, o MBL conta com representantes em praticamente todos os Estados, tem uma presença marcante nas redes sociais, enfrenta com galhardia e solidez a o “agitprop” esquerdista e, em companhia do Vem pra Rua e de outros grupos, promoveu as três maiores manifestações políticas da história do Brasil. Kim Kataguiri, um dos seus coordenadores, foi eleito no mês passado pela revista Time um dos 30 jovens mais influentes do mundo.

Kim Kataguiri: segundo a Time, um dos 30 jovens mais influentes do mundo

Kim Kataguiri: segundo a Time, um dos 30 jovens mais influentes do mundo

O MBL é hoje a evidência de que um novo Brasil está em gestação. Não! Corrijo-me! O MBL é a evidência de que um novo país já nasceu: não quer ser tutelado e esmagado pelo Estado; não aceita que a caridade oficial, que apenas corrige os extremos de miséria, seja confundida com programa de governo ou com modelo econômico; recusa o velho e o novo patrimonialismos; acredita no mérito; cobra mais Estado onde ele é deficiente e menos onde ele é desnecessário; sente repulsa pela roubalheira; repudia o corporativismo e a incompetência.

Por isso mesmo, o MBL compõe, com outros grupos, a linha de frente em defesa do impeachment de Dilma Russeff. Porque entende, de acordo com a Constituição e com as leis, que a presidente cometeu crime de responsabilidade e perdeu a condição de governar e de responder às necessidades do país.

Não tenho bola de cristal, mas espero estar certo. Já ouvi aqui e ali que isso tudo é fogo de palha; que essa meninada logo se cansa. Já conversei com alguns. Não me parece que assim seja. O que mais aprecio no MBL é que seus integrantes não estão ocupados apenas com o impeachment. Quem conversa com esses jovens percebe que eles falam em nome de valores, de crenças, de convicções – e todas elas são afinadas com a democracia política e com o liberalismo econômico.

Recentemente, o MBL expulsou do acampamento um pequeno grupo que lá chegou reivindicando uma intervenção militar, ainda que passageira, para apear Dilma do poder. Numa entrevista que me concedeu, Renan Santos, um dos coordenadores, deixou claro que, para o grupo, esse tipo de conversa é golpista e, pois, alheia à pauta do movimento.

Na semana passada, trogloditas de João Pedro Stedile e de Guilherme Boulos tentaram expulsar a moçada do gramado do Congresso. Invadiram a área, distribuíram sopapos nas moças e nos rapazes, tentaram espantá-los com rojões e bombas. O MBL resistiu. Sem dar um soco. Sem dar um chute. Sem investir no confronto físico. Como resposta à violência, o acampamento dobrou de tamanho, ganhando novas adesões – havia lá neste sábado à noite umas 100 pessoas. E muito mais gente está chegando.

Dilma saia ou fique, o PT sobreviva ou morra, o Movimento Brasil Livre vai em frente. Milhões de pessoas, está cada vez mais claro, querem ouvir o que essas moças e moços têm a dizer.

A razão é simples: eles falam de democracia, de liberdade e de tolerância. Tudo aquilo que a esquerda não pode oferecer.



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