Setores da imprensa, colunistas de esquerda e, claro!, os petistas querem exibir a cabeça careca do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como um troféu. A operação Lava Jato corre alguns riscos, sim, mas não o de interferência do governo federal. Até porque esta não existe. Os três riscos mais evidentes são, pela ordem de importância:
a: livre interpretação das leis, na certeza de que será sempre aplaudida;
b: exibicionismo;
c: disputa de espaço entre a PF e o Ministério Público Federal.
Isso à parte, não há mais risco nenhum.
O grande fato que se descobriu contra Moraes agora é um encontro, na sexta, com o superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Disney Rossetti. E daí?
1: a PF é subordinada funcional do Ministério da Justiça;
2: quem quer praticar ilegalidades não marca encontro na agenda;
3: a encarregada de executar a política federal de segurança, atribuição do Ministério da Justiça, é a Polícia Federal.
Vão procurar pelo na cabeça de Alexandre de Moraes e parem de procurar pelo em ovo.
Posso acrescentar um quarto item? Por que Moraes precisaria ser reunir com o chefe da Polícia Federal em São Paulo se fosse para interferir na Lava Jato?
Certo! A mulher de César tem de ser honesta e de parecer honesta. Mas vamos desenvolver um pouco a frase. Não se pode deixar para os inimigos de César a definição sobre o que é honestidade e o monopólio do juízo moral. Ou é certo que eles abusarão dessa prerrogativa.
Demitir Moraes em razão disso seria um desserviço ao Ministério da Justiça — ele vem se mostrando competente na sua pasta — e uma admissão de que houve interferência indevida do ministro.
Ah, sim, lembro de novo:
a: quem mandou prender Palocci foi Sergio Moro;
b: quem autorizou buscas, apreensões e conduções coercitivas foi Sergio Moro;
c: quem determinou o bloqueio de R$ 128 milhões foi Sergio Moro.
E, como é universalmente sabido, Sergio Moro não tem chefes.
Aliás, o juiz deveria se manifestar, não? Ele está sendo manipulado pelo Planalto?
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