Há números mostrando sinais de recuperação na economia e outros que evidenciam o tamanho do desastre até aqui. Comecemos por este.
O comércio varejista brasileiro teve o pior ano da sua história em 2016. O setor bateu recordes de fechamento de lojas, de demissões e de queda nas vendas. Ao todo, 108 mil e 700 lojas formais encerraram as atividades no país no ano passado, e 182 mil trabalhadores foram demitidos, descontadas as admissões do período. Em dois anos, o comércio encolheu em mais de 200 mil lojas e quase 360 mil empregos diretos.
Os números constam de um estudo da Confederação Nacional do Comércio. De acordo com esse levantamento, de dez segmentos do varejo analisados, todos fecharam mais lojas do que abriram no ano passado. Depois dos hipermercados e supermercados, as lojas de artigos de vestuário e calçados foram as que mais sofreram com a crise.
O futuro O mercado financeiro rebaixou pela sexta vez seguida a estimativa de inflação deste ano. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, o IPCA deve terminar 2017 em 4,47%, abaixo do centro da meta do governo. Há uma semana, a expectativa era de inflação a 4,64%. Para o ano que vem, a projeção permaneceu em 4,5%. O mesmo relatório também trouxe um ligeiro recuo na previsão de crescimento da economia neste ano, que passou de 0,49% para 0,48%. Em 2018, segundo a média das projeções, o PIB deve crescer 2,3%, 0,05 ponto percentual a mais do que o projetado na última semana.
Vale dizer: a perspectiva de uma retomada, ainda que modesta, está dada. Mas é claro que tudo vai depender de quantos desaforos certos setores ainda estão dispostos a fazer na política.
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