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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Cunha rejeita exame? Não há aneurisma! Ou: Quem quer Cunha livre?

Eduardo Cunha, quem diria?, deve achar que tem uma credibilidade que está acima da ciência. A gente nota. A sua trajetória evidencia isso, não é mesmo?

Como é? Ele se nega a fazer exame, com o devido rigor técnico e a presença de médicos, para saber se existe ou não o aneurisma?

Ah, bem: então, para o Estado, não existe. E fim de papo. Ainda que exista.

O que pretende Cunha? Que o aneurisma seja uma questão de fé? Se fosse ao contrário, vá lá: “Vou orar, e o aneurisma some”.

Quem leu meu texto anterior a respeito sabe o que penso, com base na ciência. O Alien está lá? Então é preciso inutilizar o bicho. Ou ele tende a inutilizá-lo.

Preventiva
Ah, sim: eu acho que, hoje, não existem razões para Cunha FICAR EM PRISÃO PREVENTIVA. Ele tem é de ser julgado logo, condenado — é a minha torcida, com base no que se provou até agora — e, então, preso. Para cumprir pena.

Prisão preventiva obedece a outros critérios que não estão dados. Mas sempre será a Justiça a decidir, né?

Claro, claro, alguns bobalhões estão por aí a afirmar que quero soltar Cunha…

É mesmo? Talvez o queiram aqueles que pretendem mantê-lo ilegalmente preso na esperança de que faça delação premiada.

E a delação premiada, no Brasil, é um baita negócio, como prova Deltan Dallanol, que escreveu no Facebook, para a dúvida de ninguém: “O criminoso investigado por um crime ‘A’ entrega os crimes B, C, D, E – um alfabeto inteiro – porque o benefício é proporcional ao valor da colaboração.”

Entenderam? O benefício é proporcional ao valor da colaboração.

O que isso implica? Quanto mais bandido foi, mais benefícios o colaborador terá. Bem, sendo Cunha quem é, o Brasil ainda viraria seu devedor…

Querem Cunha livre, leve e solto — COMO ESTARÃO EM BREVE TODOS OS BANDIDOS QUE VIRARAM DELATORES DA LAVA JATO — os que forçam sua prisão à espera da delação.

A Lava Jato é mesmo uma revolução sem igual do direito. Prende ao arrepio da lei para arrancar a delação. Revelados os horrores, São Dallagnol e São Moro cobram uma multa, impõem uma caninha leve aos colaboradores e os abençoam.

É impressionante, diga-se, que a imprensa não tenha feito, até agora, um quadro para informar qual deveria ser a pena do criminoso sem delação, comparando-a com o que ele vai efetivamente cumprir.

E, aí, vamos ter uma conversa sobre impunidade.


Arquivado em:Blogs, Brasil, Política


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