A notícia está confirmadíssima. O PMDB do Rio votou em favor do desembarque. A seção fluminense da legenda quer o rompimento com o governo Dilma. O tema foi posto em votação e venceu por unanimidade.
Assim, os 12 votos que o partido tem no Diretório Nacional estarão unidos em favor do rompimento — e isso inclui Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Jorge Picciani.
A notícia é especialmente relevante porque o PMDB do Estado era o mais, vamos dizer assim, rebelde à liderança de Michel Temer e à possibilidade de o partido romper com Dilma.
Não custa lembrar que o governo decidiu patrocinar a queda de Temer no partido, estimulando a divisão interna e chegando mesmo a investir na possibilidade de que ele fosse forçado a deixar a presidência da legenda.
Sem alarde, o vice deu a volta por cima na legenda, conseguiu re-unir o partido e garantiu a sua reeleição. Tudo caminhando conforme se desenha, não poderá exercer o novo mandato à frente da sigla porque deverá estar no comando do país.
Se o PMDB do Rio decidiu tomar essa posição — Sérgio Cabral e Eduardo Paes eram os dois que mais resistiam —, é sinal de que já não vê condições de Dilma continuar à frente do país. Aliás, vamos ser claros, nem o PT as vislumbra mais. Só está tentando organizar a saída.
É evidente que a decisão do PMDB do Rio prenuncia aquela que será tomada pela maioria do partido no dia 29. É até possível que um ou outro da legenda decidam continuar no ministério, mas será em nome pessoal. A sigla não se sentirá obrigada a votar com o governo.
É uma péssima notícia para Dilma porque outros partidos da base aliada só esperam que o PMDB abra a fila do rompimento para poder ir atrás. O impeachment fica a cada dia mais próximo, Dilma sabe disso, e o conjunto da obra explica o desespero.
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