E os ministros do PMDB? Desembarcam ou não desembarcam? Política nunca é preto no branco. Em matéria de PMDB, sempre é o caso de buscar os 50 tons de cinza. Vamos tentar entender o imbróglio.
Foto publicada pela Folha exibe a ministra Kátia Abreu na conversa com um interlocutor afirmando que os ministros ficarão no governo e no partido, contrariando decisão tomada ontem pelo comando da legenda ontem. Ela, Kátia, já havia anunciado que ficaria. Publicou em sua conta no Twitter: “Continuaremos no governo e no PMDB (…) Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base. O importante é que na tempestade estaremos juntos”.
Essa teria sido a posição tirada ontem à noite, durante reunião na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que contou com a presença do líder da legenda no Senado, Eunício Oliveira (CE). Os ministros também se reuniram nesta quarta com a presidente e disseram que, por enquanto, ficam.
Vão reavaliar o cenário até sexta. Só para lembrar: além de Kátia, integram o governo Mauro Lopes (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos), Eduardo Braga (Minas e Energia), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).
É sinal de que o governo já virou o jogo? Não! Há mais: enquanto os ministros continuam nos seus postos, o governo não pode fazer a redistribuição e atrair outras siglas.
Há também uma guerra de versões nos bastidores. Governistas estão dizendo que o Planalto conseguiu, mais uma vez, quebrar a unidade do PMDB. Os defensores do impeachment afirmam que isso tudo é jogo de superfície e que nada mudou.
Uma coisa é certa: a esperada troca em massa dos cargos não está acontecendo. Se isso implicar votos contra o impeachment, o governo se dá bem. Exceção feita a Kátia e Pansera, os demais ministros haviam concordado com o desembarque.
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