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quinta-feira, 31 de março de 2016

Morta estaria a Justiça se todos os ministros fossem como Barroso

Vamos ser claros? O ministro Luís Roberto Barroso tem se comportado, desde que chegou ao Supremo, como mero esbirro do PT. A sua filiação ideológica à esquerda era conhecida desde sempre. Mas que, ao menos, se comportasse de modo técnico.

Nesta quinta, Barroso conversava com alunos da Fundação Lemann. Não sabia que a palestra estava sendo transmitida pelo sistema interno do STF. E mandou bala:
“Quando, anteontem, o jornal exibia que o PMDB desembarcou do governo e mostrava as pessoas que erguiam as mãos, eu olhei e: Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder. Eu não vou fulanizar, mas quem viu a foto sabe do que estou falando”. E continuou: “O problema da política neste momento, eu diria, é a falta de alternativa. Não tem para onde correr. Isso é um desastre. Numa sociedade democrática, a política é um gênero de primeira necessidade. A política morreu. Talvez eu tenha exagerado, mas ela está gravemente enferma. É preciso mudar”.

Ao saber que a palestra estava tendo transmissão ao vivo, pediu que fosse interrompida.

Eu estou me lixando para o que Barroso acha da política, quais são os seus anseios, o que ele pensa do PMDB.

Uma coisa é certa: dentro ou fora do tribunal, ele não tem de opinar sobre partidos que entram ou saem da base aliada. Também não lhe cabe, fora dos autos, juízos de valor sobre este ou aquele políticos.

De resto, o que vai acima não é mera opinião, não é mesmo? O senhor Barroso está dizendo que a eventual alternativa de poder em caso de impeachment não serve. Não?

Então estamos diante de duas alternativas: ou se mantém no poder uma presidente que cometeu crime de responsabilidade ou se aplica o que está previsto na Constituição e na lei. Nesse caso, o sucessor será o vice, que pertence ao PMDB. E, até que não haja motivo para colocá-lo pra fora, será o presidente.

Morta estaria a Justiça se todos os juízes se comportassem como Barroso.



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