A taxa de desemprego no país ficou em 9,5 por cento no trimestre encerrado em janeiro e registrou o pior resultado da série histórica medida pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), medida pelo IBGE, que teve início em 2012. O desempenho do indicador é ruim independente da base de comparação. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, a taxa havia ficado em 9 por cento. No mesmo período entre 2014 e 2015, ela estava em 6,8 por cento. De acordo com o IBGE, a população desocupada no período somou 9,6 milhões de pessoas, o que indica uma alta de 6 por cento, ou 545 mil pessoas, em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015 e um acréscimo de 42,3 por cento, ou 2,9 milhões de pessoas, ante igual trimestre do ano passado.
O rendimento médio real (descontada a inflação) foi de R$ 1.939 no trimestre encerrado em janeiro, queda de 2,4 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior e estável em relação ao trimestre passado.
Assim como nos últimos trimestres, a indústria e o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras puxaram o desemprego no país, com quedas de 8,5 e 7,7 por cento, respectivamente.
A Pnad mostra ainda que, pela primeira vez desde 1992, o Brasil registrou uma combinação de queda na renda com aumento de sua desigualdade. Foram mais de duas décadas em que renda e desigualdade não pioraram juntas no país. Nas crises de 1999 e 2003, por exemplo, embora a renda dos brasileiros tenha registrado recuos expressivos, a desigualdade não cresceu. No intervalo entre essas crises, quando a desigualdade cresceu, a renda registrou pequenas altas. Com a recessão, a alta do desemprego, a inflação nas alturas, queda no rendimento e a crise fiscal, 2015 conseguiu esse marco negativo.
from Reinaldo Azevedo http://ift.tt/1Sjx8x6
via IFTTT
Nenhum comentário:
Postar um comentário