Sei que a síntese das acusações já está em toda parte, mas é bom que fique registrada aqui também. As mais de 400 páginas que concentram as acusações de Delcídio do Amaral, a que a IstoÉ teve acesso, demolem assim o governo:
1: “Dilma interferiu na Lava Jato”
Segundo Delcídio, a presidente tentou por três vezes interferir na Lava Jato com a ajuda do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
A primeira tentativa ocorreu numa reunião entre Dilma, Cardozo e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, numa escala da presidente em Portugal para supostamente falar sobre o reajuste de verbas do Poder Judiciário. O tema verdadeiro teria sido a Lava Jato, mas Lewandowski teria se negado a colaborar.
Na segunda vez, também sem sucesso, Cardozo tentou indicar para uma das vagas no STJ o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Nelson Schaefer. A manobra tentaria agradar ao ministro Newton Trisotto, catarinense, também do STJ, para que este votasse pela libertação de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo. Trisotto também teria declinado.
Na terceira investida contra a operação, Dilma nomeou o ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça. Delcídio contou que esteve com Dilma no Palácio da Alvorada para falar sobre o assunto. Ela lhe teria pedido que, na condição de líder do governo, “conversasse com o Navarro, a fim de que este confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo”.
Dado: em recente julgamento dos habeas corpus no STJ, Navarro, na condição de relator, votou favoravelmente à soltura dos dois executivos. Entretanto, obteve um revés de 4 a 1.
De todas as acusações contra Dilma, essa é, sem dúvida, a Mais grave. É um caso, vamos dizer, clássico de obstrução da Justiça. Dá cana!
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