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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Minha coluna na Folha: “Paixões escravas”

Leiam trechos:
A Petrobras teve um prejuízo em 2014 de R$ 21,587 bilhões. O espeto da corrupção, segundo os valores admitidos pela empresa –não se trata de contrapropaganda da oposição–, ficou em R$ 6,194 bilhões. Os ativos sofreram uma correção para baixo de R$ 44,345 bilhões. E, ora vejam!, nada disso era necessário; nada disso era parte de uma ordem inexorável, sem a qual não haveria amanhã.
(…)
É evidente que as responsabilidades individuais e partidárias devem ser buscadas e que os envolvidos em tramoias têm de arcar com o peso de suas escolhas. Mas estou mais interessado na criação de um sistema que cerque as margens de erro e de safadeza –para que os desmandos não voltem a ocorrer– do que em cortar cabeças, ainda que eu não vá chorar por aquelas que eventualmente rolarem.
O passado da Petrobras é matéria da Justiça, mas o futuro da empresa é matéria de eficiência.
(…)
O misto de má-fé e de má-consciência do petismo contribuiu, sim, para levar a Petrobras à lona, mas é importante termos claro que os valentes teriam quebrado a empresa ainda que fossem puros como as flores.
(…)
Informa o Datafolha que 61% dos entrevistados são contrários à privatização da Petrobras. Segundo Oscar Wilde, todo homem mata aquilo que ama. É um gesto de terrível altanaria senhorial. O sentimento moralmente escravo faz o contrário: ama aquilo que o mata.
Leia a íntegra aqui



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