Em sua coluna de hoje, o jornalista José Casado mostra como o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli bateu todos os recordes quando o assunto é gestão temerária. O petista deveria entrar para o Guinesse Book dos recordes! Sob seu comando, a estatal acelerou rumo ao prejuízo e plantou as sementes de sua atual desgraça, afundando num mar de incompetência, politicagem e corrupção. Diz Casado:
É recorde: R$ 17,4 milhões em perdas por dia, ou R$ 726,4 mil por hora, durante seis anos e sete meses seguidos. Essa é a herança administrativa deixada por José Sérgio Gabrielli depois de 2.370 dias no comando da Petrobras.
Na semana passada, a companhia informou que seu patrimônio encolheu em R$ 47,4 bilhões, por desvalorização de ativos e cancelamento de projetos considerados inviáveis há pelo menos meia dúzia de anos. Desse total, R$ 41,2 bilhões têm origem em iniciativas danosas ao patrimônio da estatal anunciadas na gestão de Gabrielli (a conta não inclui o custo do repasse da corrupção). De cada real registrado como perda no balanço da empresa, 87 centavos correspondem a prejuízos produzidos sob a presidência de Gabrielli.
[...]
Com um estilo personalista (referia-se à empresa usando o pronome “eu”), Gabrielli alinhou a publicidade da estatal à propaganda do partido, exibindo-se na televisão com a estrela-símbolo do partido na lapela do paletó.
Alérgico à crítica, reagia com agressividade aos jornalistas que iam à Petrobras em busca de explicações sobre a partilha da estatal entre aliados do governo: “Você não é bem-vindo aqui.” Avesso à fiscalização, fez do sigilo uma rotina. Gracejou do Tribunal de Contas que lhe pediu as memórias dos custos de duas plataformas, enviando ao TCU uma montanha de papel — planilhas Excel impressas.
Metade da sua diretoria está no alvo de investigações por corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil, nos EUA, na Holanda e na Suíça. Na semana passada, virou recordista em prejuízos na administração pública: sob o seu comando, as perdas patrimoniais cresceram à média de R$ 12,1 mil por minuto durante seis anos e sete meses. Estabeleceu um novo paradigma em gestão temerária.
Gabrielli, não custa lembrar, era o homem de confiança de Lula na empresa. Lula, que também não custa lembrar, chegou a ser cogitado para assumir o controle da estatal após sair da Presidência da República. Em sua megalomania, o ex-metalúrgico, aposentado por invalidez depois de perder o dedo mindinho, mas capaz de demonstrar boa saúde em um vídeo recente de “aulas de musculação”, considerava-se uma espécie de xeique tupiniquim. Deu no que deu.
Li nas redes sociais ontem uma tirada espirituosa: a reconstrução do enorme estrago material causado pelo terremoto em Nepal foi estimada em US$ 5 bilhões. Só de corrupção a Petrobras reconheceu perdas de R$ 6 bilhões, fora os mais de R$ 20 bilhões em investimentos jogados no lixo. Ou seja: ser administrado pelo PT é pior do que ser atingido por um grande terremoto, deixando de lado a questão das vidas perdidas (ou não, se considerarmos os milhares que morrem todo ano no Brasil fruto da incompetência ou roubalheira do estado).
O PT deixa um rastro de destruição por onde passa. A natureza pode ser cruel, mas o que dizer da desgraça causada pelo próprio homem?
Rodrigo Constantino
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