Uma corrente de ódio se formou contra mim porque decidi trazer à luz o pensamento vivo de Luiz Edson Fachin, expondo os motivos por que acho que seu nome tem de ser rejeitado pelos senadores.
A boçalidade toma conta do debate. Há cretinos dizendo que estou tentando censurar as pessoas e impedi-las de pensar isso ou aquilo. Uma ova! Elas podem pensar o que lhes der na telha, e eu tenho o direito de dizer se acho que elas devem ou não ir para o Supremo.
Expus um texto em que o doutor flerta com o fim da monogamia, que ela considera um “jugo”. Mas ainda falta muita coisa. Há outras teses exóticas esposadas (sem trocadilho) por ele, além dos direitos da amante.
Ora, que mal há em cobrar que um candidato ao Supremo arque com o peso de suas ideias? Que eu saiba, nenhum! Eu não dou bola para correntes do ódio.
Não é verdade que o cargo de ministro do Supremo é irrelevante para as questões da família. Já vimos, por duas vezes, o tribunal dar interpretações a textos legais que se distanciam do que está escrito: mudou a definição de família que está na Carta (mudou, não adiante negar!) e emendou o Código Penal na questão do aborto. Aliás, a interrupção voluntária da gravidez ainda chegará ao tribunal. Nos dois casos, o STF atuou como se Congresso fosse.
O flerte de Fachin com a poligamia não traduz tudo de que ele é capaz. Na madrugada, vem mais.
“Ah, o Reinaldo quer agora se meter no voto dos senadores…” Eu não! Cada um faça o que quiser e arque com as consequências. Não ofendi doutor Fachin. Não o xinguei. Não o desqualifiquei. Mas estou sendo ofendido, xingado e desqualificado.
Isso demonstra um padrão de debate. Não é o meu. Eu só não quero no Supremo um simpatizante de teses exóticas, que destroem a noção de família. Que mal há nisso? Ele tem o direito de querer destruí-la, e eu tenho o direito de querer preservá-la.
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