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quarta-feira, 22 de abril de 2015

À espera de balanço, ações da Petrobras oscilam

Na VEJA.com:

No dia em que divulgará o tão esperado balanço auditado referente ao ano de 2014, a Petrobras enfrenta desconfiança do mercado. Com isso, as ações da estatal operam sem uma direção definida. Os papeis preferenciais (PN, sem direito a voto) registravam queda de 0,15% por volta das 13h20, a 13,07 reais. Já as ações ordinárias (ON, com direito a voto), subiam 0,52%, no mesmo horário, a 13,31 reais, mas passaram boa parte na manhã no campo negativo, chegando a cair 2,64%, às 10h35.

“O movimento é justificado pelo receio de algo ruim acontecer, visto que já tivemos por mais de uma vez a divulgação adiada”, afirmou Leandro Martins, analista chefe da Walpires corretora. “Outro receio dos investidores seria de uma perda maior em relação à esperada”, complementa. Segundo ele, o teto das perdas esperado pelo mercado é 28 bilhões de reais, considerando prejuízos com corrupção e de valor recuperável de ativos (impairment).

Para André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, a retração vista nos papéis da estatal, no entanto, tem mais a ver com um movimento de realização de lucros, dada à recente alta acumulada nos últimos dias. “Ter o balanço auditado, sobre qualquer aspecto, é uma notícia muita boa. A reação definitiva aos números virá nesta quinta-feira, após a abertura do mercado”, afirma.

Às 13h21, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em alta de 1,16%, aos 54.386 pontos. O principal destaque positivo são os papéis da Vale, que sobem mais de 7%. Neste caso, os negócios reagem aos dados favoráveis de produção de minério no primeiro trimestre. Os números indicam uma produção de 74,52 milhões de toneladas, crescimento de 4,9% em relação ao visto um ano antes.

No âmbito macroeconômico, Banco Central (BC) divulgou, pela manhã, um déficit nas transações correntes do governo de 5,73 bilhões de dólares em março e 25,39 bilhões de dólares no 1º trimestre. Em 12 meses, o déficit em conta corrente soma 101,64 bilhões de dólares em 12 meses até março (4,54% do PIB).

Enquanto isso, em Brasília, a pauta carregada no Congresso volta a testar a relação entre governo e base aliada, já que deve ser concluída na Câmara a votação do projeto sobre terceirização de mão de obra, enquanto no Senado será apreciada a regulamentação da mudança do indexador da dívida dos Estados e Municípios.



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