O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com seus seis inquéritos e um outro rolo que vem do passado, já chego lá, nunca foi, de verdade, candidato à presidência do PMDB. Até porque corre o risco de sair dali para a cadeia… Mas criou dificuldades à recondução de Michel Temer ao cargo.
A paz possível foi selada. Ele desistiu oficialmente de patrocinar uma chapa independente para disputar a presidência nacional do partido. O senador anunciou ainda que vai apoiar a reeleição de Temer. O acordo foi fechado ontem, em café da manhã no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. No encontro, ficou definido que a bancada peemedebista no Senado manterá três postos na Executiva Nacional da sigla. Outro fator que convenceu o grupo de Renan a apoiar Temer foi o compromisso de que este não disputará a presidência do PMDB em 2018, quando completará 17 anos à frente do PMDB.
Sombras do passado
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo, liberou para a pauta de julgamento o inquérito que apura se Renan Calheiros usou dinheiro de empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. O STF vai decidir se abre ação penal no caso três anos após a Procuradoria-Geral da República ter oferecido denúncia contra o presidente do Senado.
Se essa acusação for acolhida pelo plenário do STF, o peemedebista passa a ser réu, respondendo pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Essa denúncia é referente ao escândalo de 2007 que levou Renan a renunciar à presidência do Senado. O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, deve marcar a data da sessão que vai discutir o recebimento da denúncia.
Coragem, Lewandowski! Não custa lembrar que, antes de esse processo ser redistribuído para Fachin, ele ficou dormitando no gabinete do atual presidente do tribunal. Lewnadowski nem despachava nem saía de cima.
Ah, sim: para o Supremo acatar a denúncia contra Renan, não é preciso muito! Só um pouco de decoro.
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