Lei trecho da coluna de Kim Kataguiri, na Folha Online.
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Parrilla
Um dia após assumir a presidência, Macri reuniu-se com candidatos que o enfrentaram nas eleições. Também fez um churrasco para 24 governadores. Excelente maneira de fazer amigos. Ainda mais quando o corte é argentino. Isso mostra que ele sabe que, num momento de crise, é importante unir as forças políticas do país.
A culpa é deles!
Enquanto isso, o PT de Dilma, no Brasil, utiliza seu tempo de TV para atacar figuras da oposição. Seus defensores, verdadeiros buldogues do governismo, polarizam o debate político berrando insistentemente seus bordões de ódio. Ao invés do diálogo, o discurso de “nós contra eles”.
Cobrar menos, arrecadar mais
Macri mostra que é possível fazer ajustes diminuindo impostos. Reduziu de 35% para 30% o imposto de exportação da soja e acabou com o mesmo imposto para carne, milho, trigo, girassol e para as chamadas “economias regionais”. Em pouquíssimo tempo, o setor agrícola celebrou um aumento de 100% nas receitas.
Para compensar a diminuição de impostos, o presidente argentino corta gastos e dá exemplo. Cristina Kirchner e sua equipe sempre utilizaram carros importados de luxo. Macri os substituiu por modelos nacionais e mais modestos. Abriu mão de seu salário. O dinheiro será doado para um restaurante comunitário que serve 1.800 pessoas diariamente num bairro pobre de Buenos Aires. Sem cortar gastos, seria demagogia; cortando-os, vira um exemplo.
Menos exemplo, mais cobrança
Já a solução encontrada por Dilma Rousseff é aumentar os gastos e propor novos impostos. Apesar de ter se posicionado contra a CPMF antes das eleições, a presidente agora trata o imposto como uma espécie de panaceia. Felizmente ainda não tem votos para aprova-la. Em 2014, o governo Dilma bateu recorde em gastos secretos com cartões corporativos: R$ 8,7 milhões, o maior valor desde 2001. Neste ano, quase todos os Ministérios preveem aumento de custeio.
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