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O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações decorrentes da Operação Lava Jato em Curitiba, condenou nesta segunda-feira o ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Moro absolveu o réu da acusação de evasão de divisas. Na mesma ação foram condenados o ex-diretor geral da área internacional da estatal Eduardo Musa (corrupção passiva e lavagem de dinheiro) e os lobistas Hamylton Padilha (corrupção ativa e lavagem de dinheiro) e João Augusto Rezende Henriques (corrupção passiva).
Para a força-tarefa de procuradores, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema foram parar nas mãos de Zelada, de Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento político do ex-dirigente. No esquema, os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques atuavam como intermediários da negociação, sendo que cabia a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa, a Raul Schmidt depositar a propina reservada a Zelada e a João Augusto Henriques pagar o dinheiro sujo ao PMDB. Em todos os casos, a propina era enviada diretamente para contas secretas no exterior.
De acordo com a acusação, em troca da propina, Zelada atuou diretamente no esquema ao praticar diversas irregularidades e manipulações para favorecer a companhia e ao não cumprir regras pré-estabelecidas pela Petrobras na celebração de contrato. A Comissão Interna de Apuração da própria estatal concluiu que o contrato não foi submetido à diretoria executiva da Petrobras, como recomendado, não houve a elaboração de um relatório final para a contratação da companhia, as propostas comerciais foram enviadas por e-mail e a diretoria executiva teve acesso a um relatório incompleto sobre o processo.(…)
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