Baladas, álcool, drogas e euforia podem levar a pessoas a ficarem mais expostas ao contágio da doença. |
Autoridades de saúde de Dallas, no estado do Texas, nos Estados Unidos, relataram nesta terça-feira um caso de transmissão sexual do vírus zika. Um paciente foi infectado após ter relações sexuais com uma pessoa que foi picada por um mosquito na Venezuela — país onde o vírus é disseminado.
"O serviço de saúde do condado de Dallas recebeu a confirmação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do primeiro caso de zika vírus sexualmente transmitido no condado de Dallas em 2016", disse um comunicado, que acrescenta: "O paciente foi infectado com o vírus após uma interação sexual com um indivíduo doente que voltou de um país onde o zika vírus está presente".
A relação entre casos de microcefalia e a infecção do vírus, ainda investigada, foi tratada como emergência internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, principalmente no Nordeste, os casos de microcefalia cresceram de maneira dramática desde meados de 2015.
Segundo a autoridade de saúde de Dallas Zachary Thompson, é preciso tomar mais cuidados para evitar a transmissão da doença.
— Agora que nós sabemos que o vírus zika pode ser transmitido sexualmente, isso nos dá mais fundamentos para campanhas educativas voltadas para a proteção da população.
Thompson também acrescentou que o melhor método de prevenção contra a infecção é o uso de camisinhas.
O VIRUS MALDITO E AS DÚVIDAS
Apesar de ser citado pelo condado de Dallas, o CDC disse que não investigou como ocorreu a transmissão do vírus. Já a Organização Pan-Americana de Saúde (PAS/OMS), por sua vez, disse que é necessário mais evidências para que seja comprovada a possibilidade de transmissão sexual.
O caso acende o alerta para outras duas possíveis formas de transmissão da doença, além da picada do Aedes aegypti: por transfusão de sangue e por leite materno. Pesquisadores já encontraram evidências de que o vírus pode ser encontrado nesses nesses fluidos corporais, além do sêmen.
A transmissão sexual do vírus teve seu primeiro relato em 2008, quando um pesquisador americano do estado do Colorado voltou de uma viagem ao Senegal com sintomas de zika. Sua mulher, que não saía dos Estados Unidos fazia mais de um ano, também desenvolveu a doença poucos dias depois. Foi apenas a partir daí que médicos passaram a cogitar a hipótese de o vírus ser transmitido sexualmente. Depois disso, o zika ainda foi detectado no sêmen de outros turistas que passaram pela África e de um homem na Polinésia Francesa. Do site de O Globo
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