Dilma com o sindicalista do PT e chefão da CUT, Vagner Freitas: como Lula, o chefe da central sindical vermelha tem apartamento em nome da OAS. Foto Diário do Poder by Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
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Além do condomínio Solaris, no Guarujá, onde o ex-presidente Lula já teve um apartamento, a força-tarefa da Lava-Jato investiga outros empreendimentos que eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) e foram assumidos pela OAS. Os investigadores apuram crimes de sonegação e ocultação patrimonial, além de indícios de que parte dos imóveis tenha sido usada para repasse de propina.
O apartamento do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, registrado em nome da empreiteira OAS, está entre os imóveis investigados pela força-tarefa da Lava Jato por crimes de sonegação e ocultação patrimonial. O privilegiado sindicalista Vagner Freitas é aquele que ameaçou “pegar em armas” para impedir a destituição da presidente Dilma Rousseff.
A força-tarefa investiga se, além dos crimes de sonegação e ocultação patrimonial, há indícios de que parte dos imóveis tenha sido usada para repasse de propina.
O apartamento do sindicalista, com área total de 100,6 metros quadrados, fica no segundo andar de um bloco do Residencial Altos do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Por meio de sua assessoria, ele negou qualquer crime e disse que, apesar de ter pagado pelo apartamento "há três ou quatro anos", ainda não alterou o registro em cartório, o que promete fazer nesta segunda-feira.
A pedido do Ministério Público Federal (MPF), no âmbito na Operação Triplo X, o juiz Sérgio Moro determinou a apreensão, nas sedes da OAS e da Bancoop, de documentos referentes a quatro empreendimentos, entre eles o Altos do Butantã, onde Vagner tem seu apartamento, e o Mar Cantábrico, atual condomínio Solaris, no Guarujá, onde a família do ex-presidente Lula era dono de apartamento que atualmente está em nome da OAS e foi o único a passar por uma reforma bancada pela construtora.
Nesse campo, a força-tarefa investigava inicialmente imóveis atribuídos a João Vaccari Neto, ex-presidente da Bancoop e ex-tesoureiro do PT, preso desde abril de 2015 e condenado a 15 anos de prisão na Lava-Jato. No passado, Vagner dividiu com Vaccari funções na Bancoop; em 2007, o atual presidente da CUT era conselheiro fiscal da cooperativa.
A Polícia Federal investiga um imóvel adquirido pela mulher do ex-tesoureiro petista, Gilselda Rousie de Lima, no condomínio Solaris, no Guarujá. Ela declarou o apartamento no imposto de renda, embora ele esteja registrado em nome de uma funcionária da OAS. A suspeita da força-tarefa é que o imóvel tenha sido usado para lavagem de dinheiro e que o ex-tesoureiro o teria recebido como suborno da empreiteira.
Uma cunhada de Vaccari também é investigada sob suspeita de ter usado um imóvel no Guarujá para receber propina da OAS no Solaris. Em 2011, Marice Corrêa de Lima comprou um apartamento por R$ 150 mil. Dois anos depois, a OAS recomprou o imóvel por R$ 432,7 mil. A construtora o revendeu em seguida, amargando prejuízo, por R$ 337 mil. Do site Diário do Poder
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