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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A cada enxadada, uma minhoca! Ou: Elio Gaspari tem de rever o termo privataria

O Estadão teve acesso a uma troca de mensagens entre Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e o ex-ministro da Previdência Social Carlos Gabas. Com base nessas mensagens, os investigadores da Lava Jato desconfiam que Gabas intermediou negócios da empreiteira com o governo do Distrito Federal em 2014, época em que era comandado pelo petista Agnelo Queiroz.

As conversas envolvendo Gabas ocorreram entre 2012 e 2014, quando ele era secretário executivo do Ministério da Previdência. Em 27 de outubro de 2014, um número atribuído pelos investigadores a Léo Pinheiro encaminhou uma mensagem a Gabas citando José Lunguinho Filho, diretor da OAS Defesa. O recado dizia o seguinte: “Amigo, Não deu para o Lunguinho lhe ver. Abaixo a nossa agonia”.

Na sequência, Pinheiro cita as “principais pendências” da empresa, que envolviam o BRT Sul de Brasília, o consórcio responsável pelas obras viárias na capital federal. Horas depois, Gabas respondeu o seguinte: “Ok. Cuido daqui.”

Sabem o que vai impressionando cada vez mais?  O PT deve ser o partido mais privatista do mundo — a pior privatização possível.

Elio Gaspari perdeu muito tempo, e perde ainda, classificando de “privataria” o que se deu no governo FHC. Não! Ali se vendeu patrimônio público — infelizmente, muito menos do que deveria —, segundo critérios públicos de avaliação e definição dos vitoriosos.

O PT decidiu fazer o contrário: aumentar o Estado já pantagruélico, para que pudesse cobrar o pedágio. Mensalão e petrolão nada mais são do que um ente a comandar um sistema de extorsão consentida.

Isso é que é privataria.



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