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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Os critérios refinados do governo Dilma para escolher um ministro

Nesta quarta, Marcelo Castro, ministro da Saúde, deu um declaração realmente do balacobaco. Segundo disse, seria desejável que as meninas contraíssem o vírus zika antes da idade fértil porque, assim, ficariam imunes.

A delinquência intelectual não será, obviamente punida. Por quê? Tudo considerado normal. Tal lembrança vem a propósito de quê? Prestem atenção ao que bem agora.

A bancada do PMDB de Minas marcou para a próxima segunda a reunião que vai decidir a posição do bloco sobre a liderança do partido na Câmara. O governo federal pressiona os mineiros para que eles deem uma garantia de que apoiarão Leonardo Picciani (RJ), atual líder e aliado do Palácio do Planalto.

Caso oficializem o apoio ao parlamentar fluminense, o deputado Mauro Lopes, do PMDB de Minas, deve ser anunciado o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil.

A bancada mineira ainda está dividida sobre o que deve fazer. O deputado Leonardo Quintão, por exemplo, já disse que não pretende recuar de sua candidatura ao posto. Newton Cardoso Junior, por sua vez, quer ser “recompensado” caso desista de uma candidatura própria e apoie o nome de Picciani.

Se, na Saúde, um ministro escolhido por razões puramente políticas expressa publicamente a torcida para que meninas contraiam o vírus zika por razões de economia, que torcida correspondente faria um ministro da Aviação Civil, escolhido nas mesmas circunstâncias?

Talvez pudesse dizer algo assim: “Tomara que os aviões caiam antes ou depois de eu ser ministro, nunca durante…”



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