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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Minha coluna na Folha: “Os bebês do PT”

Leiam trecho:
A Bolsa Microcefalia é a cara da nossa miséria moral. É a cara da nossa solidão ética. É a cara do nosso desatino civilizacional. Não que eu seja contra. Como ser? O governo diz que vai pagar um salário mínimo por mês a bebês acometidos pela doença que pertençam a famílias com renda per capita de até R$ 220.

Parece exagero o que vou escrever, impróprio para o meio, mas a notícia me deu enjoo físico mesmo, não metafórico. É preciso saber a hora de dar um murro na mesa da isenção técnica. Sem um pouco de indignação, leitor, é bom que você nem se levante da cama. Fique lá enterrado nos humores do sono.
(…)
O zika é o mais triste e terrível símbolo dessa gente asquerosa que usou as urnas para assaltar o poder; que violou não apenas uma penca de dispositivos do Código Penal, mas também os fundamentos mais comezinhos do Estado de Direito. E o que é pior: ela o fez em nome de uma utopia, de uma redenção, de um valor alternativo.
(…)
No seu 14º ano de poder, não houve vício do atraso, do patrimonialismo, do mandonismo, do compadrio e, sim, da safadeza a que o partido não tenha emprestado uma dimensão superior, profissional, verdadeiramente técnica.
(…)
Agora o partido atinge o seu estado de arte. Os bebês com microcefalia, tornados bolsistas permanentes, são um testemunho de um modo de fazer política.

Eles são a evidência de que o petismo é também uma abominação moral.

Leiam a íntegra da coluna aqui



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