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domingo, 4 de dezembro de 2016

Manifestações: há muita coisa ainda a escrever a respeito. E eu o farei

Caras e caros,
é claro que escreverei bastante a respeito das manifestações deste domingo. Como sempre, alguns vão gostar, e outros nem tanto. É do jogo democrático. Considerando que se trata de um protesto convocado, na prática, pelo Ministério Público Federal, pode-se dizer que foi bem-sucedido.

Como se esperava, o número de participantes ficou muito aquém dos grandes atos em favor do impeachment. Faz sentido. A pauta de agora é muito diferente.

Não há mal nenhum, ao contrário, em marchar contra a corrupção. A motivação é boa e moral. A questão é saber com que instrumentos se pretende combatê-la. Mais ainda: há que se indagar se essa é a pauta. Entendo ser apenas um instrumento.

Há muito a dizer, inclusive sobre o “Fora Renan”, palavra de ordem definida pelos procuradores e juízes.

Eu estou no “Fora Renan” faz tempo e sempre perguntei aqui por que Janot ainda não o denunciou no caso do petrolão — a denúncia aceita pelo STF nada tem a ver com isso.

Então o procurador-geral da República não denuncia Renan depois de dois anos e meio de operação, mas o “Fora Renan” vira uma pauta tão logo ele instala uma comissão para apurar o pagamento de supersalários?

E é Renan a ser acusado de retaliação? Ora…

Esses e outros aspectos terão de ser tratados aqui.

Como sabem, já defendi que o Senado rejeite, pura e simplesmente, o projeto que saiu da Câmara. E não porque ele “foi desfigurado”, mas porque é ruim. Quando “figurado”, era pior ainda.

Mas digamos que o texto passe e seja sancionado… Isso realmente significaria o fim da Lava Jato?  A resposta, obviamente, é “não”.

Marcha em favor da Lava ato? Ótimo!

Mas que risco corre a Lava Jto?

Apontem-me apenas um, e também vou às ruas.

Outra questão relevante: misturam-se de modo deliberado duas coisas distintas. Uma é o crime de responsabilidade, incluído no texto da Câmara; outra é o projeto de lei que combate abuso de autoridade. Toma-se uma proposta por outra sem a menor cerimônia, o que é de um desonestidade intelectual espantosa.

Temos muita coisa, sim, a tratar.

 



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